Cegos somos nós
"São dias notáveis os que se vão vivendo por este sítio. Anda por aí muita gente atarefada e atarantada com tanto acontecimento, tanto escândalo, tanto roubo. E anda por aí muita gente cheia de fé e de esperança de que algo vá mudar a sério, como por milagre.
Esses crentes na mudança já sonham com partidos novos, limpos de corrupção, compadrio, nepotismo, com refundações à Esquerda e à Direita. Esses crentes nos amanhãs imaginam que a Justiça vai pôr os grandes ladrões, os corruptos descarados, os grandes senhores deste regime podre na cadeia. Bastou que um banqueiro caído em desgraça fosse preso para os arautos da boa-nova saltarem de alegria e anunciarem ao povo que agora, sim, a Justiça vai funcionar, para pobres e ricos.
Pobres almas, pobres espíritos que imaginam ser possível continuar a enganar os cidadãos deste sítio. Pobres almas, pobres espíritos que tentam atirar pela janela o que está à vista de todos. Pobres almas, pobres espíritos que desvalorizam um estudo sério, insuspeito, feito por duas universidades credíveis, em que os indígenas são retratados sem dó nem piedade. Um estudo que revela que os cidadãos deste sítio pobre, manhoso, hipócrita e cada vez mais mal frequentado são dos mais infelizes da Europa, desconfiam da própria sombra e desprezam cada vez mais os políticos e a política. É esta a realidade que os pobres de espírito tentam esconder, atirar pela janela. E quando vêm falar em Justiça, com a boca muita cheia, esquecem-se propositamente de que esta Justiça funciona com leis e com códigos que são aprovados precisamente pelos políticos que os indígenas desprezam. São estes arautos dos amanhãs que tentam branquear o facto de as alterações aos códigos Penal e do Processo Penal, aprovadas há um ano na Assembleia da República pela grande maioria dos deputados, terem sido feitas à medida dos grandes ladrões, dos corruptos e, já agora, dos pedófilos respeitáveis, de Esquerda e de Direita, que pisam solenemente os corredores do poder. Foram revisões que não só dificultam as investigações judiciais como as transformam em verdadeiras fantochadas para indígena ver.
Os arautos dos amanhãs que cantam fazem hoje com a prisão de um banqueiro caído em desgraça o que fizeram há anos com as detenções de algumas figuras no caso Casa Pia. É verdade. A nossa Justiça está cada vez mais cega. Mas os donos deste regime, à Esquerda e à Direita, vêem muito mais do que a vista alcança."
António Ribeiro Ferreira
Esses crentes na mudança já sonham com partidos novos, limpos de corrupção, compadrio, nepotismo, com refundações à Esquerda e à Direita. Esses crentes nos amanhãs imaginam que a Justiça vai pôr os grandes ladrões, os corruptos descarados, os grandes senhores deste regime podre na cadeia. Bastou que um banqueiro caído em desgraça fosse preso para os arautos da boa-nova saltarem de alegria e anunciarem ao povo que agora, sim, a Justiça vai funcionar, para pobres e ricos.
Pobres almas, pobres espíritos que imaginam ser possível continuar a enganar os cidadãos deste sítio. Pobres almas, pobres espíritos que tentam atirar pela janela o que está à vista de todos. Pobres almas, pobres espíritos que desvalorizam um estudo sério, insuspeito, feito por duas universidades credíveis, em que os indígenas são retratados sem dó nem piedade. Um estudo que revela que os cidadãos deste sítio pobre, manhoso, hipócrita e cada vez mais mal frequentado são dos mais infelizes da Europa, desconfiam da própria sombra e desprezam cada vez mais os políticos e a política. É esta a realidade que os pobres de espírito tentam esconder, atirar pela janela. E quando vêm falar em Justiça, com a boca muita cheia, esquecem-se propositamente de que esta Justiça funciona com leis e com códigos que são aprovados precisamente pelos políticos que os indígenas desprezam. São estes arautos dos amanhãs que tentam branquear o facto de as alterações aos códigos Penal e do Processo Penal, aprovadas há um ano na Assembleia da República pela grande maioria dos deputados, terem sido feitas à medida dos grandes ladrões, dos corruptos e, já agora, dos pedófilos respeitáveis, de Esquerda e de Direita, que pisam solenemente os corredores do poder. Foram revisões que não só dificultam as investigações judiciais como as transformam em verdadeiras fantochadas para indígena ver.
Os arautos dos amanhãs que cantam fazem hoje com a prisão de um banqueiro caído em desgraça o que fizeram há anos com as detenções de algumas figuras no caso Casa Pia. É verdade. A nossa Justiça está cada vez mais cega. Mas os donos deste regime, à Esquerda e à Direita, vêem muito mais do que a vista alcança."
António Ribeiro Ferreira
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