sábado, fevereiro 02, 2008

Sócrates e o ´"Público".

1/ "José Sócrates assinou numerosos projectos de edifícios na Guarda, ao longo da década de 80, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele. Nalguns casos, esses documentos eram manuscritos com a letra de Fernando Caldeira, um colega de curso do actual primeiro-ministro que era funcionário do município e que, por isso, não podia assumir a autoria de projectos na área do concelho (mais aqui)".

2/ "O ex-deputado José Sócrates recebeu indevidamente um subsídio de exclusividade da Assembleia da República, entre finais de 1988 e princípios de 1992, por acumular as suas funções parlamentares com a actividade profissional de engenheiro técnico, enquanto projectista e como responsável pelo alvará de uma empresa de construção civil. Sócrates nega que tal tenha acontecido, mas diversos documentos por ele assinados confirmam a violação do regime legal de dedicação exclusiva (mais aqui)."

3/ "A nossa notícia foi apresentada como sendo, “basicamente, um ataque pessoal e político na senda de outros que o PÚBLICO já fez”. A seguir acrescentou que “todos os projectos que assinei na década de 80, há mais de 25 anos, são da minha autoria e da minha responsabilidade”.

Ora acontece que, mesmo que o primeiro- -ministro o repita muitas vezes, o PÚBLICO não está na política: está no jornalismo. E saber se o titular máximo do poder executivo pautou a sua carreira pessoal e profissional por critérios éticos rigorosos faz parte dos deveres de qualquer jornal numa democracia liberal. O PÚBLICO não decidiu perseguir o primeiro-ministro: decidiu verificar se era ou não verdade aquilo que Abílio Curto, antigo autarca socialista da Câmara da Guarda, dissera numa entrevista à Rádio Altitude, isto é, se José Sócrates, durante a década de 80, enviava muitos processos para essa autarquia, sendo que, e citamos, “nem todos os projectos seriam da autoria del
e” (mais aqui).

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Louvo o jornal público e gostaria de poder dizer o mesmo de outros jornais,.... o Jornalismo de Investigação, ao contrário do que alguns fanáticos políticos possam pensar, é útil ao País. .....Todo o cidadão tem o dever e obrigação de, perante a sociedade e si próprio, ser sério e honesto. são deveres cívicos de todos nós. Por outro lado o cidadão comum tem o direito de conhecer o perfil e valores morais e cívicos dos responsáveis pela orientação do nosso país. Quer se trate do cidadão José Sócrates, quer do pimeiro Ministro, quer do João sapateiro da esquina todos têm que pensar que vivem em sociedade e preocupar-se que o futuro deste país está na transmissão fiel de bons valores comportamentais e exemplares valores cívicos e morais da nossa vivência do dia-a-dia. A juventude, que serão os responsáveis do amanhã, espera este comportamento de todos nós. No nosso dia a dia não basta parecer que somos sérios e honestos, temos o dever perante a sociedade de efectivamente e objectivamente sermos "SÉRIOS E HONESTOS". Quem pensa assumir cargos políticos, em meu entender, deve antes fazer uma longa reflexão acerca do seu passado e tirar as devidas conclusões se deve ou não deve candidatar-se a cargos que o cidadão comum exige que sejam ocupados por pessoas que serão um "BOM EXEMPLO DE CIDADANIA"....O País PORTUGAL está carente destes bons exemplos..... Como nota final gostaria de ver outros orgãos de comunicação enveredarem pelo jornalismo de investigação....o cidadão comum espera dos "média" esta vertente comportamental......

