Irreversível
"O governo gostava que o PS fizesse parte da grande reforma do Estado. Ao mesmo tempo, soube-se que o governo já estava a preparar com o FMI essa grande reforma. ‘Uma farsa’, como acusaram os socialistas? Sem dúvida. Mas há farsas que servem para disfarçar outras farsas.
Como, por exemplo, a farsa de que o PS estaria interessado em participar do esforço. Não está. Há um ano, com a tinta ainda fresca no memorando de entendimento, talvez não houvesse alternativa: adaptar o Estado à riqueza do país e cortar as ‘gorduras’ (que existem e persistem) no mau funcionamento desse Estado, eis uma missão patriótica que os portugueses exigiam – e agradeciam. Um ano depois, quando a única missão cumprida foi arruinar a classe média em sucessivos assaltos fiscais, o governo ficou sozinho no seu labirinto – e só por estupidez terminal o PS estaria disposto a embrenhar-se nele. A política é como o fado: há tempos que não voltam para trás."
João Pereira Coutinho
1 Comments:
Sempre a mesma coisa
Uns comem o marisco, outros pagam a factura.
Como se não fossem os socialistas culpados da banca rota (pela terceira vez) e há quem os queira fazer sair limpinhos.
Nós somos assim e o Pinókio a rir em Paris:
-- Já ninguém se lembra de mim. Atiram as culpas todas para o Láparo
ah ah ah ah
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