domingo, novembro 20, 2005

Afinal.

"Os cinco principais candidatos presidenciais concordam que os actuais poderes do Chefe do Estado são suficientes, mas nos seus manifestos todos defendem que podem vir a ter um papel mais activo. Enquanto Cavaco Silva promete "cooperação estratégica" com o Governo, Manuel Alegre quer assumir-se como "provedor da democracia" e Mário Soares promete ser o "árbitro" e o "ouvidor".

Assumindo que "ao Presidente da República não cabe legislar nem governar", Cavaco Silva, baseado na sua interpretação da Constituição, defende que a magistratura pode ser activa, em "cooperação estratégica" com o Governo e o Parlamento.

Mário Soares reconhece o "estrito dever de fidelidade" do Presidente à Constituição e propõe-se servir de "moderador e árbitro", acompanhar os outros órgãos de soberania com solidariedade e assegurar "a voz das minorias e dos mais fracos
".

Apesar de rejeitar uma visão presidencialista dos poderes do Chefe do Estado, Alegre considera que o Presidente não deve limitar-se a uma "leitura redutora e formalista" da lei fundamental.

Jerónimo de Sousa entende que o Presidente pode ser "política e institucionalmente activo" e ter "um papel determinante na percepção pública de aspectos essenciais da evolução da situação nacional
".
Afinal os que acusavam Cavaco de ser um perigo para a democracia por defender um papel mais activo do presidente da República estão a deixar escapar alguns indícios de serem eles próprios a quererem ser mais activos.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Assur o capacho ...Tenha vergonha ,levante-se !saia da posição de cócoras.não passa de um lambe-botas.

segunda-feira, novembro 21, 2005  

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