Indecoro.
"O peixe pode vir a faltar nos mercados. O arroz já está a ser racionado em certas cadeias de supermercados. Agricultores vão deixar os tractores e voltar às charruas puxadas a animais. E o Governo considera “indecoroso” mexer nos preços dos combustíveis. O tipo de organização económica e social baseado na ditadura da finança, na especulação, na promoção da desigualdade e da injustiça é um fiasco que apenas faz regredir a história.
A par das notícias da crise há novas sobre a acumulação obscena da riqueza: empresas que só conhecem a receita dos despedimentos para emagrecer as despesas duplicam os quadros de administração com remunerações e outras benesses escabrosas. Os lucros que ofendem a vida de dificuldades da imensa maioria da população não admitem correr o mínimo risco: qualquer flutuação dos custos é imediatamente descarregada sobre os consumidores. E o Estado ajuda à festança carregando os impostos de uns e descarregando emolumentos para outros. Contava o Público de ontem que as Finanças têm em estudo uma proposta para pôr as grandes fortunas a salvo de credores privados, do Fisco e da Segurança Social.
Já nem sequer se trata do desrespeito pelo princípio constitucional da subordinação do poder económico ao poder político eleito. Trata-se da apropriação do aparelho de Estado pelo poder do dinheiro em seu exclusivo e abusivo benefício. A ser verdade estaremos perante o mais vexatório sentido do que é e deve ser o Estado, numa concepção e numa prática, essas sim, verdadeiramente indecorosas. Se a notícia se confirma, isso significará, muito simplesmente, o fim da democracia e do Estado de direito. Custa a crer mas esse será, verdadeiramente, o Estado… a que isto chegou."
João Paulo Guerra
A par das notícias da crise há novas sobre a acumulação obscena da riqueza: empresas que só conhecem a receita dos despedimentos para emagrecer as despesas duplicam os quadros de administração com remunerações e outras benesses escabrosas. Os lucros que ofendem a vida de dificuldades da imensa maioria da população não admitem correr o mínimo risco: qualquer flutuação dos custos é imediatamente descarregada sobre os consumidores. E o Estado ajuda à festança carregando os impostos de uns e descarregando emolumentos para outros. Contava o Público de ontem que as Finanças têm em estudo uma proposta para pôr as grandes fortunas a salvo de credores privados, do Fisco e da Segurança Social.
Já nem sequer se trata do desrespeito pelo princípio constitucional da subordinação do poder económico ao poder político eleito. Trata-se da apropriação do aparelho de Estado pelo poder do dinheiro em seu exclusivo e abusivo benefício. A ser verdade estaremos perante o mais vexatório sentido do que é e deve ser o Estado, numa concepção e numa prática, essas sim, verdadeiramente indecorosas. Se a notícia se confirma, isso significará, muito simplesmente, o fim da democracia e do Estado de direito. Custa a crer mas esse será, verdadeiramente, o Estado… a que isto chegou."
João Paulo Guerra
16 Comments:
Começo por aconselhar umas pastilhas RENNIE ao Sr. primeiro ministro, ao PS e a todos os seus Caciques. Com com este governo nao vamos lá, a anestesia em que colocaram o pais estes ultimos anos acabou, já nem Constâncio se sujeita mais a dar o seu aval a um país virtual. Chegou a hora do adeus ... e do povo acordar para a dura realidade que vão ser os proximos anos. ADEUS SOCRATES
Está-se mesmo a ver o perfil da mudança: mais do mesmo (Obras Públicas). Entraremos ne (longa) construção de duas infraestruturas que , em termos financeiros, serão mais dois "buracos". Depois, muito depois, quando se constatar "a não rentabilidade" das obras, perguntar-se-á: mas onde foram parar os Milhões de Milhões (Triliões) de Euros investidos? Resposta: estão no betão e nos carris. Como no subprime, nos Estádios do Euro 2004: onde estão os 300 mil milhões de Dólares que Bancos e Financeiras, directa ou indirectamente, investiram nesse mercado? Estão no betão, caraças!
