quarta-feira, março 10, 2010

O Estado, a confiança traída ou a ausência dele.

Não me vou perder em grandes considerações para falar de coisas que muitos conhecem, outros querem ignorar e por fim muitos outros, não querem nem pensar.
Chegámos a um ponto, em que o cidadão cumpridor e crente no Estado, deixou de ter confiança nessa entidade que o abstraccionismo dos homens criou e que depois se transformou naquilo que hoje, quer queiramos ou não, existe com maior ou menor capacidade ou não existe pura e simplesmente.
Digamos que em África não conheço nenhum país onde exista um estado com credibilidade suficientemente forte para assim se chamar.
Na Europa, na nossa velha Europa, onde o pensamento, levou á criação das ideologias que no fundo como dizia John Le Carré:
"As ideologias não têm alma própria. São as prostitutas e os anjos das nossas próprias lutas"; as ideologias levaram à criação de regimes mas antes destas, das mais modernas, já existiram estruturas ou estados ou cidades estado, na antiguidade, nada foi inventado.
O marxismo, o anticristianismo, o comunismo, o nazismo bebem todos da mesma forma de corporização das ideias, têm é liturgias diferentes, mas não são diferentes.
Por cá, em Portugal, o grande problema foi a perda de autoridade do Estado, a falta e a perda da noção da confiança que o cidadão nele deverá ter, para acreditar nos seus líderes, e quando tudo isto se perde, o Estado é uma entidade sem substância, e foi isto que foi destruído pelos partidos políticos, comandados pelas lutas pelo poder sem olhar a meios.
Falta de credibilidade, falta de confiança, levam à desobediência civil e ela não está para vir está aí, através dos proprios orgãos desde o executivo, ao legislativo e na administração da justiça.
Não há espaço para mudar, o tempo passou e os partidos políticos já não se regeneram, muito menos o regime.
Daí, cada vez mais, vou fazer um esforço para deixar de escrever sobre estas coisas que me desagradam, porque de facto, não se pode falar numa coisa na qual perdi a confiança, o Estado e a indendência de um país.

13 Comments:

Anonymous  said...

Excelente entrevista de Cavaco Silva, no meio desta palhaçada em que se tornou o país e os seus governantes, haja alguém que demonstre algum bom senso. Claro que fase as pessímas condições económicas do pais e com os olhos de toda a comunidade internacional, Cavaco tinha que usar todo o bom senso para não criar um alarme social, mesmo assim tem uma frase que é lapidar " compete à assembleia da república tirar todas as conclusões politicas dos resultados da comissão de inquérito ao caso PT/TVI". Bela entrevista.

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous ZédoPorto said...

Se querem chatear alguém, vão chatear quem votou neste governo há bem poucos meses, depois de saber o que a casa gastava. Deixem Cavaco em paz. Era só o que faltava, criar uma crise política quando o país está perto do abismo e nenhum partido se atreve sequer a apresentar uma moção de censura. Nem Louçã! O problema dos críticos de Cavaco é terem levado no focinho em 3 eleições com maioria absoluta (incluindo para PR). Se ainda não superaram isso, sugiro um bom psiquiatra ou algum antidepressivo forte...

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Platão said...

Sócrates ficará marcado na história como a personalidade que mais contribuiu em Portugal para desacreditar a classe política. Somos o único país europeu onde um primeiro ministro conseguiu manter-se no poder, apesar da quantidade e da gravidade de actos ilícitos onde o seu nome tem aparecido envolvido. Em poucas palavras: com o passar do tempo, vai transformando os orgãos de poder num santuário de recrutamento, treino e acção do crime organizado em Portugal. O povo, sereno, vai assistindo.

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Não gosto do Morais sarmento e algumas ceguramente que fez... Mas não é isso que está em discussão. A PT foi apanhada (com escutas telefonicas!!!) a tentar controlar a comunicação social e a fazer fretes ao governo para garantir re eleição (750000 euros para o Figo com video para taguspark que ninguém viu, nem o presidente do taguspark!). O Granadeiro (e o Bava) claro que sabiam, claro que informaram socrates como granadeiro disse, depois desdisse e agora já não se lembra. Querem fazer de nós todos parvos, não?

