E Sócrates disse nada...
"O primeiro-ministro costuma aproveitar os debates parlamentares para brilhar e anunciar qualquer coisa de relevante se os confrontos são habitualmente uma passadeira onde o chefe do Governo brilha. Mas ontem, quando o principal tema da agenda era a crise dos combustíveis, José Sócrates disse nada...
Repetiu as medidas que já tinha anunciado, que são socialmente justas, mas insuficientes para evitar a degradação do poder de compra dos portugueses e a derrapagem das empresas. Não são apenas os mais pobres a ser afectados por esta crise. A chamada classe média está a sofrer uma terrível erosão com a espiral de preços.
Como avisou ontem o Cardeal-patriarca de Lisboa, "parece que é um processo que vai durar e que vai provocar desequilíbrios muito grandes nos equilíbrios precários que a nossa sociedade já tinha conseguido. Os mais visíveis são os das classes média e média-baixa. Os pobres vão ficar mais pobres, com mais dificuldades".
O Governo cita relatórios que apontam para uma queda dos níveis de pobreza, mas nos últimos cinco meses a onda inflacionista, especialmente nos bens alimentares e combustíveis, tornou essas estatísticas obsoletas. As famílias estão mais endividadas e com cada vez mais dificuldades em esticar o rendimento até final do mês."
Armando Esteves Pereira
Repetiu as medidas que já tinha anunciado, que são socialmente justas, mas insuficientes para evitar a degradação do poder de compra dos portugueses e a derrapagem das empresas. Não são apenas os mais pobres a ser afectados por esta crise. A chamada classe média está a sofrer uma terrível erosão com a espiral de preços.
Como avisou ontem o Cardeal-patriarca de Lisboa, "parece que é um processo que vai durar e que vai provocar desequilíbrios muito grandes nos equilíbrios precários que a nossa sociedade já tinha conseguido. Os mais visíveis são os das classes média e média-baixa. Os pobres vão ficar mais pobres, com mais dificuldades".
O Governo cita relatórios que apontam para uma queda dos níveis de pobreza, mas nos últimos cinco meses a onda inflacionista, especialmente nos bens alimentares e combustíveis, tornou essas estatísticas obsoletas. As famílias estão mais endividadas e com cada vez mais dificuldades em esticar o rendimento até final do mês."
Armando Esteves Pereira
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