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Senhor Fernades,pergunte ao seu patrão Belmiro se pode investigar o Sr. Telmo Correia,o Sr. Paulo Portas,o Sr. Guedes,o Sr Isaltino,o Sr. Pina Moura.Como sabe(melhor que eu!!!) teria aí matéria para uns anos. E pergunte ao seo patrão quando é que ele investe em coisas sérias,como investigação e empresas tecnológicas.Já é tempo,não?Só mercearias,telefones,resinas e pouco mais...ele que se modernize!!Eu sei que ele queria ficar com uma grande empresa já feita,mas cum raio,ele que faça uma!!! E já agora,Sr. Fernandes,aceite este repto:investigue o passado do seu patrão e diga-nos como é que ele sacou essa fortuna???Vá lá,faça-nos esse jeito!É que há muita gente que não sabe.Principalmente a "malta" nova.Espero vir a saber que o seu jornal investigou e "deitou cá para fora" esse tempo em que se começaram a "fazer" fortunas.Espero que tenha sido a trabalhar... Acerca dos políticos,Sr. Fernandes,sabe tão bem como eu que estão lá para se governarem...da extrema esquerda à extrema direita.Só conheci um que saiu de lá tão teso como entrou e já morreu. Cumprimentos.

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Já se começa a perceber, que nem todos os políticos ou identificados como políticos, têm o "perfil" desejado para serem líderes, seja do que fôr! Falta-lhes a ÈTICA, a MORAL e, até, a ARTE da própria política ! A não ser que confundamos verborreia, ciganice, vigarice e oportunice com a "DIVINA ARTE DE DIRIGIR OS POVOS"! Talvez, assim, possamos estar do mesmo lado dos governantes que se seguiram ao 25A !

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Acho que isto não pode ser tratado de maneira tão simples, digo eu que sou um jovem estúpido. De um lado os que apoiam o ps e josé sócrates em que se alguém questiona o líder não passa de cocó intelectual e do outro os que apoiam tudo o que seja para deitar abaixo o governo. As coisas não podem ser assim, e quem disser o contrário é mais obtuso que um mármore de casa de banho. Eu sinceramente, não posso deixar de notar que o Público está apostado em importunar José Sócrates, e de certeza que há marosca por trás disto tudo. Mas é assim tão hediondo investigar infracções à lei que o primeiro ministro tenha cometido? Claro que não! Venham mais! Mas então que se faça a mais gente com poder, nem que seja para chegar à conclusão óbvia que todos têm os seu podres e já tiveram faltas perante a lei e acções de moral duvidosa. Afinal são portugueses, queriam o quê? O senhor director do Público, paladino da justiça que não venha falar em moral também, já que usa de trabalho escravo. É o nome que eu dou quando se usa o trabalho de outrém sem pagar nada. É que nem um recibo verde...

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

se um aluno entregar uma redação na escola feita por outra pessoa, pode nao ser crime punivel com cadeia mas é uma acto de (falta) de carecter e rectidão por parte de quem comete essa atitude. Se esse acto for praticado por um qualquer, não é do meu particular interesse. Contudo se algum jornal me informar que uma politico que hoje é primeiro minidtro, e no seu tempo de estudante andava a entregar trabalhos de casa feitos por outros, essa informação passa a ser de interesse publico e permite-me a mim, enquanto cidadão aferir do seu caracter, ou neste caso, da falta de caracter do primeiro ministro do meu país e isso é jornalismo de primeira.

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Se um cidadão honesto e competente decidir dedicar uma parte da sua vida a servir o país, deve pensar muito bem se na escola primária não teria tirado (roubado!) a bola a um colega para dar uns pontapés, ou se, em mil novecentos e troca o passo, não se teria atrasado a pagar uma multa de estacionamento. São actos muito graves e cuidado! porque quer JMF, quer os da sua laia, estarão sempre a coscovilhar o passado dos honestos para os denegrir! Porque será que JMF e os da sua laia não investigam a vergonha que se passa em V.N. de Gaia onde o Presidente da Câmara e líder nacional da oposição discrimina de forma acintosa e negativa as 5 Freguesias (entre 24) que não são da sua côr política. Isso é que era investigação jornalística a sério! Mas não! Só se investigam minudências. A Câmara de Gaia deixa cair o apoio das Juntas às crianças, aos idosos e às colectividades, só porque os Presidentes das Juntas são de outro Partido. Acham que isto é sério? São milhares de pessoas prejudicadas e que dizem JMF e os da sua laia? Resposta: NADA!

