Doenças terminais.
"Morreu José Manuel de Mello, ainda há dias invocado, com fatal asco, por Francisco Louçã num debate televisivo. Não partilho do asco nem, em contrapartida, da reverência que, em diferentes meios, o industrial também suscitava. O máximo que se pode dizer de alguém assim é que, na prossecução dos seus interesses, gerou riqueza para o País e empregou largos milhares de pessoas. O mínimo é que se sentiria mais à-vontade sob um regime não democrático. Francisco Louçã não cabe na primeira definição e encaixa perfeitamente na segunda. Claro que apetece procurar múltiplas ironias no facto de José Manuel de Mello voltar a partir, agora de vez, quando a nostalgia do PREC e Francisco Louçã aspiram chegar, oficial ou oficiosamente, ao poder - e por via eleitoral. Mas o homem morreu de outra doença."
Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
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