"Dura Lex"
Há que reconhecer que, a última crónica de António Marinho, “Dura Lex”, publicada no “Expresso” do último sábado, tem a virtude de denunciar um caso da sua própria corporação, a dos advogados.
Segundo a referida, um advogado recebeu honorários do seu cliente preso para efectuar o respectivo patrocínio judiciário (defesa do arguido) , acabando por nada fazer.
Confrontado com o pedido de restituição do dinheiro, depois de recusar alegando não dispor desse montante, sugere a sua restituição mediante a entrega mensal de uma certa quantidade de cigarros ao cliente enquanto durar a sua prisão.
Embora a história seja muito surrealista, denuncia uma prática corrente de certos advogados, em conluio com funcionários das prisões.
Não são raras as vezes que, mesmo antes de o preso chegar, já se encontra o seu futuro advogado à espera no próprio estabelecimento prisional, avisado previamente por um funcionário.
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