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O problema é que a ética tornou-se uma palavra suja e desvalorizada entre nós. ######## Basta ver alguns destes comentários.########### É assim que termina e com as frases transcritas o comentário do sr(a). le(s)imam. Quanto à primeira acho que têm razão pois de contrário não se via o Público a meter o nariz como mete. Cá para mim acho que um dias destes o jornal vai acabar com o seu elenco a ser contratado pela CHANNELL, para cheirar isso já não sei. Quanto à frase final, a mesma leva-me a pensar em DITADORES! Quem é vocêmesse para vociferar tal? Será que só quer ler aquilo que lhe interessa mas no momento em que se vive, ao contrário do Público que anda a desenterrar vivos e quer ver certos papagaios ( politicamente mortos ) no poleiro. Olha que no hipers, do dono também se vende papel higiénico!!!!

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Nem tudo o que a lei não criminaliza é ético". Tem toda a razão, o Público. É, do meu ponto de vista, o melhor jornal português e o único bom jornal diário, porque é feito por alguns dos melhores jornalistas e cronistas portugueses. Mas o seu director devia repensar as suas atitudes, que muitas vezes pouco têm de ético. Onde está a ética quando se publicam reportagens de estudantes de jornalismo sem lhes pagar? As reportagens são suficientemente boas para fazer capas, mas não para ser pagas? Trata-se o trabalho do estudante como o de um jornalista profissional, mas o próprio não? Ética, sim. Na política e em todas as áreas da sociedade. Já chega desta falta de respeito pelos jornalistas, que têm de agradecer o facto de terem trabalhos não remunerados, disfarçados de "estágios curriculares" (quando as pessoas já são licenciadas, já fecharam o seu currículo), que têm de trabalhar a recibos verdes durante anos e anos, que pensam muito bem antes de escrever comentários destes, porque não sabem o dia de amanhã. Ao senhor director do Público: dê o valor devido aos excelentes profissionais que tem no seu jornal e, antes de apontar o dedo, olhe bem para dentro de casa. Depois disso, podemos então falar de ética

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Desde que iniciou funções como Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates arvorou-se em paladino da moralidade. Todos os que contestassem as suas medidas - na educação, na saúde, no funcionalismo público em geral, etc. - eram, basicamente, parasitas que queriam continuar a ganhar a via fazendo pouco ou nada. Quando um jornal põe a nu os imensos telhados de vidro deste pseudo-moralista - a forma "estranha" como se licenciou, os projectos alheios que assinou, o subsídio de exclusividade indevidamente recebido, só para citar alguns exemplos mais mediáticos -, acusam esse jornal de perseguição pessoal. A moralidade, afinal, parece ser exigível apenas de um lado... O Primeiro-Ministro está acima da moral, é o Big Brother que define a moral e pune quem não segue a moral por ele definida. Tristes caminhos que trilhamos...

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O que veria? Marcelo Rebelo de Sousa (que há quem aponte ser seu guru e líder espiritual?) a pressionar directamente o dono do jornal e à sua volta para JMF ser director do Público? Isto é uma hipótese! Ou JMF a pedir, enquanto jornalista, para testar certo carro (por ter predilecção por certas "bombas"), e depois escrever sobre o mesmo cheio de encómios? Se fosse verdade, como apelidaria este comportamento? E se alguém ou algum poder incomodar os jornalistas devassando o seu passado, qual PIDE, ficamos quites? Não são os jornalistas "figuras públicas" passíveis de controlo público? E se um jornalista (JAC, por exemplo) tiver uma casa de campo onde abriu uma janela sem o respectivo licenciamento, ou conduzir com um grau de alcoolemia não permitido por lei, e depois anda a subir às árvores para ver o que se passa na casa das pessoas, ou se fizeram um muro etc, forem escrutinados? Mas o que é isto? E se as hipóteses levantadas fossem verdade? Nunca seriam provadas porque o dom do gosto do sangue está reservado para certas figuras que se acham controleiras das figuras públicas... vícios porventura que ficaram de tempos em que incensavam ditadores que a história se encarregou de desmistificar! Tenham vergonha quando se assumirem como jornal de referência para a classe A. Só se for do BCP, das contas da Somague e do PSD, da BragaParques, e tantos outros. Tenham vergonha porque de mim, leitor desde o início, não mais terão um cêntimo. Chega!

