domingo, outubro 28, 2007

A bolha do imobiliário e o subprime

Uma pequena tentativa para perceber a bolha do imobiliário.
Sei que neste blog há economistas.
Assim coloquei o texto à consideração de um amigo que considero pessoa informada e que tem infelizmente previsto as desgraças que aproximam.

Há cerca de 6 meses apostámos que o US dollar chegaria o que chegou e que o petróleo no fim do ano estaria nos 100 US $, aguardando a hiperinflação e o crash.

Junto o texto de resposta.

Penso que não se perde em ler, já que não seja para praquejar, porque também faz bem à alma.
Porque não sou economista, nem aspiro a ser alquimista ou aldrabão, apenas não quero que me chamem de ignorante e de urso e é isso que nos fazem todos os dias nas televisões, coisa que raramente vejo, para não ficar analfabeto decidi pesquisar.
Entretanto vai ser debatido nos prós e contras que apenas vi (de todos) cerca de 10 minutos do meu precioso tempo, o problema da fusão do BPI e do BCP, como se existissem bancos portugueses e estrangeiros e capital apenas nacional.
Mais grave que tudo não se discute a situação em que está este pobre país, que os políticos que fizeram Abril e todos os outros que têm mamado da teta têm desgraçado, porque ainda não se fizeram as contas, nem os ajustes de contas com a história.
Aqui vai:

Para que perceba o que me faz muita confusão, em vez de copiar artigos de jornais ou declarações de economistas e jornalistas de gazetas económicas engajados por patrões, que lhes interessa que digam e confundam os ursos deste mundo no qual me incluo, daí o esforço para perceber a (i)lógica do que acontece a nível financeiro e depois económico.
Algumas noções, erradas ou certas, para pensar:
Na globalização provocada pela evolução das tecnologias de informação e transportes, o sector financeiro, porque manipula o incorpóreo, encontra-se em vantagem: “ As acções que se compram e vendem com um click, são transformadas em coisas sem corpo, ou desmaterializadas.
Já não se transportam notas de banco ou peças de ouro, enviam-se mensagens digitais.
De todas as praças, a financeira foi a que mais beneficiou com a inovação.
Quando se acabou com a fixidez do câmbio, a moeda tornou-se um objecto de especulação, sendo trocadas umas pelas outras.
Sucedeu o mesmo com as acções das empresas que representam o capital das mesmas.
Alimentados pela procura de centésimos de ponto de variação, os fluxos monetários circulam e incham de forma desproporcionada.
Assim os movimentos financeiros perderam toda a relação com os movimentos de mercadorias.
Assim, o empresário que se precavê contra uma eventual variação desfavorável da cotação das matérias-primas ou das divisas que lhe podem ser necessárias daqui as uns meses, efectuando uma dupla operação de compra a prazo cujas condições estão fixadas no dia de hoje, não faz mais do que garantir-se com toda a legitimidade contra um risco; mas, para obter essa garantia, tem de encontrar um vendedor a prazo que por sua vez se protegerá também, efectuando uma operação a prazo e por aí fora…
Uma transacção sã de cobertura dos riscos que desemboca numa cascata de operações especulativas: é este o ponto de partida dos produtos derivados de que se fala tanto hoje e se falará cada vez mais no futuro muito próximo.
De vendedor a prazo a comprador a prazo, desejando sucessivamente proteger-se, e, se possível, obter lucros, vão-se formando enormes pirâmides especulativas: no final de 1995, o volume dos produtos ditos de derivados atingia o montante de cerca de cinquenta vezes o PIB americano.
Estes mercados são hoje muito falados, acerca da bolha imobiliária…
Desta oposição entre a esfera da economia e a esfera da finança, nasce ou nasceu, uma instabilidade que varrerá tudo…

Voltaire acerca do terramoto de Lisboa, dizia:

“Um dia tudo isso estará bem, eis a nossa esperança:
Hoje, tudo está bem, eis a nossa ilusão.”

