segunda-feira, dezembro 28, 2009

Ser Macho.



Adoramos mulheres desde o dia em que nascemos. Ainda bebé, já tal invulgar dom se notava. Segundo as palavras do nosso pai, o único macho de que gostamos, sempre que homens nos pegavam ao colo, fazíamos um berreiro monstruoso. Com as mulheres passava-se o inverso. Quanto mais belas elas fossem, mais rapidamente adormecíamos nos seus braços, irradiando um sorriso de felicidade e muita saliva a escorrer pelos cantos da boca.

Na adolescência, enquanto os outros miúdos enchiam o quarto com calendários de jogadores da bola e músicos, tudo gajos feiosos, dedicava-nos a coleccionar lindos e educativos calendários de garagem, "Ginas", "Tanias" e "Playboys". Uma maravilha contemplar aquele amontoado de curvas selvagens fotografadas ao natural.

Infelizmente, por incapacidades logísticas, várias vezes a nossa vasta colecção diminuía rumo ao lixo devido à falta de sensibilidade maternal. Mas logo as velhas revistas com as folhas amachucadas e coladas eram substituídas pelo último gemido, perdão, grito.

Com o passar da idade, enquanto os outros iam ver o futebol, nós optávamos por visitas furtivas às capelinhas de culto como o Elefante Branco, Tesouro e o Night and Day, na companhia do nosso primo Manel, conhecido macho da capital. Nada como beber um bom whisky enquanto se tirava as medidas as vitelas.

Mais. Enquanto os outros putos, jogavam à bola, já nós caçávamos caça grossa. Com brilhantes resultados não fossemos nós, modéstia à parte, perfeitos modelos de gritar por mais. Sim, chegaram-nos a convidar para ser modelo mas, quando fomos fazer as provas, desistimos logo. Os gajos eram quase todos “lilas” e elas, uns montes de ossos, sem nada para roer. E o que gostamos é de carne. Muita carne, mas sem cair no exagero.

Claro que toda essa “peregrinação educativa” resultou no apuramento dos nossos sentidos e, apreciar uma mulher tornou-se uma verdadeira arte, só ao alcance de poucos. É isso. Não tenham dúvidas. As curvas, os olhos, os gestos, o andar, o cheiro, tudo tem um travo de sedução. Foram bons tempos. Havia muitos pseudo machos e a concorrência dava gozo.

Outro dia vimos a entrevista com um grande macho do nosso país, pelos vistos uma raça em perigo de extinção, o Zézé Camarinha do Algarve. Embora muito intelectual para o nosso gosto, os seus métodos não deixam de ter piada, bem como o seu inglês fluído e "oxfordiano". Deu mesmo gozo ouvi-lo contar a arte dos seus engates, embora tenhamos de confessar que não queríamos nada com 98% daquelas gajas. Mas mulher é mulher e ele lá sabe.

Infelizmente, com o “evoluir” da sociedade, começou a aparecer uma raça estranha, que podemos apelidar de rabetas, bichas, viados, etc, com a particularidade de só pegarem de marcha-atrás. Na verdade, trata-se de tipos que adoram dar nas vistas com os seus tiques nauseabundos. São mesmo doentes. Com tanta fêmea boa aos saltos por aí como trutas selvagens, como pode um gajo gostar de outro, ainda por cima, cheio de pêlos por todo o corpo?

MAIS. Se nos custa beijar uma peixeira com buço, mesmo nos raríssimos tempos de escassez de material, como pode um gajo beijar outro com uma bigodaça tipo “arame farpado”? E o pior disso, é que tornou-se moda ser-se “furado”.

A humanidade está perdida. Duvidam?

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Espere até chegar aos cinquenta.
Com toda a prosápia escusava de escrever tanto.
O artigo explica.

terça-feira, dezembro 29, 2009  

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