quinta-feira, outubro 28, 2004

Verdadeiras preocupações.

"A PSP já registou, desde o início do ano, mais de 600 crimes de roubo. Destes, quase 60 foram praticados por menores de 18 anos e com a ajuda de armas. Desta amostra a Polícia conclui que cerca de 10 por cento dos roubos registados são praticados por jovens armados. Nos crimes praticados por menores de 18 anos, são utilizados três tipos de armas. Caçadeiras, armas de fogo e armas brancas, como facas, por exemplo. «As armas de fogo podem ser pistolas ou revólveres. Há muitos casos de pistolas de alarme, que são adaptadas para o calibre 6,35 mm», explica o Comissário Coimbra, da PSP.

De acordo com os dados da Polícia, desde Janeiro deste ano ano foram já assinalados 21 roubos com recurso a arma de fogo praticados por menores. No mesmo período de tempo, contabilizaram-se ainda 25 roubos feitos com arma branca e três com caçadeira. Todos com protagonistas abaixo dos 18 anos. De acordo com o Comissário da PSP, as zonas do país onde mais ocorrem este tipo de situações são a área metropolitana de Lisboa e Setúbal.

«Acima de tudo são jovens oriundos de bairros problemáticos e é nestas zonas que se situam os bairros com maior índice de delinquência juvenil. Também há casos no Porto, mas em menor número», conclui. "

Continuamos a insistir nesta tecla (gangs) porque está na altura de o governo preocupar-se com o que é essencial. A criminalidade juvenil está a aumentar perigosamente alimentada pela impunidade. Os políticos estão protegidos pelos guarda-costas e só se preocupam com as escutas telefónicas. A única coisa que os parece atingir. Para o cidadão comum, sair à rua torna-se cada vez mais uma aventura perigosa que pode implicar a sua morte às mãos de uma "criança" armada. Que democracia é esta aonde o cidadão não pode exercer um dos seus mais elementares direitos: mover-se em segurança?

Está na hora de acabar a palhaçada do aproveitamento político da pretensa falta de liberdade de imprensa e ir ao essencial. A segurança do cidadão que, depois de ver o seu dinheiro sugado pelos impostos cada vez maior, tem de fazer face aos roubos. É que Rebelo de Sousa não foi impedido de fazer o seu comentário, só não fala porque não quer. Mais. Nem mesmo os jornalistas se preocupam em perceber o que o poder político anda a defender no que toca às verdadeiras limitações à liberdade de imprensa. Além do mais, os próprios jornalistas também se colocaram a jeito com o triste espectáculo informativo verdadeiramente degradante que nos têm proporcionam (caso Joana por exemplo).
O problema reside mais na concentração dos meios de comunicação social em grupos económicos cada vez mais restritos do que na política governamental.

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