Meu querido amigo,
o mais dificil é simplificar coisas.
Aparentemente, só os eleitos, iluminados, enfim os génios a soldo sabe-se lá de quem, com o sobranceiro paternalismo dos candidatos a patrões,simpaticamente lá se dispõem a esclarecer os coitados que não enxergam nada da "alta finança".
tu, em meia dúzia de penadas, explicas tudo. clarinho como a água.
hoje a "alta finança" é um mundo virtual onde os absurdos valores transacionados diariamente - só em operacções activas de câmbio e respectivos derivados qual coisa como 3 000 (três mil) milhões de biliões de dólares - é tudo fantasia. Disto o que na realidade é "numerário", não passa de uma ínfima fracção. Tudo o resto é papel, com bonitos cabeçalhos e "respeitáveis"assinaturas de um qualquer X a garantir a outro qualquer Y que - "nas condições contratadas - lhe pagará o mesmo contravalor EM PAPEL!!!, ou seja Z.
Toda a economia mundial funciona assim desde o século XIX. O século passado apenas sofisticou um sistema que é, nem mais nem menos, o que praticava a senhora dona branca...
Porém, o dia fatal, fiel à lei de murphy, torna-se numa amarga realidade.
Onde é que está o caroço?
cadê o vil metal ou o contravalor físico que lhe corresponde - terra, prédios, ouro, ferro, petróleo, urânio, soja, trigo, etc., etc. ???
E será que na hora da verdade o tal contravalor, na realidade, chega para pagar as dívidas aos credor? Ou, dito de outra forma, será que o valor dos activos declarados e avaliados pelo devedor e seus prestadores de serviços (bancos, avaliadores, sociedades de rating,
etc.) é, em boa verdade, o que está nas contas/balanços?
Claro que não. Para teres uma ideia, vários economistas independentes, estimam que o mercado bolsista de nova iorque, no seu conjunto, desde 1960 está sobreavaliado entre 250 a 1300%. A contabilidade criativa faz verdadeiros milagres.
mas, como todos os milagres, num nanosegundo, viram gigantescos embustes. Já lá chegámos. Está à vista de qualquer pessoa com dois dedos de testa.
Mas ninguém quer ver...
Mas vão sentir. E da pior maneira.
Todavia morrem felizes. Nunca chegam a saber porque razão a excelente vaca leiteira, de um dia para o outro, passou a valer menos que uma minhoca.
Esta commodity vai valer muito dinheiro para descontaminar os solos envenenados durante décadas com fosfatos/nitratos e quejandos que engordaram os bolsos de uns quantos impérios agroquímicos.
a confabulação vai longa, mas, voltando ao que interessa, parabéns.
Escreveste um excelente e pedagógico artigo de opinião. mete-o na net.
já!
abraço
pedro




24 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dois pontos para reflectir, descontraidamente. 1.O acentuado aumento do petróleo tem sido compensado pela desvalorixação do Dolar. Se um dia a relação Dolar/Euro "voltar ao sitio" a "nossa / minha" gasolina 95 vai para os 2 dolares. 2-O aumento do preço do petroleo está a ser pressionado pelo crescimento económico chinês. E não é so o petroleo, são os metais, a madeira, etc. Os chineses são 1.300 milhoes. A procissão ainda nem sequer chegou ao adro. Como vai ser daqui a 10 / 20 anos?

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Essa conversa dos sub-prime" tem de ser descodificada.Se a "borbulha" rebentou com os problemas no imobiliário americano,veio a constatar-se que os bancos ,mesmo "idóneos",andaram a arriscar, investindo e reinvestindo em fundos não garantidos ou, com "rates"desajustados.Se os bancos portugueses correm menos risco é porque já ganham bastante com o negócio ,como esta´.Parece que aqui ,arriscado e´ emprestar dinheiro aos filhos dos banqueiros...

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A hora da verdade na banca não é agora! No mercado US vai começar em Dezembro, na Europa em Janeiro e em Portugal será em Abril.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Publicado 24 Outubro 2007. Schroders diz que BCE vai cortar taxas de juro em 2008. A Schroders acredita que o Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir duas vezes os juros em 2008 pelo que o impacto da valorização do euro nas economias da Europa vai ser limitado." Eu digo também que; vai ser um grande alivio para as familias que estão a pagar, com muitos sacrificios, créditos à habitação. Estas familias não têm como reclamar, mostrar que não concordam e que se sentem injustiçadas, só têm que pagar o que os bancos lhes ordenão pagar. Acho extremamente injusto não haver instituições, associações ou qualquer outras coisas que ajudem nestas situações. Visto que os bancos as têm. Por exemplo o BCE não é mais do que o representante dos bancos todos da Comunidade Europeia. E como é evidente as taxas de juro só sobem porque a maioria dos bancos querem que suba. No entanto dizem aos seus clientes que as subidas dos juros não dependem deles, fazendo-se assim de vitimas também. Julgo portanto que as pessoas com créditos à habitação, que são muitas, só têm uma maneira para se fazerem ouvir e para que sejam atendidas nas suas razões, que é o seguinte; Unam-se, e todos juntos e ao mesmo tempo, tomem a decisão de a partir de certa data, mais ninguém pagar, nem mais uma prestação, aos bancos!!! E depois quero ver se os bancos se tornarão mais justos ou não!!!

