Um órgão bizarro
"A Entidade Reguladora da Comunicação Social é um órgão bizarro que a maioria dos indígenas deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e cada vez mais mal frequentado desconhece, mas que consome imenso dinheiro de quem paga impostos a um Estado cada vez mais despesista e sem qualquer respeito pelos contribuintes.
De uma vez por outra o órgão bizarro dá sinais de vida. Normalmente pelas piores razões. Desta feita, decidiram dar um ar da sua desgraça e aprovaram uma interessante directiva em vésperas das eleições. As cabecinhas iluminadas do órgão bizarro acham que têm o direito de se imiscuir nos critérios editoriais de jornais, rádios e televisões privadas que não dependem do Estado para nada e que ainda contribuem com muito dinheiro para sustentar as excelências que adoram regular e controlar a Comunicação Social.
A directiva, que obviamente não é vinculativa, mostra até que ponto a liberdade é um conceito vago para os senhores e senhoras deste órgão bizarro. Em primeiro lugar, o órgão bizarro acha que os jornais, rádios e televisões devem censurar as opiniões dos candidatos às Legislativas de 27 de Setembro e às Autárquicas de 11 de Outubro. Isto é, o órgão bizarro acha que os eleitores que compram jornais, ouvem rádios e vêem televisões são uns verdadeiros atrasados mentais, pouco preparados para viver em Democracia e que não conseguem perceber quem é quem no mundo da política. Assim, para evitar influências nefastas, o órgão bizarro sugere que os candidatos sejam varridos da Comunicação Social.
Mas a directiva vai mais longe. As cabecinhas do órgão bizarro acham que todos os candidatos a todas as eleições têm direito a participar em debates, a ser entrevistados e por aí adiante. Em nome de conceitos vagos que não dizem coisa alguma mas que servem para encher a boca a muita gente, o órgão bizarro acha inadmissível e pouco democrático que haja debates exclusivamente entre os líderes dos partidos que efectivamente podem ganhar as eleições.
O órgão acha que pode andar por aí a sugerir a forma como os jornais, rádios e televisões vão organizar a cobertura das eleições. E o órgão acha, obviamente, que os espaços e tempos de antena devem ser cuidadosamente medidos para preservar o tal pluralismo. É evidente que a culpa disto tudo não é do órgão bizarro. A culpa disto tudo é dos partidos políticos que aprovaram na Assembleia da República a criação desta enorme aberração chamada ERC."
António Ribeiro Ferreira
De uma vez por outra o órgão bizarro dá sinais de vida. Normalmente pelas piores razões. Desta feita, decidiram dar um ar da sua desgraça e aprovaram uma interessante directiva em vésperas das eleições. As cabecinhas iluminadas do órgão bizarro acham que têm o direito de se imiscuir nos critérios editoriais de jornais, rádios e televisões privadas que não dependem do Estado para nada e que ainda contribuem com muito dinheiro para sustentar as excelências que adoram regular e controlar a Comunicação Social.
A directiva, que obviamente não é vinculativa, mostra até que ponto a liberdade é um conceito vago para os senhores e senhoras deste órgão bizarro. Em primeiro lugar, o órgão bizarro acha que os jornais, rádios e televisões devem censurar as opiniões dos candidatos às Legislativas de 27 de Setembro e às Autárquicas de 11 de Outubro. Isto é, o órgão bizarro acha que os eleitores que compram jornais, ouvem rádios e vêem televisões são uns verdadeiros atrasados mentais, pouco preparados para viver em Democracia e que não conseguem perceber quem é quem no mundo da política. Assim, para evitar influências nefastas, o órgão bizarro sugere que os candidatos sejam varridos da Comunicação Social.
Mas a directiva vai mais longe. As cabecinhas do órgão bizarro acham que todos os candidatos a todas as eleições têm direito a participar em debates, a ser entrevistados e por aí adiante. Em nome de conceitos vagos que não dizem coisa alguma mas que servem para encher a boca a muita gente, o órgão bizarro acha inadmissível e pouco democrático que haja debates exclusivamente entre os líderes dos partidos que efectivamente podem ganhar as eleições.
O órgão acha que pode andar por aí a sugerir a forma como os jornais, rádios e televisões vão organizar a cobertura das eleições. E o órgão acha, obviamente, que os espaços e tempos de antena devem ser cuidadosamente medidos para preservar o tal pluralismo. É evidente que a culpa disto tudo não é do órgão bizarro. A culpa disto tudo é dos partidos políticos que aprovaram na Assembleia da República a criação desta enorme aberração chamada ERC."
António Ribeiro Ferreira
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