quinta-feira, julho 21, 2011

A China e a América - Parte 2

"A China testemunhou apenas uma inflexão passageira no início de 2009. Um ano depois a China alcançava recordes de crescimento com progressos de dois algarismos enquanto a dívida se mantinha modesta. A sua integração na economia mundial é bastante mais profunda do que a do Brasil ou da Índia, não fazendo a Rússia mais do que vender petróleo, matérias primas e armas. Possui um pecúlio considerável, vantagem substancial num mundo vergado sob o peso do endividamento: 2500 mil milhões de dólares de reservas financeiras em divisas.

Quando há que procurar dinheiro sobre a terra, é à China que se é forçado a render: em 2010 todos os caminhos da finança levam a Pequim. A economia mundial está , de ora em diante, nas mãos dos chineses. Enquanto em Setembro de 2008 no ano da falência da Lehman Brothers, o banco de negócios norte americano cuja submersão desencadeou a crise financeira, a China exibia o seu poder com a organização de cerimónias faustosas e marciais, cujas imagens impressionaram o Mundo, como os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008,o aniversário da República Popular em Outubro de 2009, ou a Exposição Internacional de Xangai em Maio de 2010.

Sobre os mares com uma modernização sem precedentes da sua frota militar, tornou-se uma potência naval de primeiro plano. Na Internet lança ataques quase quotidianos sobre alvos americanos, empresas de tecnologia , atiçando as suas hordas de cibernautas. Tudo isto foi possível pela venda durante anos de toda a mais sofisticada ocidental à China tal como no século passado os Estados Unidos vendiam ou cediam o mesmo tipo de tecnologia à União Soviética e seus aliados enquanto milhares de soldados aliados eram mortos pelas suas armas ao Vietname e na Coreia.

Milhares de jovens intelectuais, empresários, comerciantes, arquitectos abandonam a sua terras natal em troca do "el dorado" chinês. Aliciados pelas promessas de um mundo onde cada um tem a sua oportunidade, o "Chinese Dream". Esta aura do êxito chinês via muito além do Ocidente, alcança o Mundo inteiro e em particular o mundo emergente defendendo-se assim da política desenfreada que lhes tinha sido imposta pelo FMI. Recentemente temos os exemplos do Cazaquistão ou o Uzbequistão anteriormente na órbita soviética olham agora a China com interesse.

Citando Lee Kuan Yew em 2008, os ocidentais privilegiam a liberdade e os direitos do homem. Quanto a mim, enquanto asiático de cultura chinesa, os meus valores fazem-me preferir um governo honesto e eficaz". Não se pode ser mais claro. Além disso a democracia não é necessariamente um bom professor de economia, nem um garante de prosperidade. Com algumas excepções próximas a democracia não trouxe bons governos aos Países em desenvolvimento. (Lee Kuan Yew)."

Toupeira

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