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os bancos é que são os culpados: não são os vendedores de imobiliário que sem escrúpulos empurram os clientes para comprarem produtos que não podem comprar, não são os compradores que falsificam declarações dizendo que ganham mais para do que o que ganham para obter aprovação, não são os avaliadores que "facilitam" a vida inflacionando os valores, não são os corretores de hipotecas que mentem aos bancos despejando-lhes financiamentos deficientes, não são os bancos que vendem créditos hipotecários aos bancos de investimento com padrões inferiores aos requeridos nos progamas de aquisição de activos.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O comentário do "Zé" vem constatar o que infelizmente é a realidade portuguesa. Não percebemos nada de um assunto, mas não deixamos de dar a nossa opinião "sustentada", o que no final acaba sempre por se revelar numa enchurrada de "asneirada" (aquela de o BCE ser o representante dos bancos na UE é de morte!). Tomem antes atençâo ao comentário do LLC, que na prática explica a origem do problema ocorrido no imobiliário nos EUA. Sendo esta a triste realidade portuguesa, e atendendo ao facto de que a pressão inflacionista nos países da UE obrigar provavelmente a uma nova subida da taxa refi antes do final do ano ou no 1o Trimestre de 2008 (o tipo citado pelo Zé é que está bem e ou outros estão todos mal!), existe o risco real de haver uma crise parecida em Portugal (antes disso rebenta em Espanha). Os nuestros hermanos chamam-se o "grande hostión"!

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

1ª Parte: "CONSELHO DO BCE. Membros: O Conselho do BCE é o principal órgão de decisão do Eurosistema. É composto por: todos os membros da Comissão Executiva do BCE e pelos governadores/presidentes de todos os bancos centrais nacionais (BCN) da área do euro, ou seja, dos Estados-Membros da UE que adoptaram o euro. O Tratado que institui a Comunidade Europeia e os Estatutos do SEBC conferem ao Conselho do BCE o poder de tomar as decisões mais importantes e estrategicamente relevantes para o Eurosistema. Aquando da tomada de decisões sobre política monetária e sobre outras atribuições do Eurosistema, os membros do Conselho do BCE não actuam como representantes nacionais, mas na qualidade de membros totalmente independentes. Actualmente, as reuniões do Conselho do BCE têm lugar duas vezes por mês, normalmente na primeira e na terceira quinta-feira. As decisões relativas às taxas de juro são normalmente discutidas apenas na primeira reunião do mês. O Presidente do Conselho da UE/Eurogrupo e um membro da Comissão Europeia podem participar nas reuniões, embora sem direito de voto. Cada membro do Conselho tem direito a um só voto, salvo disposição em contrário nos Estatutos do SEBC, e o Conselho delibera por maioria simples. Em caso de empate, o Presidente do BCE tem voto de qualidade. Embora o teor dos debates seja confidencial, o Conselho do BCE divulga os resultados das suas deliberações, principalmente os relativos à fixação das taxas de juro directoras, através de uma conferência de imprensa realizada imediatamente a seguir à sua primeira reunião mensal. Desde Dezembro de 2004 que as decisões tomadas pelo Conselho do BCE, para além das decisões relativas às taxas de juro, são também publicadas todos os meses nos sites dos bancos centrais do Eurosistema."

2ª Parte (última): Como toda a gente pode constatar, quem decide quanto à fixação das taxas de juro directoras é; todos os membros da Comissão Executiva do BCE juntamente com governadores/presidentes de todos os bancos centrais nacionais (BCN) da área do euro, ou seja, dos Estados-Membros da UE que adoptaram o euro. Pelo que me parece o Sr. "DAC" é dos que deseja mais subidas das taxas de juro...!!!

