segunda-feira, março 22, 2010

22 de Março de 1965.



Um Bob Dylan "electrificado" lança Bringing It All Back Home. Depois de os últimos trabalhos revelarem que a pureza folk estava por terminar, em 1965, Dylan deu uma composição inédita, "Mr. Tambourine Man", para os debutantes meninos do Byrds gravar em seu álbum de estréia. O arranjo electrificado estourou a música.

A partir daí, quem gostava só de folk começou a ter vontade de atirar Dylan pela janela. Seu trabalho nos três álbuns seguintes, que formam o filé da obra do autor, nunca deixou de ser folk, mas ao mesmo tempo passou a ser a coisa mais rock´n roll que passava paralelo ao fenómeno febril de Beatles e Stones. Acompanhando pela Paul Butterfield Blues Band, Dylan mostrava ao público do festival de Newport, em 1965, o que seria Dylan dali para a frente, período de lançamento de Bringing It All Back Home. Bem, o público soltou uma vaia fenomenal que o levou ao choro. Já com a pecha de "traidor do movimento", Bob Dylan lançava no mesmo ano Highway 61 Revisited, berço de clássicos como "Like a Rolling Stone" e "Posivetly 4th Street". Com a cabeça dominada pelos esquizofrénicos versos da geração beatink (e também encharcada de tudo o que se consumiu pelo pessoal da época, de maconha a heroína, passando por muita anfetamina), o dono de mais 10 milhões de cópias vendidas até aquele momento, 1966, foi checar se a Europa seria um pouco mais "cabeça aberta" para a mudança que havia promovido em seu som.

Por onde passou, de Paris a Estocolmo, Dylan foi dizimado pela crítica, além dos fãs, que o chamaram de Judas no show de Manchester que daria origem ao disco duplo lançado apenas em 1998. A turnê promovia o terceiro grande álbum da cisão com a pura folk musica, Blonde On Blonde. Durante os shows europeus, foi acompanhado pelos Hawks, banda que já tinha acompanhado ídolo rockabilly e que viria a se tornar a grande "companheira" do cantor e compositor com o nome The Band."

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