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Entro aqui apenas para fazer uma pergunta aos dilectos, ou a quem me saiba responder, que é Este cujo (BAVA) não foi aquele que geriu um Fundo de Investimento, cujas unidades de participação eram vendidas aos balcões dos correios e que levou milhares de pessoas à falência?

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Parem com essas "comissões de ...qualquer coisa" que.a meun ver, mais não servem, que para distrair e manter ocupados, uma dezena-ou mais- de deputado que, primordialmente, deveriam estar a ocupar-se dos REAIS PROBLEMAS DO PAÍS! Gastar (não digo perder...) tanto tempo com estes individuos, como o Baba, de hoje, é, quanto a mim, uma humilhação para o parlamento, e uma perda de tempo para os deputados!!!Porque, qualquer dos indivíduos que lá foi ouvido, até hoje, só disse aquilo que lhe conveio, e, os deputados, no seu modo "INFORMAL", limitaram-se a dizer: Obrigados sr. dr.!!! No entanto.à entrada ele (Bava) era Engº...)Achei graça a um "comentário", muito pró-Bava, de Arlindo Sacramento, tecendo loas à "capacidade de finta" deste SR.Bava! Só lhe pergunto se, por acaso, não tem um vínculo com a PT?-Curiosidade... Depois, aquela triste figra dde umas srª.-deputada-com ar bajulador, realçando as "dificuldades" daquele funcionário da PT em se exprimir em Português, dad as suas origens "anglo-saxónicas"!!! Por favor Sr. Presidente da ASSEMBLEIA-que deveria chamar-se NACIONAL, mas é só das República-: Acabe com esta pseudo Comissão, que pseudo-inquire...mas que, Realmente,nada resolve! É degradante ver aquele desfile de...vaidades e inconsequências!

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Oh Sr Bava a gente percebe que voce é um homem muito ocupado... de facto o seu tempo livre deve ser excasso,tanto é que para escolher os seus representantes nas negociatas, e como disse muito bem, é o que está mais á mão...é requisito essencial.. :-))) nao haja duvida que isto é de certa forma hilariante... veja lá mas é se não aparece ai alguma bruxa do passado, daquelas do tempo da administração do sr. Murteira Nabo a dizer que você foi para a PT porque também era o que "estava mais á mão" no momento!... Até o ex-jogador do F.C.P. chutava com o pé que estava mais á mão... veja lá!..qualquer dia envio o C.V. para a PT a dizer que estou disponível e "mais á mão" a ver se tenho sorte de ficar com um tacho! ;-)

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Roxinol Cantante said...

Os dois gangs de mafiosos defrontam-se numa batalha de rua.De um lado o saloio de Boliqueime, do outro o bimbo de Vilar de Maçada. E nós a tentar escapar ás balas. (pronto! Está resumida a politica à portuguesa)

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous K said...

Eu estou esclarecido, sr. Presidente da República. Conheço perfeitamente o governo que tenho, sei o que é o partido socialista e a maçonaria e também como colaboram internacionalmente através de diversos organismos e governos da mesma cor. Só não sei é como é que ganharam as eleições, mas talvez venha a saber daqui por umas décadas, quando essa informação já não tiver relevância para poder provocar seja o que for, nessa altura saberei em que circunstâncias é que o governo de Santana Lopes foi derrubado, porque Durão Barroso que até nem era para ir para a UE foi chamado à última da hora e até talvez porque motivo Sá Carneiro foi morto num atentado. Daqui por uns anos, quando esta triste classe política que tem agora idade para a reforma já tiver falecido, aí sim, saberemos todos os porquês, conheceremos todos os podres desta sociedade.

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Carlos said...

Ao afirmar a pés juntos que não há uamento de impostos, Sócrates mais uma vez mentiu. Quanto ao PEC é mais do mesmo: cortam salários, cortam pensões e aumentam impostos. Os projectos ruinosos foram apenas diferidos no tempo, para 2012 (ano em que ainda teremos o défice público será de 5 ou 6%). Enfim, trapalhadas...

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Costa said...

