quarta-feira, abril 02, 2008

Elogio da loucura

Nós por cá todos bem.
Sim, porque foi decretado e divulgado até à exaustão que o sítio estava bem de saúde económica, que o desemprego diminui, que os impostos podem baixar e que o défice essa cruz que acompanha os pobres indígenas do sítio e que os obriga a cada vez mais sacrifícios, essa cruz e tormento agora controlada por Bruxelas, foi aliviada graças à acção do homem que governa o sítio.
Antes, a cruz era imposta pelo FMI, como o FMI está em vias de ser enterrado, por motivos que se prendem com as mudanças económicas a nível mundial e atendendo a que os EUA, já pouco mandam em termos globais, ou tiveram que eles próprios emitir novas regras ou novos consensos sobre a regulação dos mercados, que entendiam oficialmente ser autoreguláveis, são menos uns que nos param de dizer o que devemos fazer.
Assim, ficam os indígenas do sítio livres de uma praga para se meterem noutra.
De Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos e agora pelos vistos, nem o crescimento vai ser o que os zapatistas queriam, nem a inflação, nem o desemprego.
A fórmula seria simples se este fosse um país independente, mas afinal é um sítio dependente dos muitos Cristóvãos de Moura que por aí há, e muitos despedidos de instituições a nível global, graças ao sub prime, que atingirá decerto mais a Espanha que nós, espera-se, se os senhores pagos a peso de ouro não andaram a brincar com o dinheiro que lhes deram a guardar.
Se a coisa fosse como dizem os que nos levaram á desgraça, economistas de trazer por casa, que continuam a dizer que não é hora, que isto e que aquilo, continuará o sítio a esperar que os resultados de fora façam levantar o tecido económico. Não é ilusão, é incompetência e interesses politico partidários e pessoais.
Se cobrassem impostos a todos, de igual forma, incluso os senhores que provocaram a crise, se despedissem os administradores que fizeram o chorume, os bancos ainda teriam lucros, mas mais fininhos, isto é claro, se as entidades reguladoras funcionassem, o que é dizer que o estado existiria.
Falo dos que aumentaram o IVA de tal forma que o entregaram aos espanhóis e não é desprezível em valor, os negócios entregues ao vizinho, só por esta triste medida. Duvido que por acaso.
Diria sem grande hipótese de falha que se o IVA baixasse para um ponto menos que em Espanha, o contraciclo funcionaria.
Aumentava os salários ao contrário do que dizem as confederações de patrões que de patrões pouco têm, a ver pela forma como administram as suas casas e as descapitalizam.
Baixaria o IRS e aumentaria as deduções. Por exemplo, se faço uma obra em casa porque não posso deduzir? Assim decerto pagaria IVA o empreiteiro e passaria factura. Esta regra ( de acabar com as deduções fiscais), foi seguida por uma senhora que vez em quando vem dar uma de professora e que já se devia ter reformado, mas só com uma reforma, espero…
Se todos os políticos e administradores de empresas recebessem o que preconizaram fazer com a administração pública e com efeitos retroactivos, o défice reduziria decerto pelo lado da despesa.
Assim, o actual PR e antigos, os ex membros do governo e todos os actuais e antigos detentores de cargos políticos, deveriam receber as pensões todas, mas nunca em valor superior ao do vencimento do PR, de forma a haver equidade no tratamento, e de forma a que se acredite que esta coisa de regime é uma democracia e um estado de direito. É que é preciso ser credível e não apontar o dedo aos outros sem olhar para a ponta do nosso…
O velho Ford quando aumentou os seus trabalhadores contra a vontade da matilha dos outros patrões, respondeu calmamente que se os seus trabalhadores e os outros não ganhassem de forma justa, quem compraria os seus carros?
Pois é, o IVA, ao contrário do que diz um empedernido comunista reciclado, desses que se comportam como robertos de feira, é um imposto de facto pouco democrático, mas poderia fazer baixar alguns preços, se as entidades reguladoras fizessem o seu serviço… e tramava os espanhóis.
Eles sempre nos desprezaram e vão ver se os portugueses que lá trabalham, quando a crise se instalar, não vão ser corridos…
O exemplo dos ginásios é verdadeiro, mas as finanças se quiserem tramam-nos, como uma hiena, nem os ossos se aproveitam. Aqui valem a pena os exemplos, não os da estafada ASAE, entidade que nos custa os olhos da cara, em despesa e em empresas de pequena dimensão.
Post scriptum:
Devo avisar que grande parte da escrita foi ditada por uma toupeira que deve ter comido alguma coisa estragada, porque tudo o que é dito é contra a corrente e decerto uma loucura.
“ que digam de mim tudo o que quiserem ( porque eu não ignoro como a Loucura é, todos os dias, reduzida a pedaços, mesmo por aqueles que são, ainda de todos os mais loucos) mas, no entanto, sou eu, , eu só, que, com a minha influência divina, distribuo a alegria pelos deuses e pelos homens. (…)

In Erasmo de Roterdão “ Elogio da Loucura”

23 Comments:

Anonymous Anónimo said...

