sábado, junho 28, 2008

Sintra subterrânea - Ultima parte


DA PROFECIA À SINARQUIA PASSANDO POR AGHARTA

Com a finalidade de analisar melhor o possível relacionamento entre a Serra de Sintra e o fantástico Reino de Agharta, interrogámos o kabalista português Vitor Adrião, investigador que desde há muito se vem dedicando a estes estudos.

– O Castelo dos Mouros, localizado no cimo da Montanha da Lua, tem sido
assinalado, ao longo dos tempos, como uma das entradas para o lendário Reino de Agharta. Também foi local de existência de uma inscrição profética, que se encontrava à entrada do referido Castelo mas mandada retirar por D. João II.

Este rei, a quem grande número de ocultistas e investigadores atribui a paralisação do
projecto universalista português, quando transformou a Ordem de Cristo numa ordem de clausura, pouco ganhou com a iniciativa já que o texto da inscrição premonitória ficou registado na “Crónica de El-Rei D. Manuel”, de Damião de Góis, achando-se igualmente assinalado na página 201 de “Cintra Pitoresca”, um livro de autor anónimo de 1838 mas que hoje se sabe ser o Visconde de Juromenha.
E prosseguiu Vitor Adrião:

– Trata-se do vaticínio de uma Sibila sobre o Ocidente e garantia: «Patente me farei aos do Ocidente / Quando a porta se abrir lá do Oriente / Será cousa pasmosa quando o Indo / Quando o Ganges trocar, segundo vejo... / Seus divinos efeitos com o Tejo.»

É caso para aconselhar que quem souber ler que leia mas sempre acrescentaremos dois pormenores importantes, possivelmente ligados a este vaticínio.

A Serra Sagrada de Sintra ligada ao Paraíso “Perdido” de Agharta

Um deles é o facto de vários dignitários budistas e outros religiosos orientais estarem a
deixar o Oriente para se fixarem na Europa, incluindo Portugal. Um deles, antes de iniciar viagem na direcção do “movimento” do Sol, igualmente de Oriente para Ocidente, ter dito aos seus seguidores da Tailândia encontrar-se a Ásia espiritualmente falida, pretendendo por isso viver num país que estivesse redespertando para as coisas espirituais.

Outro foi a descoberta, por parte do kabalista por nós contactado na Serra de Sintra, de duas lápides importantes, facto por ele próprio narrado através das palavras seguintes:

– Existem, na Quinta da Penha Verde, restos de um Templo dedicado à Lua onde duas lápides, escritas em sânscrito – idioma nunca falado na Europa – e trazidas de Somnath-Patane pelo Vice-Rei da Índia D. João de Castro, contam a história da união do Oriente com o Ocidente, verdadeiro tratado ensinando a viver-bem segundo as regras canónicas do Espírito Santo, neste caso e a quem são dedicadas as lápides, Shiva.


Talvez não seja, pois, em vão tudo quanto se escreveu e disse acerca do possível Quinto Império de Portugal, desde que o entendamos não como um domínio terreno ou colonial mas como um Império espiritual e universalista.
Quando o compositor Richard Strauss visitou a zona da Montanha da Lua considerou-a a coisa mais bela que tinha visto. Referindo-se ao parque, mandado construir por D. Fernando II, comparou-o ao jardim de Klingsor enquanto apontando o Castelo dos Mouros, lá no alto, definiu-o como o Castelo do Santo Graal.
Para quem conheça a história de Parsifal talvez não seja necessário acrescentar mais na reportagem.

Victor Mendanha

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