quinta-feira, maio 08, 2008

Pobres, periféricos e menos atractivos

"Longe vão os tempos em que Portugal era destino dos milhões infinitos de Bruxelas e da imigração qualificada que dava corpo às principescas obras públicas do regime.

Foi a Expo e a Ponte Vasco da Gama, o oásis do Alqueva, seguiram-se os absurdos 10 estádios de futebol para mês e meio de festa. Agora o cenário é bem distinto. Não só os fundos comunitários têm um fim à vista (a última lufada está em curso), como o número de imigrantes que escolhem Portugal para trabalhar está a diminuir. As previsões da OCDE definem o nosso país como um destino de mão de obra desqualificava onde, apesar de tudo, os 425 mil imigrantes (4% da população) contribuem para 5% do PIB. Em Espanha, por exemplo, os imigrantes legais são já 8% da população e calcula-se que exista 1 milhão de “sem papéis” (imigrantes ilegais). A imigração é uma coisa séria. Influencia o desemprego, impulsiona a economia mas, no limite, pode complicar as contas da Segurança Social. Para Portugal o cenário que se avizinha não é animador: vai atrair cada vez menos imigrantes, que serão cada vez menos qualificados, logo mais necessitados da ajuda do Estado
."

Francisco Teixeira

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