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A crise no Imobiliário já era esperada.O ritmo de construção tem sido infernal. A paranoia da compra de casa nova, quando há incontáveis casas usadas com excelentes alicerces e estruturas para serem recuperadas levou a esta situação.Caem as velhas e as novas não se vendem.O ritmo de crescimento demográfico é muito inferior ao crescimento de novas casas. Conclusão: Não há familias para ocupar as novas e as velhas à medida que morre a geração anterior enchem também o mercado de casas devolutas. Como se chegou a isto ? É simples, na falta de outros negócios a Banca tem sobrevivido à custa de emprestimos para a habitação e promoveu de modo desenfreado a aquisição e por arrasto, a construção de novas casas.Só que o dinheiro não estica e a crise aí está.Para agravar a situação, as nossas incompetentes autarquias,deram uma ajudinha, alterando os PDM's para obter receitas e tornar "edificandi" zonas agricolas, reservas,etc. constroi-se em todo o lado e hoje vimos locais onde quase já nem entra o sol mais parece a zona escura da lua, só são iluminados de um dos lados.O Ministério que tutela a habitação o que faz ? Rigorosamente nada. Autoriza que se encham as periferias das grandes cidades e que caiam de maduras as casas dentro da cidade. Os planos de recuperação que timidamente algumas Câmaras intentaram, morreram por falta de fundos. Reabilitar, poucos proveitos em termos de IMI trás às Camaras.A crise do imobiliário está para durar e durar muito.Era necessário uma espécie de "numerus clausus" para a construção.Só podia construir X casas novas por cada Y casas recuperadas.Permitam-me um conselho recuperem as vossas casinhas velhas e as dos v/ pais e deixem as casas novas para os Ministros e filhos dos Banqueiros . Eles que "paguem a crise".

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A análise de António Alves toca no essencial do problema em Portugal: há casas a mais!! O outro aspecto da "crise" tem a ver com o encarecimento do dinheiro (e também com a redução do rendimento de muitos agregados familiares). Sobre o preço do dinheiro (tx juros spreads etc) é bom que as pessoas se lembrem que o dinheiro com que compram a casa foi poupado por alguém que também quer ser compensado do sue esforço e pretende no mínimo que a inflacção não lhe roa a poupança: logo, aumenta a inflacção tem que aumentar a taxa de juro, além de que entre o aforrador e o comprador da casa há o banco que quer ganhar com a sua intervenção e o Estado (imposto sobre juros). Portanto a com ou subprime iria chegar, talvez mais de mansinho, mas estava em marcha.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Aumentaram os spreads para ganhar ainda mais, os bancos ainda gozam com a situação a conta da pseudo crise do subprime aumentam a margem do negocio dos finaciamentos hipotecarios que eram os que acabavam por ser menos rentaveis para eles, por isso é que os jardins deste pais acumulam fortunas colossais a conta dos otários que trabalham para pagar emprestimos a 30 40 e ate 50 anos morrem e os filhos é que vao acabar de pagar... pedem 100000 e devolvem 300000 no final do emprestimo perdão da saga...

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os bancos como têm tantos lucros deveriam se preocupar em dar formação aos seus funcionários que trabalham com crédito imobiliário pois julgo que cada vez mais a maior dificuldade é a ignorância destes, prejudicam não só os compradores como também os vendedores num processo demorado. Ex: pq os bancos não têm todos a mesma política no que respeita a documentos? e taxa de esforço? pq se tenta impingir solicitadores aos clientes para preencher documentos simples? Querem a resposta? É só para cobrar mais aos clientes, e ocupar os incompetentes que cada vez mais trabalham em bancos a prestar serviços a recibo verde.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Numa entrevista do Ministro das Finanças na RTP, o mesmo disse que há uns anos os juros eram muito baixos e que agora, estava na hora de subirem. O ministro disse inclusivamente que, ao comprarmos casa temos que ter atenção aos aumentos que a renda poderá sofrer. Ou seja... ao assinarmos o contrato da casa, temos que ponderar que após 7 meses a renda estará mais cara 30 contos e após um ano, 40 contos. Assim, o Ministro acusa-nos de sermos os responsaveis por esta crise. Comico, no minimo...