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

É inacreditável o tom de defesa beata que é feita por muitos ao primeiro-ministro. Como muitos ditadores também ele tem já uma procissão de virgens protectoras a ulular cânticos de pureza. Força Público. Sem comunicação social livre, sem respeito absoluto pela liberdade de expresão, Portugal tenderá a desaparecer enquanto democracia. O bloco central PS-PSD já sufocou a Justiça. E agora querem suforcar a liberdade de expressão! Recordemos que um dos motivos de realização do 25 de Abril foi precisamente a reposição do direito de liberdade de opinião e o fim da censura da comunicação social, pilar fundamental de qualquer democracia. Viva Portugal!

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Ao contrário de outros, quero dar os parabéns ao Público pela investigação. As pessoas merecem saber que tipo de dirigentes políticos temos. A falta de ética é precursora da corrupção. O problema é que a ética tornou-se uma palavra suja e desvalorizada entre nós. Basta ver alguns destes comentários.

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado Publico? SE e verdade q o comportamento do Publico tem sido pautado por um jornalismo de investigacao de acordo com as regras deontologicas, tem e devia ter o apoio incondicional de TODA a sociedade portuguesa. Mais ainda, nos como cidadoes deviamos agradecer o facto de estes incansaveis jornalistas nos darem a conhecer noticias, no conforto dos nossos sofas, q podem por, ou nao, em causa a integridade de funcionarios do estado pagos por nos todos. Em paises democraticos e de "free press" isto e a normalidade e naturalmente nao entendo as reaccoes negativas. Ate pq em paises democraticos, se o Publico e realmente o prevaricador ele podera ser facilmente responsabilizado e penalizado pelas eventuais infraccoes e difamacoes perante a lei. Portanto, Nao se assustem caros amigos, em paises democraticos "a verdade e como o azeite" e a imprensa (honesta) "so" serve como catalizador (amigo). Apesar de velhos habitos terem dificuldade em desaparecer. Talvez seja um pouco como deixar de fumar.

sábado, fevereiro 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Não vejo estes artigos como condenações morais ou éticas ou, se preferirem, juízos de moralidade, mas apenas como uma exposição de factos que permite ao leitor tirar conclusões sobre essas questões. Fico estranhamente surpreendido pela revolta que alguns expressam pela investigação levada a cabo pelo Público. Ao condenarmos este tipo de investigação, estamos a condenar-nos a aceitar todo o tipo de restrições que já pautaram a realidade portuguesa antes da conquista da liberdade. Alguns comentários que aqui se podem ler, até parecem reflectir um saudosismo desses tempos. Afinal, a liberdade incomoda muita gente. Nada do que está escrito parece fugir à verdade e é resultado de uma investigação jornalista que não me parece merecer dúvidas. Relevante ou não relevante? Bem, cada cidadão lhe dará o valor que lhe quiser dar. Se algumas pessoas têm problemas em conviver com factos do seu passado, talvez consigam transformar esse sentimento projectando melhores actos para o futuro. Agora não chega varrer para baixo do tapete e fazer de conta que nunca aconteceu, e pior ainda, tentar fazer um país inteiro acreditar no que aconteceu.

sábado, fevereiro 02, 2008  

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