Peço desculpa por ter voltado, vou tentar manter o que prometi
por Rui Rocha 29.12.10
Foi ontem publicada a portaria 1319/2010 do Ministério da Saúde.
Este diploma regula, entre outras questões, a isenção de pagamento de taxas moderadoras na acesso à saúde.
A partir de 1 de Janeiro de 2011, apenas terão direito a isenção os pensionistas, os desempregados e os seus familiares, incluindo filhos menores dependentes, se os seus rendimentos não ultrapassarem o salário mínimo nacional. Isto é, 485€ mensais em 2011 (quatrocentos e oitenta e cinco euros por mês). É preciso recordar que, na sequência da aprovação do decreto-lei 70/2010, para o cálculo deste rendimento entram todas as fontes possíveis, como prestações sociais, rendimentos de capitais, rendimentos prediais, etc. E que a inexistência de rendimentos superiores está sujeita agora a um regime de prova muito apertado. Estamos, por isso, a falar de pessoas que terão de pagar taxa moderadora se, por exemplo, dispuserem de um rendimento mensal de 490€ e rigorosamente mais nada.
Aqui chegados, importa dizer que também ontem foi publicada a portaria 1320/2010 que actualizou o valor das taxas moderadoras.
Ora, foi ali estabelecido que, por exemplo, uma urgência polivalente custa ao utente 9,60€. Significa isto que um desempregado ou um pensionista, com o tal rendimento de 490€ mensais, se tiver que recorrer a uma urgência duas vezes num mês, gastará perto de 20€. Isto é, quase 5% do seu rendimento mensal.
Ao ler estas novas portarias senti-me envergonhado do país em que vivo.
Ao ler estas novas portarias senti-me envergonhado do país em que vivo.
Eu pago impostos para que pessoas nesta situação possam recorrer a serviços de saúde.
Não para que fiquem doentes, a morrer em casa, porque não têm dinheiro para pagar a urgência.
Isto não é um regime de isenção de taxas moderadoras.
É um mecanismo de sanção da pobreza. Isto não são taxas moderadoras. São taxas demolidoras. Não preciso de mais dados.
O Estado Social português, imperfeito que fosse, acaba em 31 de Dezembro de 2010.
Em 1 de Janeiro de 2011 começa o Estado de Privação. 2011 pode desde já ser declarado Ano Nacional de Combate à Pobreza.
No sentido de que foi declarada a guerra aos pobres. Neste contexto, qualquer discurso político demagógico e cretino sobre estes temas é insuportável.
Calem-se de uma vez por todas!
É verdade, não consigo ter paz.
Tenho de tapar os ouvidos e vendar os olhos.
Depois do caso BPP e BPN, o caso do sucateiro e todos os outros casos aparece isto.
Nem a Ministra assina, delega, está ausente?
Destruiu as chamadas Sub Regiões e criou em sua substituição ACES, quer dizer, pulverizou das ARSs, as Sub Regiões criando ACES, claro, para arranjar mais cargos para os boys e não está aliás provado que funcionam, e destruiu Centros de Saúde de inteiros, para criar as USF, uma forma capciosa de muitos médicos ficarem depois de colocados em concursos em determinados locais e publicados em DR, serem deslocados para perto das suas casinhas, apenas porque é a reforma do século passado, apoiado por um grupo de parasitas que sempre dominou o M.da Saúde.
Ficaram assim a existir Centros de Saúde de 1ª e 2ª classe e o interessante de isto é que há nuita gente das chamadas esquerdas ou direitas, coisa que não sei o que são, apenas conheço interesses descarados, que aplaudem apenas o suposto positivo, não foram ou não quiseram ir ver o negativo da medida, já nem falo que as USF, na sua grande maioria não aguentam uma auditoria externa e independente.
Também sinto vergonha de tudo isto.
Também sinto vergonha de tudo isto.
Hoje se repararem, nos Hospitais nas urgências já não existem equipas, é cada um por si, salvo raríssimas excepções e a funcionarem em número perigosamente reduzido.