Pois é. Cá estamos nós no meio da tempestade,numa barcaça,de remos partidos e a meter àgua. Longe ficou o mar sereno,sem ondas,que nos criou a ilusão de navegarmos num luxuoso transatlantico. Se não naufragarmos, no primeiro porto, teremos que construir mais robusta nau,porque sem barco não hà timoneiro que nos salve.
É que não temos super-estrutura para sair disto. O "governo" é uma coisa muito fraquinha, com a mania que é uma maravilha. Produz leis e regras à velocidade da luz, atafulha empresas e cidadãos de deveres e custos... É lamentável, mas desmontar esta teia não vai ser fácil. Agora, só nos resta fazer tudo para correr com esta corja socrática.
Como dizia o outro...ha muita falta de memória. Valor lá a ver. Portugal nunca foi nrnhum exemplo económico (chegou a ser bom aluno, mas não mais que isso). Mas até ha 5 anos atrás o seu crescimento não andava longe da média europeia. O ciclo negativo que hoje atravessamos chegou com M Ferreira Leite e a maluqueira da "jiahd" contra o deficit, cortando drasticamente no investimento e no poder de compra dos portugueses. Por que haveria a economia portuguesa de crescer? Por milagre? Acreditam sinceramente que em 2 ou 3 anos se possa reformar a economia, mudar as empresas, transformar trabalhadores texteis em produtores de novas tecnologias? A EXPLICAÇÃO É SÓ UMA: ESTUPIDEZ E INCOMTETENCIA DOS NOSSOS DIRIGENTES NA ÚLTIMA MEIA DÚZIA DE ANOS.
O Sr. Sócrates decretou que o INE e o BdP nunca vão declarar a recessão. Isso nunca acontecerá enquanto ele for PM. Isso da "tanga" foi a com "Direita"! Está decretado.
Vamos certamente ficar pior ainda, já que Portugal não está preparado em nenhum aspecto. É a hora para apresentarem sugestões os teóricos que não se limitam ao dejá vu.
Estão a esquecer-se que existe um pre sidente da republica, que não se vai deixar embarcar, no desgoverno do Socrates, e encalhar na praia........... Portanto parece que se prepara uma edição Guterres II, que vai acabar no fim do corrente ano, a pedido ou por vontade própria! Dizer que não descongela os combustiveis, è de uma infelicidade atrós, porque o que tem è que controlar o que a Galp faz e um plano de emergencia para baixar drasticamente os consumos!
Sr. Rea, o Sr. tem razão em muita coisa, mas a estupidez já vem do tempo do Sr. Salazar, agravou-se com o 25 de Abril e desde então ninguém teve a coragem de mudar o ritmo das coisas... Os reflexos das asneiras e dos acertos não se reflectem imediatamente. O povinho lusitano também não ajuda..Só quer mordomias. Trabalhar que é bom, tá quieto....o Futebol é mais importante! Será que os trabalhadores texteis querem ser transformados em alguma coisa de útil? Duvido! O mesmo se passa com um monte de outras categorias profissionais condenadas à extinção. Mas para quê fazer alguma coisa agora, se poderão chorar e fazer-se de coitadinhos depois?´ É triste, mas estamos condenados a muitos anos mais de mediocridade, porque a mediocridade está institucionalizada. Está arraigada na cabeça das pessoas
Portugal e os Portugueses encontram-se hoje entre a espada e a parede mas sem fuga alguma da espada e esta encontra-se cada vez mais com a capacidade de colocar Portugal numa posição muito proxima de Países (america latina)que nunca julgariamos possivel e tudo isto graças ás mentes brilhantes que ao longo dos anos apostaram numa economia baseada em baixos salarios e sempre afinando pela bitola de um patronato sem visão alguma. Hoje temos uma população que face aos aumentos dos combustiveis e dos juros e dos alimentos estão sem margem alguma para poder fazer frente a esta situação e estão a ser empurrados para um empobrecimento sem fuga alguma, temos um emprego que em muitos sectores se encontra alicerçado sobre ordenados de 500€ e outros com muito menos e com isto é tudo uma questão de tempo a que se assista a uma paralesia do próprio País sem soluções á vista da fome á morte fica uma distância muito tenue. Alias os Portugueses continuam a assistir a um carocel de gente, sempre os mesmos na politica com as mesmas ideias e fazendo da alternancia politica um meio de vida que pela falta de uma justiça que faça da Constituição da Republica um prumo a ser cumprido mais não faz do que cada vez mais se assista a uma morte anunciada da própria democracia em Portugal.
