A pesada mala "vazia".
Muitas esperanças foram depositadas na pesada mala de papéis, que os advogados de Carlos Cruz entregaram a Rui Teixeira.
Tirando o espectáculo mediático que foi os 2 advogados a arrastarem o malão, em termos práticos, não levou a nada.
Entregando-se a uma tarefa monumental, na construção de alibis para o período 1999/2000, a defesa apresentou centenas de documentos, tais como talões de crédito, recibos de Via Verde e bilhetes de avião, tendo nas alegações finais com 60 páginas, feito referência a mais de mil documentos.
Claro que trabalho tão Herculiano, além de requerer mita atenção e cuidado aos pormenores, não está ao alcance de qualquer um.
Assim a bem artilhada certeza dogmática, tão apregoada nas TV pelo advogado Sá Fernandes, esvaneceu-se perante a simples contradição factual.
“Pequenos” aspectos como o facto de, estando o apresentador de férias em Cuba, haver registos de despesas de Via Verde em seu nome nas portagens de Coina, Lusoponte e Carcavelos, ou o facto de estar no Estádio da Luz, aí ter usado um cartão de crédito, ao mesmo tempo que outro seu cartão de crédito era usado nas portagens de Grijó e Valencia, não ajudam nada.
Parece que o mediático Sá Fernandes jogou forte e perdeu. Agora, desesperado, procura uma bóia de salvação e ela passa pela utilização da opinião pública como forma de pressionar a justiça.
Esperava-se mais do ex-consultor da TVI no escandalo Casa Pia, tendo em conta os conhecimentos que ali adquiridos.
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