Malditos ingleses
"O senhor presidente do Conselho disse aos indígenas deste sítio cada vez mais corrupto e cada vez mais mal frequentado que estava indignado com as notícias sobre o caso Freeport e que ia defender a sua honra e honestidade até ao fim.
Também avisou, não se sabe bem a quem, de que não era com este tipo de ataques que o atiravam ao tapete. Falou ainda em insultos e difamação. Tudo com um ar feroz, a olhar sabe-se lá para quem. Para os jornais e jornalistas não era certamente, porque não foram eles que licenciaram o empreendimento de Alcochete a três dias das eleições de 2002. Para os dirigentes da Oposição não era certamente, porque têm estado mudos e quedos.
A indignação, os avisos, as ameaças, a voz alterada, o ar de animal ferido não podem ter como alvo o procurador do Montijo e o juiz de instrução do mesmo tribunal que desconfiaram da celeridade do processo, das irregularidades do mesmo e nomearam uns tantos suspeitos de corrupção passiva para actos ilícitos.
A acusação de perseguição não pode ter como destinatários o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e a procuradora Cândida de Almeida, responsável do DCIAP, que ordenaram as buscas a um escritório de advogados, a um ateliê de arquitectura e a uma empresa do tio do senhor presidente do Conselho. O animal feroz só se pode sentir difamado e atacado por um tio que admitiu ter combinado um encontro do então ministro do Ambiente com um promotor do Freeport e por um primo que aproveitou a boleia da audiência para pedir uns contratos de publicidades aos responsáveis da polémica obra de Alcochete.
Os avisos e as ameaças do senhor presidente do Conselho só podem ter como alvo os polícias britânicos que andam há uns tempos a investigar a falência da Freeport Plc, que tinha como accionistas importantes figuras da sociedade inglesa e até membros da família real. As ameaças indignadas do senhor presidente do Conselho só podem ter como destinatário o seu camarada inglês Gordon Brown, primeiro-ministro do Reino Unido, que ainda não fez nada para parar as investigações em curso e que, ainda por cima, deixa as autoridades inglesas contarem alguns pormenores da investigação aos seus colegas lusos e passarem algumas informações para a Comunicação Social indígena.
Os cidadãos deviam ser poupados a este tipo de fitas, ainda por cima em tempos de crise. Cenas dramáticas de corrupção no Freeport só mesmo em inglês."
António Ribeiro Ferreira
Também avisou, não se sabe bem a quem, de que não era com este tipo de ataques que o atiravam ao tapete. Falou ainda em insultos e difamação. Tudo com um ar feroz, a olhar sabe-se lá para quem. Para os jornais e jornalistas não era certamente, porque não foram eles que licenciaram o empreendimento de Alcochete a três dias das eleições de 2002. Para os dirigentes da Oposição não era certamente, porque têm estado mudos e quedos.
A indignação, os avisos, as ameaças, a voz alterada, o ar de animal ferido não podem ter como alvo o procurador do Montijo e o juiz de instrução do mesmo tribunal que desconfiaram da celeridade do processo, das irregularidades do mesmo e nomearam uns tantos suspeitos de corrupção passiva para actos ilícitos.
A acusação de perseguição não pode ter como destinatários o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e a procuradora Cândida de Almeida, responsável do DCIAP, que ordenaram as buscas a um escritório de advogados, a um ateliê de arquitectura e a uma empresa do tio do senhor presidente do Conselho. O animal feroz só se pode sentir difamado e atacado por um tio que admitiu ter combinado um encontro do então ministro do Ambiente com um promotor do Freeport e por um primo que aproveitou a boleia da audiência para pedir uns contratos de publicidades aos responsáveis da polémica obra de Alcochete.
Os avisos e as ameaças do senhor presidente do Conselho só podem ter como alvo os polícias britânicos que andam há uns tempos a investigar a falência da Freeport Plc, que tinha como accionistas importantes figuras da sociedade inglesa e até membros da família real. As ameaças indignadas do senhor presidente do Conselho só podem ter como destinatário o seu camarada inglês Gordon Brown, primeiro-ministro do Reino Unido, que ainda não fez nada para parar as investigações em curso e que, ainda por cima, deixa as autoridades inglesas contarem alguns pormenores da investigação aos seus colegas lusos e passarem algumas informações para a Comunicação Social indígena.
Os cidadãos deviam ser poupados a este tipo de fitas, ainda por cima em tempos de crise. Cenas dramáticas de corrupção no Freeport só mesmo em inglês."
António Ribeiro Ferreira
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home