1.O sucesso obtido na luta contra o défice excessivo,não pode fazer esquecer a necessidade de, gradualmente, se baixar a Dívida ( é imperioso fazer baixar a dívida para +- 59°/° do PIB). 2.Na Saúde e na Educação já gastamos mais do que muitos Estados Europeus.O problema é a gestão de tais verbas e...os reais resultados obtidos. 3.Quando possível,seria interessante medidas concretas de apoio às PMEs, sobretudo do interior, e, em geral, uma melhoria do ambiente das nossas empresas,visando melhorar a competitividade internacional.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Toda a "história" do deficit está mal contada desde o inicio. Nunca houve um deficit de 6,1%. Reduzir o deficit cortando no investimento e cobrando impostos a pensionistas com 500 Euros devia dar cadeia. A própria imposição pela UE (PEC) do limite até 3% em 2009 é excessiva e errada. A nossa divida pública, que ronda os 65% está na média da Europa e não é excessiva. Porquê gabarmo-nos de que ainda reduzimos mais depressa do que o que a UE pretendia? Fomos mais papistas que o próprio papa. E com que sacrifícios! Mas concordo com a parte final: vamos discutir as estratégias para o futuro e deixemos o passado.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Então e a cobrança fiscal que foi feita de forma uníca e jamais vista neste país?!de tal forma que ficámos todos de boca aberta a pensar porque é que nunca se tinha feito uma coisa destas?!.E então quer dizer que basta de reforma da administração pública?.Parece então que não só os impostos não eram cobrados , não se sabe porquê, como tambêm terão sido mal geridos os poucos impostos cobrados.È isso? Ò senhores, quanto mais se fala destas questões mais custa a creditar.Então pode lá ser que um ministro não saiba gerir os impostos ou as contas públicas?Assim ia eu para lá e não percebo nada disso!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

