domingo, fevereiro 15, 2009

Sócrates aos tiros nos pés

"José Sócrates, acossado pelo Bloco de Esquerda, desatou a disparar para todos os lados. De uma penada tirou da cartola o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a penalização fiscal dos mais ricos ("whatever that means"). Vamos deixar a segunda questão para mais tarde (até porque a definição de "rico", que deu ontem, diz muito da demagogia com que trata o assunto) e pegar no casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Foi um tiro no pé. Ao avançar com uma medida fracturante, Sócrates hostilizou a Igreja, instituição com muita influência e com a qual não precisava de guerras nesta altura. É verdade que a Conferência Episcopal portuguesa, que tem o direito de contestar a iniciativa, passou das marcas (já no caso do aborto tinha feito o mesmo), ao sugerir que os católicos não devem votar em quem propôs a medida.

Mas Sócrates conseguiu fazer pior: hostilizou gente do próprio PS que não vê com bons olhos aquela medida (uma sondagem aos militantes provavelmente mostrará que a maioria está contra). Se o secretário-geral do PS queria legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, devia ter esperado pela próxima legislatura e propor um debate alargado sobre a questão. Ao avançar agora abriu mais uma ferida em sectores de que vai precisar. Inclusive do centro e da direita, que, face à "ausência" do PSD, ainda olham para ele como a pessoa certa para dirigir o País.
"

Camilo Lourenço

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como não conseguem resolver os problemas argumentam com o cumprimentos do programa eleitoral! Para alguns anestesiados que por aí andam a defender o PM, da duas uma, ou vão colar caratazes e receber uns trocos por trabalho extra, ou então qd andarem juntinhos a distribuir esferográficas e lambidelas nas caras dos transeuntes, façam favor de lembrar ao mentiroso que deve 150.000 postos de trabalho aos Portugueses

segunda-feira, fevereiro 16, 2009  
Anonymous Anónimo said...

tudo bem que o socrates prometeu 150000 postos de trabalho e nao cumpriu,mas se por exemplo um pai prometia ao seu filho um chupa e se lhe roubassem a carteira e nao pudesse comprar vc acusava aquele pai de desonestidade?

segunda-feira, fevereiro 16, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Claro que sim, pessoalmente ñ faço promessas, porque se fizer tenho de as cumprir impertivelmente, assim se alguém me promete alguma coisa sem a isso ser obrigado, exijo que cumpra, se falhar por qualquer razão, deixo de considerar uma pessoa de palavra, honra e dignidade, algo que se calhar para si ñ tem muito valor. Sinta-se confortável penso que a minha opinião, actualmente está em minoria!

segunda-feira, fevereiro 16, 2009  

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