Um dos problemas internos e que é responsável pelo abaixamento produtivo é a falta de cumprimento nos pagamentos. Seria suficiente um qualquer Governo implementar uma regra de pagamento a 30 dias dentro do Estado e obrigar todas as entidades que com o Estado se relacionam a ter este comportamento e prová-lo.
Longe vão os tempos em que os jovens acabavam um curso e tinham emprego,a população vivia sem medo da bandidagem porque era protegida pelas forças policiais, a moeda era forte reflexo de finanças equilibradas e de uma economia cujo PIB cresceu a uma taxa média anual de 5,4%
Este socrates quando sair,vai-se fazer uma festa ainda maior que aquela que se fez quando o cavaco foi de vela. O que quer dizer que nem o ps nem o psd serviram o país de forma digna e honesta.Mas o pcp e o be também não vão lá será que estamos a chegar a um ponto perigoso em que se aprecebe que esta democraçia afinal está podre e vamos ter que ir prá rua correr com estes governantes???
Para o "MUDAM-SE OS TEMPOS".....Claro nessa altura acabavam os cursos os poucos jovens que estudavam!!!! e tinham emprego os "protegidos de sempre" Analfabetismo???? 40%!!!! Fome ???? a maioria da população!!!!!bandidagem??? Claro eles eram os próprios policias desse tempo....Negro!!!!!Etc.etc..... Há alguma comparação, mesmo havendo problemas sérias o resolver ??? além de tudo...( Ainda bem ) os Portugueses saão agora muito mais exigentes!!!!! Mas, como é triste verificar que Há Portugueses que gostam da velha "Piolheira"...é a vida....
Aqui há umas sextas-feiras atrás, no telejornal da TVI, num raro momento de televisão a sério, um senhor que dá pelo nome de Medina Carreira e que, por sinal, até já foi ministro das finanças teve a coragem de chamar os bois pelos nomes de uma forma tão clara e objectiva que até a Manelinha, que é uma radical, corou de tanta verdade dita em tão pouco tempo. Sinceramente, fiquei à espera que no dia seguinte a imprensa falada e escrita deste pântano viesse dar eco ou vituperar essas palavras incómodas pelo menos para abanar os capacetes desta gente, tentar acordar os adormecidos e os outros que, julgando-se mais esclarecidos, ainda se encontram "nesse enlevo de alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito". Mas não! Nada disso! Ouvi falar de uns patarecos que fumaram num avião, ouvi falar da selecção nacional, ouvi falar do apito final e do outro apito, ouvi falar de um tal Pinto da Costa mai-los seus bobbys e seus tarecos, ouvi falar de tudo menos daquilo que realmente interessa ao país. Pronto, pelo menos deu para perceber que está tudo controlado, que não há voz incómoda que possa incomodar esses senhores que fumam e que não fumam, porque a teia está eficientemente montada e testada. Não haverá por aí um qualquer diluente que ajude a dissolver as malhas deste sistema que nos tolhe tanto ou mais do que tolheu a ditadura do outro? Não haverá por aí mais uns Medinas Carreiras que, de forma independente e sem ligações a partidos, sindicatos ou instituições com interesses próprios, ajude este povo a mostrar a sua capacidade de revolta e a correr com quem lhes suga o sangue e a alegria de viver???
Meus amigos, por causa da incompetência para não dizer burrice, dos políticos portugueses e de permeio com o empresareado portugues que sempre primou por explorar seus empregados, em vez de os promover com cursos de aperfeiçoamento para que assim o país se pusesse em grau de igualdade com outras naçoes mais desenvolvidas, embora de tamanho geográfico igual ou até menor que Portugal é que Portugal está sempre na rabeira da Europa, tendo seus filhos entre eles eu sou um deles, terem que procurar outras terras para poder viver condignamente. Que faz o presidente da Republica que é um economista e pessoa de visão, que nao se move ou dê um basta a todo este desgoverno?
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