As pessoas quando são narcisistas conseguem ver o bom em tudo que de si provem. Acho que sem grandes discussões é unânime que a situação do país e da sua população não é boa e parece-me inacreditável que se ponham a vangloriar com feitos que são uma OBRIGAÇÃO do governo (não é um favor que nos fazem)!!! Os Portugueses querem ver resultados que sintam não os que são comunicados com grande pompa e circunstância!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Estamos, de facto, num país de grandes malabaristas e equilibristas. A não ser assim como poderiamos explicar as extraordinárias "cambalhotas" financeiras que algumas pessoas conseguem dar? É que, para mim (e para a maioria dos portugueses, a julgar pelos muitas opiniões que tenho ouvido dos mais diversos quadrantes), os números a que o Sr. Pedro Adão e Silva se refere mostram que o défice diminuiu por aumento da receita fiscal, apesar do aumento da despesa pública se ter situado bem acima da inflação. Além disso, fala em reduções da despesa pública mas deve-se ter "esquecido" de referir que essas reduções foram conseguidas com estrangulamentos nas área da saúde e da educação, com o congelamento dos salários e das progressões dos funcionários públicos, etc. etc. etc. Por outro lado, falar de “almofadas sociais” (por ex. os aumentos no salário mínimo)é, sem sombra de dúvida, "fazer pouco da miséria"! Sobretudo hoje que se ficaram conhecer mais alguns dados sobre a evolução do nível de vida dos portugueses nos últimos anos. E quanto às "excelentes" reformas promovidas por este Governo basta ver os resultados, porque eles falam por si - vejam, por exemplo, o resultado da reforma no regime de arrendamento urbano, da reforma do ensino secundário e do ensino superior (ambos num autentico caos), da reforma do sistema nacional de saúde, etc. O Sr. Pedro Adão e Silva não precisa de mostrar o cartão para sabermos de que partido é. E, já agora, vai-me desculpar a expressão mas tanta "graxa" parece mal!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Estamos num País de Poetas!!!!!! alguns até acreditam que o homem não esteve na Lua!!!!!... Então queriam fazer reformas, reduzir o deficit a divida Publica e "consolidar a Segurança Social, sem sacrificios e com muita contestação???? Isso só na Paraiso dos "fundamentalismos Islamicos".....Como é que este País pode "andar" em velocidade de cruzeiro, se alguns sectores da Sociedade, nem sequer admitem ser avaliados ???? Mas o governo, será avaliado em 2009!!!!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A única coisa que realmente me importa e me faz pensar nesta governação é a minha renda de casa todos os dias a subir, o salário congelado, as contas do supermercado cada semana a subir, as propinas da faculdade e mais umas qts coisas.... que só vejo é subir, e o meu ordenado?? não vejo nada!!!!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Não, não foi do lado das despesas que se fez a consolidação das contas públicas! A "consolidação" foi feita pelo aumento "brutal" de impostos (os que se vêem e os que estão camuflados) e principalmente pelo lado do investimento. Se pelo lado do aumento de impostos se chegou ao limite, pelo lado do investimento também estamos no limite e estamos igualmente no limite no que toca às despesas compessoal. E agora? Qual será o comportamento do défice quando se aproximam as eleições? O problema está mesmo aqui! Já se começou a aumentar o investimento com o lançamento de mais umas quantas "obras faraónicas", agora são: - Novo aeroporto. - TGV. - Novas barragens. - Novos parques eólicos, etc. Por enquanto estamos só pelo lançamento, mas quando começarem a ser executadas vão ser pagas por quem e à custa de quê? Foi o mesmo princípio que foi testado com as Scut, fazer hoje para pagar mais tarde, quando chegar o "mais tarde" quem vai ser o culpado pelo aumento do défice? E as despesas com pessoal, vão continuar espartilhadas mesmo em época eleitoral? Quem vai analisar o défice que está a ser “gerado”? O Vitinho? Quem viver.... verá!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Tenho muitas duvidas que o encerramento de escolas, urgencias, maternidades, etc., em zonas do interior, economicamente desfavorecidas, onde não existem inceintivos para as pessoas se fixarem é onde a média de idades é muito elevada, tenha os seguintes efeitos: Automento da popuplação no interior do pais; Melhoria das condiçoes de vida, principalmente dos mais idosos que são os que ainda por la para, isto enquanto não morrem por falta de cuidados medicos. Incentivo aos jovens a ter filhos (não existem escolas); ... Olhe, nem só de autoestradas vive o homem. As pessoas não podem trabahar no litoral e irem passar os fins de semana ao interior, pelo menos com o preço actual dos combustiveis. Porquê? Porque é que a campanha eleitoral já começou?

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Não fora a dura realidade deste pais adiado, com este tipo de "propaganda" a somar a todo o tempo de antena que o Governo e o PS dispõem "ad libitum" na RTP, SIC e TVI (tudo gerido por gente nomeada pelo governo ou com ligações ao governo, ou ao PSOE no caso da TVI) e poderiamos pensar que chegámos ao Céu ... e que vivemos na Suiça do Mediterraneo. Mas infelizmente somos esmagados pelos impostos directos e indirectos, sempre a crescer, com os preços a aumentar a taxas de outras épocas... mesmo APESAR DA COTAÇÃO DO USDOLAR estar a 1,6 por cada Euro!!! Se este elemento, de repente, se alterar e voltarmos a paridade... muita fome vamos ter nas familias portuguesas...Haja decência e honestidade intelectual.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com o Realista. Vamos lá , então , investigar qual é o Plano para o desenvolvimento material de Portugal ,que torne possível a evolução espiritual dos Portugueses !

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Nao tenhamos duvidas em Portugal os Precos so sao elasticos para subir o efeito da descida de 1% no IVA vai ser automaticamente absorvido pela maior parte das empresas como parte do lucro. Os consumidores esses enfim sao tambem na sua maioria aqueles que trabalham naquelas empresas e gostam de ganhar salarios cada vez mais miseraveis . UM PAIS ONDE OS GOVERNANTES SISTEMATICAMENTE EMPURRAM OS NACIONAIS PARA O ESTRANGEIRO PARA SOBREVIVEREM SAO GOVERNANTES OU CHULOS ???? AINDA VOTAM NESSAS ESCUMALHA . AINDA TRABALHAM PARA AS EMPRESAS QUE LHES DAO OS TACHOS ? PIREMSE DAI PARA FORA SEJAM PRETOS MAS AO MENOS SJAM PRETOS BEM PAGOS.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Claro que é política. Foi política na subida e é política na descida. Esta má língua permanente não leva a lado nenhum mas satisfaz o maior passa tempo nacional. Quase apetece pedir ao Governo que deixe estar tudo como está até que tenha o défice equilibrado. Subiu 2%: Aqui d'el rei que a economia vai ao charco; desce 1%: não interessa nada! Não servirá, pelo menos, para as empresas subirem as suas margens? Francamente, só o diabo pode ser santo nesta igreja. E estas posições jornalísticas, não são políticas?