Hoje as consultas em 90% do tempo são feitas de costas para os doentes e os computadores e os dados que lá são inscritos o importante, a clínica não existe, daí o desastre, pedem-se exames complementares sem qualquer critério clínico.
O harware e o software não são do estado, são de empresas privadas pagos em regime de contratos leoninos em outsourcing, com programas duros e que não funcionam, com harware e ligações lentíssimas.
Era bom saber de quem são essas empresas e as ligações com os políticos, mas a justiça morreu.
Discute-se a eleição de Presidente da República de um país que não existe de uma Nação amorfa e em extinção graças às políticas criminosas, dos defensores do aborto livre, da pedofilia, da homossexualidade como política fracturante, da destruição dos apoios às famílias, do ensino de mentira, das polícias que criticam, mas que caçam a multa e fazem de juízes, e por aí fora.
Isto faz-me mal e tinha dito que não voltaria aqui, preciso de paz, faz-me mal à saúde isto.
Peço desculpas ao autor do artigo que copiei e colei, penso que não se importará.
Em breve teremos a desobediência civil e vamos ver se fica por aí.
Um país que tem um caso como o do BPN é um narco estado é um país pornográfico.
4 Comments:
Saúde
Governo tira isenções a 600 mil
Secretário de Estado diz que “não serão muitos os afectados”. Portaria obriga reformados e desempregados com rendimento superior a 485 € a pagar taxas moderadoras.
Lá vem ele outra vez com a mesma por caria.
Já o obrigram a pagar a conta do Tamiflu que foi para p lixo e das vacinas que foram para o lixo.
O homem é tolo, mas os anos 6o já passaram e não nos faça de tolos, esta cacina esta´incluída na actual e foi feita há quem não queira fazer.
Vá-se embora e mais o seu séquito e apare a barba isso deve estar cheio e vírus e outras mmiasmas.
Dos 12 casos registados até ao momento há seis doentes que ainda estão internados, três dos quais nos cuidados intensivos.
No entanto, a direcção-geral da Saúde considera que a actividade gripal é moderada, mas com tendência crescente.
Por isso mesmo o director-geral da Saúde, Francisco George, recomenda a vacina.
O Ministério da Saúde vai deixar de garantir, a partir de 1 de Janeiro, o pagamento do serviço de transporte de doentes não urgentes que tenham rendimentos superiores ao salário mínimo nacional.
Esta decisão surge na sequência de uma auditoria encomendada pela Autoridade Central do Sistema de Saúde (ACSS), que concluiu que as cinco Administrações Regionais de Saúde gastaram 94,1 milhões de euros em 2009.
A auditoria, realizada pela PriceWaterhouseCoopers e a que o PÚBLICO teve acesso, detectou situações de facturação de viagens fictícias, pagamentos em excesso e reembolsos sem o respectivo comprovativo, entre outras irregularidades.
No despacho ontem publicado em Diário da República que determina que o pagamento só passará a ser feito a doentes não urgentes com “a aferição e demonstração da insuficiência económica”, o secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, defende a importância de “emitir orientações referentes ao direito ao transporte de doentes não urgentes e a sua articulação com a condição de recursos, para, em fase posterior, ser definido um quadro normalizador global através de um regulamento geral de transporte de doentes não urgentes no âmbito do SNS”.
O despacho de Óscar Gaspar determina que o pagamento do transporte de doentes não urgentes é garantido aos utentes nas situações que “preencham simultaneamente os seguintes requisitos: em caso que clinicamente se justifique e em caso de insuficiência económica”. No primeiro caso, “a justificação clínica é feita pelo médico e deve constar no processo clínico do doente e da respectiva requisição”. Esta determinação surge porque na auditoria foram detectados inúmeros casos em que foram feitos pagamentos sem a justificação médica.
Pois há casos onde nem hipótese de transporte público têm e depois as auditorias foram encomendadas.
Há abusos, pois há, mas uqem vai sofrer mais com isto são os doentes oncológicos e os idosos e crónicos e o ordenado mínimo é a miséria.
O que vai acontecer.
EUTANÁSIA SOCIAL DIGAM LÁ PARA ONDE FOI O DINHEIRO DO BPN.
Boa malha Toupeira
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