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Ouvi dizer que os portugueses são invejosos. Não quis acreditar mas quando ouço e leio comentários de gente que se congratula com a desgraça dos outros,começo a pensar que há portugueses que são não apenas invejosos mas verdadeiramente malvados, como estes que se mostram satisfeitos com a perda de valor da habitação, com as dificuldades da classe média em vender o seu apartamento. Devem ser os mesmos que desejam ver os funcionários públicos todos despedidos, as mulheres a parir no meio das autoestradas, os professores a morrer de cancro na sala de aulas.O meu desejo é que tenham o que merecem pela sua maldade e aviso-os: "nunca o invejoso medrou nem quem ao pé dele morou".Pessoas que albergam tão maus sentimentos pelos outros nunca conseguirão nada de bom para si próprios.É uma questão de justiça cósmica.Em vez de desejarem para si o conforto e a felicidade dos outros e lutarem por mais justiça e igualdade, estes portugueses preferem puxar os outros para baixo, nivelar por baixo em vez de ambicionar uma vida melhor para todos. Em vez de reivindicar os mesmos direitos e benefícios de outros, preferem que caiam todos na miséria.É triste e, sobretudo, é muito estúpido !

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os bancos fazem o que querem. Antecipam a subida da taxa euribor, sem que o governo tome qualquer atitude, tal como o banco de portugal. A questão do arredondamento da taxa, já lá foi, mas já encontraram esta nove solução. Não existe verdade, nos processos de créditos à habitação e outros. A actividade bancária tem que ser regulamentada de forma pormenorizada. Caso contrário, vamos assistir no nosso país ao que se está a passar nos Estados Unidos, em que as casas hipotecadas são objecto de venda por parte dos bancos em leilões, por 30% a baixo do valor de mercado. Mas que para a banca, siginifica um duplo lucro, uma vez os juros já la cantam, o capital será inteiramente reembolsado com a venda.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

já era de esperar que uma situação destas viesse a concretizar-se, é o efeito bolha...nalguns países verificou-se mais cedo, em portugal era natural que também isto se verficar...de resto...ninguém estava espantado com alguns preços que se praticavam em portugal? dou um exemplo...coimbra, com preços ao nivel de algumas das cidades mais desenvolvidas da europa (?!)...lisboa que embora sendo a capital tem preços exorbitantes se verificadas as condições reais de qualidade de vida...é claro que com a classe média sem poder de compra e cada vez mais desemprego ou salarios estagnados à vários anos face á inflação e ao aumento em geral do custo de vida torna-se obvio que o mercado de arrendamento é a solução para todos...tornou-se um mito - a ideia que ter casa propria é importante, fulcral, para se ter alguma segurança...o que nem é verdade pois cada vez mais com a crescente necessidade de mobilidade das pessoas em virtude de um mercado laboral cada vez mais flexivel no que toca ao loval de trabalho...torna-se ilogico comprar uma casa...por isso isto era previsivel...

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A maioria dos comentários resume o sentimento dos cidadãos. Sentem-se ludibriados e sugados pelos bancos, que inventam taxas pelo valor que lhes apetece sem que haja alguma entidade a criar limites ou a proibir, salvaguardando os cidadãos. Todos sabemos que os politicos e os presidentes dos grandes grupos económicos semi- estatais, tem garantido um lugar a assegurar o seu futuro nestas entidades. Isto é corrupção pura!!! Não alinhem em créditos consolidados, isso só irá prolongar a vossa angústia e destruir para o resto das vossas vidas qualquer qualidade de vida a que teem direito. Sejam felizes.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Será que os únicos culpados são os bancos e os políticos!? Não descarto a responsabilidade destes actores no que diz respeito aos problemas que o sector imobiliário atravessa no nosso país à bastante tempo, nomeadamente, o problema da especulação imobiliária. Mas serão os únicos responsáveis?! E os média? O que andam eles a fazer, ou melhor, a escrever e a dizer desde o início da globalização e massificação da informação. Não deverão eles informar as massas com transparência e isenção? Onde é que começa e acaba a responsabilidade daqueles que nos informam? Ou será que mais não são as vozes daqueles que realmente têm interesses nestes negócios milionários e nos cegam com informção errada e ilusória. Pois é, um dos grandes males das actuais democracias reside no problema do controlo da informação. Enquanto a educação e informação fidedigna não for acessível aos portugueses, vamos continuar a ser enrolados por uma dúzia de chicos espertos que mandam neste país.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A D. Maria tem inveja do que ganham os ministros?..dos Deputados?..e defende com unhas e dentes os fp?...os números não mentem: duzentos tal deputados ganham 3500€..50% dos professores(50.000) ganham 3000€.....A Srª quer enganar quem?..só fala quem está de barriga cheia e ainda por cima é invejosa!!!!! Que tal 1 milhão de pensionistas com 250 euros ou dois milhões de pobres..estes não compram casas só querem é comer!!!!

