Bloco e PCP: os inúteis da política portuguesa
"O Bloco de Esquerda e o PCP são como os dois velhos dos Marretas: a única coisa que sabem fazer na vida é mandar bocas a partir do primeiro balcão e criticar o que se está a passar em palco.
Em momento algum lhes passa pela cabeça levantarem o rabo das cadeiras, deitarem mãos à obra e mostrarem como se deve fazer. PCP e BE são muito bons a organizar festas do Avante, a promover desfiles na Avenida da Liberdade, a apoiar greves, a vender boinas do Che Guevara e a pendurar cartazes. Agora, pedir--lhes um compromisso político ou esperar o mais vago arremedo de pragmatismo é a mesma coisa que colocar um belo prato de carne de porco à frente de um judeu ortodoxo e esperar que ele coma alegremente.
O Bloco e o PCP são os dois partidos mais inúteis da política portuguesa – basta ver a forma como recusaram participar nos encontros com a troika do dinheiro, preferindo abdicar de expor as suas opiniões sobre a melhor forma de retirar Portugal do monumental buraco em que está enfiado. É certo que as suas opiniões poderiam provocar um ataque de riso entre os membros da troika e atrasar o resgate do país, mas ainda assim ficar em casa amuado e a soltar comentários dignos da padeira de Aljubarrota ("este é um processo que constitui uma inaceitável atitude de submissão nacional", disse Jerónimo de Sousa, enquanto sonhava com tiros de zagalote capazes de afastar os ímpios do Terreiro do Paço) seria cómico se não fosse tão trágico.
Se Sócrates se mantém na casa dos 30% nas sondagens, tal deve-se não só ao seu charme de caudilho e às incompetências do PSD, mas também ao facto de um eleitor de esquerda ser obrigado a optar entre o PS e o deserto. Muitas das desgraças de Portugal podem ser atribuídas a esta esquerda inimputável, para a qual a política se esgota na ponta da língua."
João Miguel Tavares
Em momento algum lhes passa pela cabeça levantarem o rabo das cadeiras, deitarem mãos à obra e mostrarem como se deve fazer. PCP e BE são muito bons a organizar festas do Avante, a promover desfiles na Avenida da Liberdade, a apoiar greves, a vender boinas do Che Guevara e a pendurar cartazes. Agora, pedir--lhes um compromisso político ou esperar o mais vago arremedo de pragmatismo é a mesma coisa que colocar um belo prato de carne de porco à frente de um judeu ortodoxo e esperar que ele coma alegremente.
O Bloco e o PCP são os dois partidos mais inúteis da política portuguesa – basta ver a forma como recusaram participar nos encontros com a troika do dinheiro, preferindo abdicar de expor as suas opiniões sobre a melhor forma de retirar Portugal do monumental buraco em que está enfiado. É certo que as suas opiniões poderiam provocar um ataque de riso entre os membros da troika e atrasar o resgate do país, mas ainda assim ficar em casa amuado e a soltar comentários dignos da padeira de Aljubarrota ("este é um processo que constitui uma inaceitável atitude de submissão nacional", disse Jerónimo de Sousa, enquanto sonhava com tiros de zagalote capazes de afastar os ímpios do Terreiro do Paço) seria cómico se não fosse tão trágico.
Se Sócrates se mantém na casa dos 30% nas sondagens, tal deve-se não só ao seu charme de caudilho e às incompetências do PSD, mas também ao facto de um eleitor de esquerda ser obrigado a optar entre o PS e o deserto. Muitas das desgraças de Portugal podem ser atribuídas a esta esquerda inimputável, para a qual a política se esgota na ponta da língua."
João Miguel Tavares
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