Livros II e III da Nova Bíblia.
Da autoria de "Inepcia".
Livro II-Joaquim e Manel
No tempo que se seguiu, Deus não interferiu mais com a vida das suas criações, deixando que estas governassem, livremente, os seus destinos.
João conheceu Elsa por duas vezes, tendo-lhe nascido dois filhos. Neste momento, Deus percebeu a existência de grandes falhas no vocabulário do homem e da mulher. Como o termo "conheceu" não Lhe pareceu suficientemente descritivo, Deus criou logo uma série de termos novos e ricos a que chamou "palavrões" e que seriam daí em diante usados com grande frequência. Assim, criou Deus a "brejeirice".
Segundo esta nova terminologia, João f*deu Elsa por duas vezes, tendo-lhe nascido dois filhos a que chamaram Joaquim e Manuel. João f*deu Elsa uma outra vez, tendo nascido um terceiro filho a que chamaram Oit. Após isto, Deus achou por bem que as restantes vezes que João f*desse com Elsa não ficassem registadas, pois tal ocuparia muito espaço e violaria a intimidade do casal.
Os filhos de João e Elsa casariam, por sua vez, e teriam filhos das suas mulheres. Percebendo que, no mundo, só existiam João, Elsa e os seus três filhos e que a origem das esposas de Joaquim, Manuel e Oit não não eram suficientemente claras, Deus criou a incoerência para lidar com este problema.
Joaquim era lavrador e Manuel era pastor e ambos deviam prestar tributo ao Criador de seus pais com a oferta do melhor das suas produções. Oit era cantor lírico e foi dispensado de prestar tal tributo.
Deus olhava primeiro para as ofertas de Manuel e prestava menos atenção às de Joaquim pois Manuel, por ser pastor, ofertava a Deus a melhor carne dos seus rebanhos enquanto que Joaquim apenas trazia perante o Senhor os molhos de ervas daninhas que colhia nos campos. Mais tarde, Deus lembrar-se-ia de criar os cereais e as colheitas úteis para tornar mais fácil a vida aos lavradores.
Joaquim não gostava desta situação e, um dia, convidou Manuel para ir ao monte dizendo-lhe "Vem comigo ao monte para ver se este machado é tão afiado como parece". Manuel foi e assim nasceu a ingenuidade.
Ao chegarem ao monte, Joaquim lançou-se sobre Manuel e matou-o. Deus estava a ver e disse-lhe "Mataste o teu irmão, Joaquim?" ao que Joaquim respondeu "Não, Senhor". Então Deus questionou Joaquim "Então o que é que o cadáver dele está a fazer a teu lado com o teu machado cravado em sua testa?" ao que Joaquim replicou "Aquilo não é o cadáver de meu irmão, Senhor, mas um arbusto que a ele se assemelha".
Ao ouvir isto Deus achou por bem melhorar a capacidade do Homem para mentir pois, daquele modo, não iria muito longe.
Livro III-Linhagens
Joaquim viveu até aos 876 anos e Oit até aos 889. A razão de tão longa vida deveu-se à necessidade de povoar a Terra e, por isso, tanto Joaquim como Oit não fizeram outra coisa até à sua morte por exaustão.
Joaquim gerou Pedro, Paulo e Lurdes. Pedro gerou John, Paul, George e Ringo. Paulo gerou Ediberto, Erivonaldo e Edmilson. Lurdes não gerou ninguém porque não estava para isso.
Oit gerou Tibúrcio, Acúrcio e Camúrcio. Tibúrcio gerou Athos, Porthos, Aramis e o cardeal Richelieu. Acúrcio gerou Marilyn, Marlene e Ingrid, Cary Grant, Burt Lancaster, Vasco Santana e Beethoven.
Camúrcio gerou Jonas Savimbi, Walt Disney, Eusébio, o Homem-Aranha, Estaline, Mussolini, Otelo Saraiva de Carvalho, Baltazar, Gaspar e Melchior, os Xutos e Pontapés, Aladino e o génio da lâmpada, David Hasselhoff, Pamela Anderson, Júlio Isidro, a cadela Lassie, o padre Gonçalo Pereira da paróquia de Á-dos-Coitados, Fritz o rei dos sado-masoquistas de Frankfurt e um pequeno ardina da Lisboa oitocentista chamado Tomé Peixotto. Camúrcio gerou mais filhos do que qualquer um dos seus irmãos e primos, o que muito agradou a Deus.
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