Taxas de juros versus retoma da economia nacional.
"Com a entrada no projecto da moeda única europeia, Portugal perdeu um importante instrumento de política económica: deixou de controlar a parte monetária.
Ou seja, deixou de determinar o nível da taxa de juro. Como se costuma dizer em gíria de economistas, passou a ser uma variável exterior ao modelo. Por outras palavras, não é controlada pelos decisores nacionais. O Governador do Banco de Portugal tem uma capacidade de decisão limitada no conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE). O problema é que a política monetária, a par com a política orçamental, é uma das formas mais importantes de intervenção nos mecanismos económicos. E neste momento, a política monetária é decidida em Frankfurt e tendo como pano de fundo os interesses da zona euro como um todo e não de Portugal em particular. A consequência é óbvia: nem sempre o movimento dos juros decidido pelo BCE é o que mais interessa à economia nacional. Actualmente, vive-se um momento desses. Os mercados estão a antecipar que o BCE vai subir a sua taxa principal para os 3,5% até ao final do ano. Para os economistas, este nível dos juros pode á comprometer a frágil retoma da economia nacional que é esperada depois da estagnação em 2005. Tudo devido ao elevado endividamento dos agentes económicos que não é compensado pela competitividade do sector exportador. A subida dos juros é mais uma nuvem negra no horizonte. "
Bruno Proença com Ricardo Domingos e Ricardo Salvo
Ou seja, deixou de determinar o nível da taxa de juro. Como se costuma dizer em gíria de economistas, passou a ser uma variável exterior ao modelo. Por outras palavras, não é controlada pelos decisores nacionais. O Governador do Banco de Portugal tem uma capacidade de decisão limitada no conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE). O problema é que a política monetária, a par com a política orçamental, é uma das formas mais importantes de intervenção nos mecanismos económicos. E neste momento, a política monetária é decidida em Frankfurt e tendo como pano de fundo os interesses da zona euro como um todo e não de Portugal em particular. A consequência é óbvia: nem sempre o movimento dos juros decidido pelo BCE é o que mais interessa à economia nacional. Actualmente, vive-se um momento desses. Os mercados estão a antecipar que o BCE vai subir a sua taxa principal para os 3,5% até ao final do ano. Para os economistas, este nível dos juros pode á comprometer a frágil retoma da economia nacional que é esperada depois da estagnação em 2005. Tudo devido ao elevado endividamento dos agentes económicos que não é compensado pela competitividade do sector exportador. A subida dos juros é mais uma nuvem negra no horizonte. "
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