Um país a salto
"Embora sem grandes certezas, o Observatório da Emigração estima que 70 mil ou 75 mil portugueses emigrem anualmente. Há uma década, os valores andariam, se tanto, pelos 20 mil. Os valores presentes aproximam-se dos da década de 1960, época em que o isolamento, o atraso, a guerra e a repressão política - em suma Salazar - aparecem nos manuais de História a explicar o êxodo de então. O êxodo actual, que decorre no país aberto, moderno, pacífico e livre do eng. Sócrates, ninguém explica. Se, no famoso contexto de crise generalizada, Portugal foi, a acreditar nos senhores que nos governam, dos primeiros a sair da recessão técnica, as pessoas fogem para onde e porquê?
Talvez não valha a pena saber. O que vale a pena é mostrarmos optimismo perante os dados e perceber que, qualquer que seja a perspectiva que se tenha do estado da nação, o aumento da emigração é positivo.
Para os que confiam nos governantes e partilham a ideia de que isto dificilmente poderia estar mais radioso, a emigração é óptima. Normalmente, há o receio de que um país perca os seus melhores cérebros. No caso de Portugal constituir o oásis no caos internacional que alguns nos garantem, passa-se o inverso: ao ir voluntariamente desta para pior, os indivíduos que partem são idiotas terminais e não fazem falta nenhuma. Pelo contrário.
Para os que não ouvem o eng. Sócrates e teimam que Portugal chafurda numa crise parcialmente privativa e provavelmente irresolúvel, óptimo na mesma. Somados à pífia taxa de natalidade e à descida recente e constante da imigração, os níveis de emigração indiciam que, a prazo, não haverá problemas com o défice, o desemprego, a quebra da produtividade, etc. Ou, se houver, não restará por cá vivalma que os verifique e sofra. Há anos que o eng. Sócrates promete ao País um "salto qualitativo". Deve ser este."
Alberto gonçalves
Talvez não valha a pena saber. O que vale a pena é mostrarmos optimismo perante os dados e perceber que, qualquer que seja a perspectiva que se tenha do estado da nação, o aumento da emigração é positivo.
Para os que confiam nos governantes e partilham a ideia de que isto dificilmente poderia estar mais radioso, a emigração é óptima. Normalmente, há o receio de que um país perca os seus melhores cérebros. No caso de Portugal constituir o oásis no caos internacional que alguns nos garantem, passa-se o inverso: ao ir voluntariamente desta para pior, os indivíduos que partem são idiotas terminais e não fazem falta nenhuma. Pelo contrário.
Para os que não ouvem o eng. Sócrates e teimam que Portugal chafurda numa crise parcialmente privativa e provavelmente irresolúvel, óptimo na mesma. Somados à pífia taxa de natalidade e à descida recente e constante da imigração, os níveis de emigração indiciam que, a prazo, não haverá problemas com o défice, o desemprego, a quebra da produtividade, etc. Ou, se houver, não restará por cá vivalma que os verifique e sofra. Há anos que o eng. Sócrates promete ao País um "salto qualitativo". Deve ser este."
Alberto gonçalves
2 Comments:
Os obedientes Portugueses estão a cumprir a recomendação de Teixeira dos Santos, tirando "as devidas ilações". Vamos poupar no subsídio de desemprego e engorgar as remessas financeiras do exterior!Há que aproveitar, despachando os "ineptos" e importando pessoas altamente qualificadas. Ou seja; muda-se a população e temos a crise resolvida! Falta agora o kit suicídio para os nossos velhotes aspirarem a um final feliz! Afinal Democracia é sempre que um homem quiser!
Os obedientes Portugueses estão a cumprir a recomendação de Teixeira dos Santos, tirando "as devidas ilações". Vamos poupar no subsídio de desemprego e engorgar as remessas financeiras do exterior!Há que aproveitar, despachando os "ineptos" e importando pessoas altamente qualificadas. Ou seja; muda-se a população e temos a crise resolvida! Falta agora o kit suicídio para os nossos velhotes aspirarem a um final feliz! Afinal Democracia é sempre que um homem quiser!
Janiny
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