Faz de conta
"José Sócrates perdeu a maioria absoluta. Sobra--lhe a certeza absoluta: diga o que disser, a oposição não está interessada em suicidar-se, abatendo em peso um governo recentemente eleito. A situação, de uma hipocrisia salvífica, permite um equilíbrio de farsa onde todos cumprem o seu papel.
O engº Sócrates, com voz grossa e decidida, retoma o programa eleitoral, apresenta-o no Parlamento e, lamentando a ausência de parceiros, atira um ‘deixem-nos trabalhar’ pungente e solitário. A oposição não se assusta com o tom e acusa o governo de falsos convites, falsos diálogos. E de um velho autoritarismo. A ‘discussão’ do programa não foi uma ‘discussão’; foi um número de teatro a que todos deram o seu calculado contributo. Só com o tempo, e a crise, e a necessidade de negociação dura, as máscaras de hoje vão cair uma a uma. "
João Pereira Coutinho
O engº Sócrates, com voz grossa e decidida, retoma o programa eleitoral, apresenta-o no Parlamento e, lamentando a ausência de parceiros, atira um ‘deixem-nos trabalhar’ pungente e solitário. A oposição não se assusta com o tom e acusa o governo de falsos convites, falsos diálogos. E de um velho autoritarismo. A ‘discussão’ do programa não foi uma ‘discussão’; foi um número de teatro a que todos deram o seu calculado contributo. Só com o tempo, e a crise, e a necessidade de negociação dura, as máscaras de hoje vão cair uma a uma. "
João Pereira Coutinho
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home