terça-feira, maio 31, 2011

"L´État c"est moi", versão Sócrates

"Na 6ª feira o país ficou a saber que, ao contrário do acordado com a Troika, o Ecofin antecipou de Setembro para Julho o calendário para reduzir a Taxa Social Única e os valores a pagar pelas empresas em caso de despedimento.


A antecipação foi logo desvalorizada por José Sócrates, alegando que a oposição sabia que havia duas versões do documento. Há aqui dois vícios. Graves. O primeiro é pensar que decisões cruciais para o país devem ficar limitadas à esfera dos partidos (admitindo que a oposição sabia das duas versões…). A Democracia não é um "cozinhado" entre partidos; os eleitores têm de ser informados de decisões importantes (sim, importantes!) as como tomadas por Bruxelas. Ainda para mais porque o processo legislativo é lento, o que praticamente inviabiliza o calendário fixado…

O segundo é a falta de ética (comum a toda a governação de Sócrates). Está na cara que o Governo ocultou deliberadamente as alterações do Ecofin, com receio das eleições (é estranho, aliás, que o ministro das Finanças, ultimamente tão preocupado em limpar a sua imagem, tenha alinhado em mais esta jogada …). Mesmo que houvesse duas versões do "memorandum", o Governo tinha obrigação de dizer qual a versão aprovada.

É este o problema de José Sócrates: acha que o Estado se confunde com ele próprio, pondo e dispondo da "res publica" sem dar satisfações aos súbditos. Nunca houve no pós-25 de Abril um 1º ministro com tanto Poder e tão pouco respeito pelo jogo democrático. Não admira que haja cada vez mais gente, inclusive dentro do PS, que o quer ver pelas costas. As declarações de Almeida Santos, sobre a saída de Sócrates em caso de derrota, são elucidativas
."

Camilo Lourenco

3 Comments:

Blogger Toupeira said...

Este não é um problema de Sócrates é um problema nosso e é um caso de polícia, mas o anão do STJ é um anão de circo, não é?
Medo?
Perdi e acho que o tipo tem um buraco ao fundo das costas, só que as coisas estão a ficar sem controle e ele não sabe o que é isso.
Sobre os pepinos a E.Coli é mesmo bioterrorismo ou pensavam que ra apenas contacto com merda?

terça-feira, maio 31, 2011  
Anonymous Anónimo said...

O mentiroso compulsivo Sócrates, em vez de apresentar e falar aos Portugueses do programa de Governo que deveria ter para oferecer para a gestão do País, tem levado, pelo contrário, toda a campanha eleitoral a atacar os seus adversários.

Tem andado a fazê-lo, como mera manobra de diversão e para esconder o deserto de ideias que existe nele para a governação de Portugal.

Esta sua postura explica-nos, afinal, que o tipo de governação que exerceu, à frente do Governo do País, não passou de um amontoado informe de remendos de soluções sem nexo e que conduziram Portugal à beira da bancarrota.

Este homem está a perder a última oportunidade de sair com alguma dignidade de toda a m ... que fez e que nos afectou tão profundamente a todos nós.

Essa oportunidade seria ter um pouco de humildade e bom senso para reconhecer que não faz, de todo, qualquer sentido procurar culpar terceiros por aquilo de que ele e só ele é o único culpado, pela sua governação desastrosa, à frente do País, cujas consequências o Povo Português está a sentir na sua vida do dia-a-dia, sendo que, nos casos mais extremos - que são dezenas de milhares - há muitíssimas famílias onde a fome é uma companhia dramática e permanente.

Pelo contrário, na sua soberba e no seu cinismo, este homem procura culpar todos, de uma forma absolutamente chocante.

O caso mais paradigmático do seu maquiavelismo, da sua hipocrisia e do seu carácter rasteiro e soez, que cilindra tudo e todos, em nome do seu próprio percurso pessoal, é dado pelo exemplo do afastamento vergonhoso do ministro Teixeira dos Santos das listas de candidatos do PS.

Para este homem, José Sócrates, quem ousa não concordar cegamente com os seus "diktats" está condenado, pelo que apenas os incondicionais de cerviz dobrada e aqueles que têm vocação para "tapete" medram junto dele.

terça-feira, maio 31, 2011  
Anonymous Nelo said...

Olhando para as sondagens o que explica a resiliência deste PS de Sócrates que em condições normais já estaria "fora da corrida"? Julgo que a capacidade comunicacional de Sócrates (indiscutível), algumas gaffes de PPC, conjugadas com o medo da mudança próprio dos portugueses são as verdadeiras razões para o PS ainda estar eventualmente na pole position destas eleições. Sócrates tem tentado capitalizar este "nosso" medo, mas para bem de nós, dos nossos filhos e netos, julgo que não conseguirá enganar outra vez os portugueses. Nestas eleições o que está em causa sem dúvida é entre um governo liderado por Sócrates, eventualmente apoiado pelo CDS (apesar da negação de Portas) e um governo liderado por PPC em coligação com o CDS. Esta é a escolha. Sócrates (e para dizer a verdade o PS todo) já mostrou do que é capaz, tendo levado o País para bancarrota. Nos últimos 16 anos o PS esteve 13 anos à frente do governo. Pergunto: então de quem é a culpa? Da conjuntura internacional? Não. A culpa é do PS e não da crise internacional, já que somos o único país da UE em recessão...É tempo de dar lugar a outro. Venha o PPC coligado com o CDS. Tem pouca experiência política? Comete gaffes? So What? Não temos alternativa...ou melhor a alternativa é o abismo (Sócrates).

terça-feira, maio 31, 2011  

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