O resto é ruído
"Quando as campanhas começam, os delírios começam também. Uma ‘alegação’, um ‘insulto’, um ‘caso’. Em 24 horas, já ninguém se lembra do número. Até porque existe outro para o substituir. Desta vez, foram os ‘interesses espanhóis’ no TGV; a evocação salazarista de Soares (filho); a licenciatura do primeiro-ministro; e até os votos ‘comprados’ pelo PSD de Lisboa – um caso de polícia que, por enquanto, vale tanto quanto o Freeport.
A coisa pode excitar a criadagem de ambos os lados. Não excita mais ninguém: cansados e até enojados, os portugueses não se comovem com este mundo de intriga onde, no fundo, ‘são todos iguais’. Com contas para pagar e um futuro incerto pela frente, o voto serve-lhes, tão somente, para responder à única questão relevante: ficar com este Sócrates mais quatro anos, ou enviá-lo já para casa. O resto é ruído."
João Pereira Coutinho
A coisa pode excitar a criadagem de ambos os lados. Não excita mais ninguém: cansados e até enojados, os portugueses não se comovem com este mundo de intriga onde, no fundo, ‘são todos iguais’. Com contas para pagar e um futuro incerto pela frente, o voto serve-lhes, tão somente, para responder à única questão relevante: ficar com este Sócrates mais quatro anos, ou enviá-lo já para casa. O resto é ruído."
João Pereira Coutinho
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