Parabéns Dr. Marinho
Como é sabido, geralmente não concordo com as acusações que Marinho costuma fazer à actuação da justiça, quer pela forma, quer pela conteúdo.
Pela forma, visto que a utilização do estilo “guerrilheiro” não lhe dá a vitória pela razão que eventualmente lhe assista mas, sim pelo abandono do “inimigo” saturado pelo “status quo”.
Pelo conteúdo que, geralmente baseado em narrações parciais e, por vezes, divergentes da verdade factual, levantam legítimas dúvidas sobre a existência de razão nas alegações proferidas.
Mas hoje, tenho de o reconhecer, “o senhor que está a falar de Coimbra” esteve sublime na SIC, ao invocar o distanciamento crescente entre eleitos e eleitores, o obscuro financiamento dos partidos e respectivas relações de dependência daí resultantes, a necessidade do recurso à “cunha” para que o cidadão consiga satisfazer os seus mais elementares direitos, o desinteresse pelo cidadão dos governantes e o “lobby” governativo resultante das “castas”.
Finalmente reconheceu que o mal não está só na justiça. É geral e que, dentro dessa generalidade, o mal da justiça é o menor deles, porque não atinge a generalidade dos cidadãos, enquanto que o mal político afecta o país inteiro ( governação ).
Só é pena que o Dr. Marinho, fiel àquela política, não altere o seu habitual estilo e diversifique o alvo.
É que se as suas crónicas, cuidadosamente fundamentadas tivessem, também, outros alvos como os acima mencionados e fossem isentas do habitual seguidismo político, por certo teriam maior credibilidade e utilidade para a tão desejada denúncia e combate aos males que enfermam a democracia e que impedem este país de alcançar a União Europeia em qualidade de vida.
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