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sr. à Maria .."MALVADOS" são aqueles que querem viver à grande à custa dos impostos que até os mais miseráveis pagam.. exemplo:..se um pobrezinho for comprar um simples pão ..lá tem que pagar a percentagem de IVA para as regalias indevidas dos f.p...Até tem inveja dos pobres!!!!

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

As taxas de juro reais negativas corroiem a poupança e a capacidade de fazer render o dinheiro ,sem ser pela especulaçaõ imobiliária.Tambem quando os bancos centrais sobem as taxas ,muitos "especialistas",para alem dos politicos,fazem que não percebem que o crescimento dos meios financeiros disponiveis cresceram muito acima da inflaçaõ nominal.O dinheiro tem estado muito barato e essa é uma das causas do problema, a juntar á falta de credibilidade do sistema bancário...

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A culpa não é dos Bancos Centrais mas sim da escumalha que por lá vegeta recebendo salários dignos de Reis. Essa escumalha, não serve os interesses dos Cidadãos , mas sim o dos Politicos e as grandes Corporações e Empresas. Eles estão lá para se servirem não para servir.

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O "remédio" imediato seria o aumento da taxa de juro.Mas, aí o doente poderia morrer da cura.Parece que se impõe o mal menor, a desvalorização do dólar e medidas politicas para animar a procura interna.E depois, uma grande bebedeira precisa de algum repouso consequente..

domingo, outubro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Publicado 24 Outubro 2007. Schroders diz que BCE vai cortar taxas de juro em 2008. A Schroders acredita que o Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir duas vezes os juros em 2008 pelo que o impacto da valorização do euro nas economias da Europa vai ser limitado." Eu digo também que; vai ser um grande alivio para as familias que estão a pagar, com muitos sacrificios, créditos à habitação. Estas familias não têm como reclamar, mostrar que não concordam e que se sentem injustiçadas, só têm que pagar o que os bancos lhes ordenão pagar. Acho estremadamente injusto não haver instituições, associações ou qualquer outras coisas que ajudem nestas situações. Visto que os bancos as têm. Por exemplo o BCE não é mais do que o representante dos bancos todos da Comunidade Europeia. E como é evidente as taxas de juro só sobem porque a maioria dos bancos querem que suba. No entanto dizem aos seus clientes que as subidas dos juros não dependem deles, fazendo-se assim de vitimas também. Julgo portanto que as pessoas com créditos à habitação, que são muitas, só têm uma maneira para se fazerem ouvir e para que sejam atendidas nas suas razões, que é o seguinte; Unam-se, e todos juntos e ao mesmo tempo, tomem a decisão de a partir de certa data, mais ninguém pagar, nem mais uma prestação, aos bancos!!! E depois quero ver se os bancos se tornarão mais justos ou não!!!

domingo, outubro 28, 2007  
Blogger Toupeira said...

Umpouco de gasolina para a fogueira:
O chamado mercado só tem papel sem valor crediciário e é disto que se trata.
Em relação ao mercado em Portugal é igual ao estrangeiro com a sua dimensão.
A Espanha vai sofrer com esta crise muito mais que nós.
Pode ser a sua desagragação.
Se repararem as casas em 2ª mão não se vendem e se são venidas os preços são muito inferiores aos pedidos inicialmente e podem ser os reais.
O mercado está cheios de casas vazias novas por vender e os construtores estão falidos, porque estavam a sobreavaliar junto com os bancos.
O que é que nós simples cidadãos temos a ver com o BCP e com o BPI? E já agora com a CGD?
Vejam apenas uma coisa publicada ontem no Correio da manhã para perceber porque querm sários de miséria para uns e os salários que les auferem.
10% dos seus salários dava para cerca de quantos outros ao valor do SMN?
Esta é uma parte do escândalo, pedem sacrifícios e ainda gozam com a destruiçaõ da chamada classe média
Irei depois escrever sobre flexiemprego, sobre flexi segurança não posso, porque não sei o que é.
Posso falar na destruição do estado na área da saúde, com a criação das novas leis orgãnicas as contas estão todas falseadas. Sabem que os IP agora são organismo que não pertencem ao estado central?
Vão ver como se chamam por exemplo ao site do ministério da saúde.
Portanto bem podem continuar a pensar que o cinto é para desapertar e que os impostos que deveriam ser baixados , IVA essencialmente o não vão ser.
Será que em democracia se resolve este problema?
Será que o regime serve?
O país aguenta?

domingo, outubro 28, 2007  

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