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Não restam dúvidas de que esta redução de 1% no Iva não tem impacto no bolso dos contribuintes e não passa de uma medida política. A Espanha, como toda a gente sabe, tem tido um crescimento notável. O que já é menos conhecido é que a Espanha tem feito um esforço igualmente notável para melhorar os rendimentos mínimos e reduzir o leque de rendimentos. Pois bem, ao apurar que o seu saldo era um superavit de mais de 2%, o Governo de Zapatero resolveu restituir 400 Euros no Irs às famílias menos favorecidas. Procurou beneficiar aqueles que mais necessitavam.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Já agora, porque não sobe o Minº Finanças a taxa de ISP? Até ficava a ganha. Portugal está em 4º/5º lugar na UE em termos de preços dos combustíveis. Mas em 20/21º em termos de nível de vida. Era isto que devia fazer escrever os articulistas. E não os efeitos da descida do IVA no Défice. Défice esse que só funciona para os países pequenos, que estão super dependentes dos Fundos da UE. Pede-se também que não se mencione a redução do IVA sobre os Alimentos, pois já se viu o que deu essa redução nos Serviços de Restauração e Hotelaria. NADA. Ou melhor: um aumento da margem bruta das empresas. O único efeito expectável desta descida de 1 pp. será quando as empresas procederem a aumentos de preços dos bens e serviços que vendem. A subida atenuar-se-á.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Os bancos colocam os seus empregados no governo e por isso não só raspam nos certificados,para que o Zé volte à banca,como conseguem atalhos fiscais que os outros contribuintes não têm(veja-se o caso escandaloso de pensionistas e deficientes , alvos deste "xuxalismo").Voltámos ao feudalismo bancário do 24 de Abril(este mais vigarista).Solução: abram as portas aos bancos estrangeiros.Já!..

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Então Portugal tem um sector bem gerido? Não vejo nenhum problema nisso, vejo um problema grave é no facto de quase só ter um sector com estes resultados. E o problema mais grave dos governos e dos governados é que não há mercado de arrendamento funcional. Há, mas é disfuncional. Isso levou a que Portugal tenha a maior percentagem de proprietários do mundo em relação à sua população. Quando entro numa tasca castiça e bem portuguesa e oiço os homens de barba rija e do copo de três a contarem as "coisas lá do banco" algo está podre neste sistema. E quando vejo que Portugal tem fogos aprovados para 100 milhões de habitantes então fico perplexo como os preços não baixam em conformidade. Só num sistema opaco e sem mercado livre é possível isto acontecer. Esse é o verdadeiro problema, este aqui enunciado é populismo no seu pior para optimizado para desviar as atenções. Temos o que merecemos.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Tenho que confessar que não percebo bem os contornos desta "crise",para além dos bancos quererem aumentar receitas.1)O "subprime" fez reduzir a liquidez mundial(onde estão os biliões da China e dos petro-ricos?)2) Com menos possibilidade de obter créditos, os bancos portugueses e outros, têm menos capacidade para financiar investimentos e consumo3)O que vai afectar o consumo de clientes externos e internos e baixar exportações4)Com menor oferta ,o dinheiro tenderá a ficar mais caro.Mas ,será "só isto"? Ou,como estamos a descobrir diáriamente,os bancos (incluindo alguns nossos) andaram fazer negócios tipo D.Branca que agora temos de pagar "todos"?Quem sabe qual a importancia de cada um destes factores?..

