segunda-feira, agosto 02, 2010

À medida dos clientes

"O procurador-geral da República queria manter Mário Gomes Dias como seu vice, apesar de já ter ultrapassado o limite de idade.

O Governo disse que sim, e lá saiu um decreto-lei feito à medida. A Polícia Judiciária enviou para o Ministério Público o relatório sobre o Freeport no dia 21 de Junho. No dia 4 saiu um despacho de Mário Gomes Dias a estabelecer o dia 25 de Julho como data-limite para o Ministério Público concluir o processo.

Os dois procuradores encarregues da investigação lamentam não ter tido tempo para interrogar o então ministro do Ambiente, José Sócrates, e o seu secretário de Estado, Rui Gonçalves. Tinham 27 perguntas para o actual primeiro-ministro e dez para o segundo. Nada feito. Resta a acusação de extorsão a dois dos arguidos e uma participação por suspeitas de fraude fiscal para os restantes intervenientes do processo.

Sem haver, obviamente, qualquer político metido ao barulho. O primeiro-ministro fez uma comunicação ao País e os seus mais directos apoiantes vieram a público zurzir a Comunicação Social por ter andado a denegrir o nome de Sócrates nestes últimos seis anos. Não havia necessidade. Como agora se percebe ao ler o relatório final do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, a Justiça e as leis são feitas à medida dos clientes. E isto anda tudo ligado
."

António Ribeiro Ferreira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Marinho Pinto é um esperto.
Os advogados vão reeleger esta sequela?
Não me parece a pessoa indicada para dizer o que diz, principalmente na defesa que faz de Pinto de Sousa, o ministro do ambiente e seria esse que deveria ser inquirido, por estupidez do povo que o elegeu e não só, por facos e manipulações que muitos sabem ter influenciado, só de anedota se pode chamar esta coisa de democracia e opovo é soberano, mas não deixa de ser estúpido e tem o que merece.
Em Setembro este país vai ter um baque, depois de se saberem das despesas que não foram incluídas no orçamento.
Vai ser o bom eo bonito, não o desejo, mas muita coisa vai ter de acabar.
Assessores a mais, outsourcing, empresas e intitutos públicos , empresas municipais,não é o funcionalismo é a despesa de funcionamento ebtregur a privados.

terça-feira, agosto 03, 2010  

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