Arrastões que não existem.

1/ "Desde os que aguardavam na fila dos cinemas até a uma conhecida loja de electrodomésticos, vários clientes e lojas do Dolce Vita Tejo, na Amadora, já terão sido alvo de arrastões praticados por gangues das redondezas daquele espaço. Joana" deslocou-se na companhia do namorado até aos cinemas do Dolce Vita Tejo, na Amadora, o maior shopping da Europa. O que não esperava era que, enquanto aguardava na fila da bilheteira, fosse assaltada por um grupo de 30 jovens que não só lhe levaram o dinheiro com que ia pagar o acesso às salas, como lhe ficaram com o iPod. "A megastore já foi assaltada quando caía a noite. Eram cerca de 50 rapazes que levaram tudo o que conseguiram tirar dos expositores, desde plasmas a máquinas fotográficas. Depois fugiram para o bairro [Casal da Mira] e ainda se conseguiu apanhar três (mais aqui)"



2/ "No seguimento de notícias divulgadas no dia 17 de Junho sobre pretensos "Arrastões" no Centro Comercial Dolce Vita, a Comissão Permanente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) emitiu um comunicado, apelando ao cuidado da Comunicação Social em não repetir fenómenos como o do "Pseudo-Arrastão de Carcavelos", já que se comprovou que tais arrastões no Centro Comercial não ocorreram.


COMUNICADO

Têm estado a ser divulgadas, durante o dia de hoje, por alguns órgãos de comunicação social, notícias referentes a pretensos “Arrastões” no Centro Comercial DOLCE VITA TEJO, na Amadora, protagonizados por “gangs” - grupos numerosos constituídos por «jovens negros».

A Comissão Permanente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) tomou entretanto conhecimento, junto da Direcção do Centro Comercial Dolce Vita Tejo bem como dos Serviços de Segurança Pública da não verificação dos factos acima referidos.

Importa, por isso, alertar desse facto a Comunicação Social em geral, evitando repetir o sucedido aquando do “pseudo-arrastão da Praia de Carcavelos”, uma vez que, casos como estes criam preconceitos e estereótipos sociais especialmente negativos e injustos, altamente condicionadores da desejada paz social.

A Comissão Permanente da CICDR solicita, assim, a todos profissionais da Comunicação Social portuguesa a maior atenção ao tratamento a dar a estas notícias, atenta a especial responsabilidade dos órgãos de comunicação social no tratamento rigoroso da informação (mais aqui)".