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Chamei a atenção para as previsões demasiado optimistas do Sr Minº das Finanças no OE 2008. Era de inconsciente, quando já se desenhavam os contornos da crise, prever um crescimento de 2,2% em 2008. A própria UE já tinha baixado as suas previsões (1,8%). Quanto à Banca, portuguesa ou estrangeira, andou a chupar os depositantes e a financiar-se a baixo juro no interbancário. Agora começa a oferecer taxas mais interessantes aos (execrados) depositantes. Tem graça: o que eu mais ponho em dúvida no crescimento económico português a médio-prazo são "os grandes projectos": Alcochete/TGV e obras públicas adjacentes. Aí sim, há financiamentos de enorme dimensão que poderão enfrentar dificuldades. Porque, quem lê os resultados bancários (lucros de 300, 500, 800 milhões de Euros), fica espantado com as dificuldades de liquidez bancária. Não deve haver recusa dos asiáticos/petrolíferos, por exemplo, em emprestar à banca portuguesa, tão altas rentabilidades esta mostra. O que me parece é que esses resultados foram bem "elaborados" pelos Estados Maiores respectivos. E que deve haver "buracões" escondidos nas Contas. Portanto, com o QREN, com a "boa estrela" do Sr Minº das Finanças, com os cálculos do INE, o PIB irá continuar a subir em 2008.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Aquilo que já se lia no Financial Times e na Bloomberg, parece que já alguém vai vendo. Menos o Governo. O Governo italiano já desceu a expectativa de crescimento para 2008, para menos de 1%. Porquê que é dura a verdade? Mais tarde, será pior!

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O problema das economias de hoje , dos politicos e dos problemas do mundo é muito facil preceber . Antigamente eram homens , com uma enorme capaçidade e determinados que governavam um pais . Homens decididos e com bolas pesadas. Hoje são mulheres que mandam e os resoltados estão á vista em todo mundo . Os amaricados quizeram impor uma ideologia femenina no mundo, que os poucos Homens que aidam restam ,estão tendo deficuldades para se adaptarem ao mundo femenino e normalmente nunca dá serto sempre acaba em guerra quando um homem se mistura na cosinha com a mulher . É tudo muito lindo na emaginação na prática é que é o problema . E como todo Homem sabe a mulher é um ser muito convençido a própria natureza assim a criou estará o Homem também ficando convençido?

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Os vectores de tensão da economia são fortes, paradoxais e novos. Pelo menos as causas são novas. E são positivas. Os EUA estão muito atractivos para investir na sua indústria e como fornecedor de produtos e serviços. Por exemplo em revestimentos em sulcos (não pegam fogo, são uma inovação da Nasa) para comboios, aviões, navios, edifícios e talvez um dia carros. As suas exportações de alto valor crescem exponencilmente e o emprego melhora em qualidade e quantidade. Mas à o verso da medalha. O que o mercado dá o mercado tira, lá isso mantém-se igual. Tira bolhas de ar ao imobiliário residencial (mas não ao de escritórios) e à muito deficiente gestão do risco pela actividade financeira. Mas esta última, para assombro de todos os que não conhecem a América, não "manda" na Economia. A Economia é que lhe manda as suas respostas naturais. Por exemplo a HP tem aumentado, e muito os rendimentos nos mercados BRIC. Só que não vende caixas de computadores portáteis. Vende impressoras e serviços. E baixou o custos brutalmente aumentando os ordenados com menos empregados. Mesmo assim, o sector emprega muito mais gente do que no ano passado. É assombroso. E agora há casas enormes à venda por menos de 700 mil euros. Por 300 mil compra-se com piscina e barco parado no ancoradouro privado. Os empregos aumentam, mais um parodoxo, na banca, hotelaria, agricultura e indústria auto. E em todo o tipo de engenharia (salvo construção residencial). as taxas de juros são negativas, para quem é sério e pode pagar. Bela crise. Vejamos quando tiverem um Presidente menos bronco. E menos guerras. Duas em simultâneo é que são a verdadeira crise. Obama e Ubama terão que resolvê-la. Isso é que é difícil.

quarta-feira, abril 02, 2008  
Anonymous Anónimo said...

José, quando o governo apresentou o orçamento para 2007, toda a oposição e comentadores vários diziam que Sócrates e Teixeira dos Santo estavam a fazer ilusionismo e a enganar o povo portugues, especialmente no que se referia ao crescimento do PIB e redução do déficite que eram, então, os 2 maiores problemas das nossas finanças. Ora, como hoje sabemos , essas projecções foram atingidas e ultrapassadas. Creio que todos deveriamos estar felizes por isso, mas agora o discurso já é outro!!!... Relativamente ao orçamento de 2008 espero que aconteça o mesmo. Em vez de todos desejarmos e trabalharmos para que as metas estabelecidas sejam novamente atingidas e ultrapassadas, estranhamente o José quer é que sejam revistas em baixa e, segundo depreendo, ficaria muito feliz. Não acha que há algum masoquismo nesta forma de alguns portugueses estarem na vida, quanto pior melhor?!

quarta-feira, abril 02, 2008  

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