"Há alturas em que é difícil ser do contra". Total anuência e cumplicidade à expressão de CL no contexto da discussão do PEC, com a qual me deparo também. Numa situação semelhante entendo como saída possível e desejável, uma análise corajosa, imparcial e justa, que ponha a nú o bom e o mau da questão concreta, sugerindo algumas melhorias se houver margem para isso. Deliberadamente para esta, começarei pelo mau, para que o bom possa esbatê-lo, se possível, sem o anular. Do meu ponto de vista mau neste PEC, porque perigoso pela incerteza que encerra, é fazer depender maioritáriamente dos impostos, das receitas das privatizações o do crescimento económico, o ónus de alcançar os valores desejados, propostos como meta até 2013. O que se questiona aqui não são as opções escolhidas, mas sim a capacidade de execução e concretização, de acordo com o planeado, sobretudo pelo montante elevado e "timing" exigido, conjuntura e evolução económicas difíceis, e direcção imprevisível dos mercados de capitais. É preocupante, que uma tão grande fatia de soluções determinantes dependa tanto de factores aleatórios, sem se vislumbrar um plano alternativo. igualmente mau, porque apenas adia a soução de um problema, usar património como forma de pagamento de despesa corrente. É neutro a positivo que se tenha cortado nas despesas como se propõe, embora insuficiente. Embora sem grande expressão e portanto pouco impacto no contributo final, foi bom a criação do escalão dos 45% no IRS, essencialmente pela função moralizadora que exerce na sociedade. Para já pode dizer-se que foi bom pela reacção de organizações internacionais, OCDE, etc,sem esquecer também os seus alertas. Bom também porque influenciou positivamente a venda da última tranche de dívida pública. Gostaria no entanto de destacar o que de mais positivo encontro no culminar deste processo, no pressuposto de que pelo menos PSD e CDS vão dar o devido apoio a este PEC: a afirmação pelo PM de que a decisão de adiar a construção TGV Lisboa-Porto e Porto-Vigo, se inseria num processo de aproximação à oposição naquela questão concreta(eventualmente extensiva a outras, digo eu). Este é um sinal para já, de grande esperança para os portugueses que ainda acreditam na democracia e no actual quadro democrático, para a resolução dos importantes desafios que se colocam ao nosso país.

quarta-feira, março 10, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Não devem ser os pobres a pagar a crise, segundo este indivíduo com o cargo de Ministro das Finanças.
Mas se for a classe média então este já sendo um país pobre será um país de muito ricos e de pobres, como o Brasil ou Angola.
Não mexer na máquina das empresas que envolvem o estado o país está falido e sem recuperação.
E há pobres e pobres.
Há os que querem trabalhar, e os outros que não querem.
Uns emigram, outros pensam que a mama da segurança social não seca, já estando seca.
O aumento de impostos acaba e asfixia a classe média, os comunistas e BE esfregam as mãos de contentes e o governo e o resto da matrucalha, acham que as palavras do Senhor Silva respondem aos problemas do país.
Não respondem a coisa alguma são retórica pura e vazia e pedido de votos para ser reeleito.
Nem candidato a PR temos.
Este que está acabado e sem ideias apenas a de montanheiro, o pateta alegre e traidor, desertor e que dava informações aos inimigos deste país para ataques através da rádio onde trabalhava e um médico que gosta de vestir Armani e é um falinhas mansas, será desmascarado ele e a organização dele, uma empresa com fins lucrativos que devia ser auditada.
Há por aí muita gente que ajuda os pobres, mas não aparece como deve ser feito, quem faz o bem não necessita de propaganda.
Está esgotado o país no dizer de António de Oliveira Salazar, o único homem com valor depois de D. João II, e esqueçam o marquês foi mais um crápula que por cá passou.

A Bem da Nação

quinta-feira, março 11, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Vejam as propostas de um tipo que é professor de economia e tem ar de seminarista arrependido de não ter sido padre, apesar do pai ter sido segundo julgo almirante.
O rapaz nas propostas do PEC quer recuperar 200 000 casas, só não diz como e fala nos paraísos fiscais.
Ora o rapazito que devria ter levado uns bons bofetões quando era maicriançola do que é ainda não entendeu em que mundo vive ou então é um aldrabão, ou as duas coisas.
Que raio de coisa andam a aprender estes economistas e que raio de coisa pode esta bosta ensinar?

A Bem da Nação

quinta-feira, março 11, 2010  

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