Não há pão para doidos
"A campanha eleitoral ainda não começou e os indígenas já andam a ser bombardeados pelos partidos com notáveis propostas, bonitas promessas e extraordinárias ideias para o futuro.
Até parece que não andaram por cá uns burocratas europeus a tratar da vidinha da Pátria para os próximos anos.
Até parece que o acordo com a troika é coisa do passado e que agora são os queridos políticos que vão decidir as reformas na educação, na saúde, na economia, nas finanças, na justiça e por aí adiante. É evidente que neste quadro de indigência nacional o espectáculo é verdadeiramente hilariante. Há quem proponha o aumento do IVA da cerveja de manhã, do vinho à hora do almoço, da coca--cola mais pela tarde e da electricidade quando o Sol desaparece no horizonte.
Há quem admita que um professor de Setúbal pode ir para as Finanças do Porto, um jardineiro de Bragança para o hospital do Algarve e um médico do Minho para o registo civil da Guarda. Mas felizmente que os credores e os que vão emprestar 78 mil milhões de euros já sabem do que a casa gasta e avisaram, ontem, mais uma vez, que depois das eleições vai tudo andar a toque de caixa sem direito a devaneios. Isto é, não há pão para doidos. "
António Ribeiro Ferreira
Até parece que não andaram por cá uns burocratas europeus a tratar da vidinha da Pátria para os próximos anos.
Até parece que o acordo com a troika é coisa do passado e que agora são os queridos políticos que vão decidir as reformas na educação, na saúde, na economia, nas finanças, na justiça e por aí adiante. É evidente que neste quadro de indigência nacional o espectáculo é verdadeiramente hilariante. Há quem proponha o aumento do IVA da cerveja de manhã, do vinho à hora do almoço, da coca--cola mais pela tarde e da electricidade quando o Sol desaparece no horizonte.
Há quem admita que um professor de Setúbal pode ir para as Finanças do Porto, um jardineiro de Bragança para o hospital do Algarve e um médico do Minho para o registo civil da Guarda. Mas felizmente que os credores e os que vão emprestar 78 mil milhões de euros já sabem do que a casa gasta e avisaram, ontem, mais uma vez, que depois das eleições vai tudo andar a toque de caixa sem direito a devaneios. Isto é, não há pão para doidos. "
António Ribeiro Ferreira
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