segunda-feira, abril 05, 2004

Iraque, a 4 da Abril de 2004


Ontem mais sete terroristas americanos perderam, a vida e podem assim regressar mais cedo ao seu país de origem.

Eram terroristas ao serviço da organização Al Casa Branca.

Mais a sul, numa manifestação reprimida sangrentamente por espanhóis, os iraquianos resistentes levantaram-se em armas e abateram 4 terroristas salvadorenhos, integrados na força espanhola.

Estes salvadorenhos estavam ao serviço da mesma organização terrorista internacional.

Também os italianos, nossos compadres em Nassiriah viram três blindados incendiados e tiveram feridos, como resultado de um levantamento popular contra a repressão levada a cabo pelas "forças de libertação".

Até a nossa GNR teve o seu baptismo de fogo.

Felizmente para eles que nada foi de muito grave, mas assim já podem ver que o Iraque não é apenas um local onde podem ir descansadamente limpar 600 contos/mês ao Estado sem que tenham que dar o coirão ao manifesto.

É que os crimes de ocupação de um país soberano e independente pagam-se.

Desta vez o preço foi baixo.

Para a próxima, pode não ser.

É melhor pensarem em fazer as malas.

Parece que a situação está a piorar dia a dia no Iraque, particularmente no centro e sul.

E agora já não são só os sunitas pretensamente próximos dos restos do regime de Saddam Hussein.

Nem sequer se limitam as revoltas e acções de resistência no chamado “triângulo sunita”.

Agora é a maioria xiita do Iraque a pegar em armas contra o ocupante, uma luta legítima de resistência armada e cívica.

E abafar manifestações a tiro não estão dentro do mandato das forças terroristas de ocupação do Iraque. Porque esta violência perante uma revolta legítima de um grupo xiita radical iraquiano contra a ocupação.

Não foi para proteger os xiitas iraquianos que os EUA e Inglaterra impuseram sanções e uma área de exclusão aérea à força aérea de Saddam entre 91 e 2003, período salpicado por bombardeamentos constantes.

Afinal protegeram os xiitas das forças de Saddam para agora serem os seus supostos libertadores a massacrá-las?

Como se explica politicamente esta nova forma de lidar com a população que está no seu próprio país?

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