Terrores, tremores, constipações e gripes

Do meu Avô Toupeira ouvi dizer que o Apocalipse era uma figura, mas que poderia ser para além de uma figura um acontecimento e que a dimensão do mesmo, decidiria mais tarde se seria uma figura, ou uma realidade chamada de catástrofe entre os humanos.

Neste sítio dos humanos onde nada acontece, ou onde os acontecimentos são mais ou menos fabricados, nada acontece de facto e apenas se reconhecem humanos cada vez mais tristes e acabrunhados e com a cara já tão junta ao chão que não lhes permite ver a realidade e apenas ouvir o que os lobos travestidos de cordeiros lhes dizem e o que é mais grave, em que acreditam sem tirar os olhos do chão.

Substituiram as homilias de domingo pelas crónicas de professores de palavras duvidosas e de duvidosa honestidade intelectual, substituindo os que falavam em nome de um ente a que chamavam Deus, por deuses menores, mas decerto mais importantes, porque lhes entram em casa sem pedir para tal, roubando-lhes apenas as consciências, coisa de somenos hoje em dia, e decerto fácil de recuperar.

A terra treme e espero que seja para encaixar.

A gripe é falada pelos jornalistas com uma avidez doentia e é sempre uma tristeza, quando se verifica que não é ainda a esperada pandemia, tão propalada pelos burocratas da OMS, que quando alguém morre de gripe ou de outra nosopatia semelhante, tratam de matar à fome milhares de desgraçados que criavam os seus animais para e como reserva de proteína.

Entram nos seus quintais e metem os animais das capoeiras em sacos e enterram-nos vivos, em nome da sacrossanta saúde pública.

Descansem, que se aparecer, não vão haver hospitais, nem médicos, nem enfermeiros e graças aos céus pivots e jornalistas sufucientes para contarem em directo o que se está a passar.

Depois era capaz de ser uma boa oportunidade para recomeçar de novo.