Rebuçados
"De uma coisa estarão os eleitores portugueses livres nas quatro campanhas eleitorais que se avizinham: a ASAE garante que não há no mercado rebuçados chineses.
De resto, não faltarão guloseimas, agora que a sondagem publicada pelo Diário Económico na passada sexta-feira mostrou que as intenções de voto no PCP e Bloco de Esquerda perfazem 23 por cento. Isto é, um em quatro eleitores. A esquerda deixou de ser um nicho de mercado eleitoral de maneira que, à falta de rebuçados com leite em pó chinês eventualmente "enriquecidos" com melamina, nas campanhas eleitorais não faltarão outros açúcares, para adoçar a boca dos desencantados com as maravilhas do "socialismo moderno": lambarices, acepipes, bombons, confeitos, gulodices, chupa-chupas, gomas, bolinhos, biscoitos e outras delicadezas.
Confrontado com a falta de comparência da oposição de direita, o PS vê-se acossado pela esquerda, como seria de calcular. A direita não tem propriamente razões de queixa da política governamental, o que terá contribuído para o definhamento do PSD. Tem sido em matérias sociais que o Governo PS mais tem fustigado os portugueses com uma austeridade de que não se vê fim à vista: vem desde os governos de Mário Soares, nos idos de 80, e só teve uma vaga folga, para alguns, quando se abateram sobre Portugal os milhões de Bruxelas: para além dos milhões da "formação" que deram para tudo, mas não para todos, houve emprego sazonal na construção de auto-estradas a tempo da campanha eleitoral seguinte.
Ou seja: com tanta doçaria, as quatro campanhas eleitorais vão contribuir para a engorda dos portugueses. Mas não faz mal. Passadas as eleições volta a ginástica das aflições e o aperto do cinto. "
João Paulo Guerra
De resto, não faltarão guloseimas, agora que a sondagem publicada pelo Diário Económico na passada sexta-feira mostrou que as intenções de voto no PCP e Bloco de Esquerda perfazem 23 por cento. Isto é, um em quatro eleitores. A esquerda deixou de ser um nicho de mercado eleitoral de maneira que, à falta de rebuçados com leite em pó chinês eventualmente "enriquecidos" com melamina, nas campanhas eleitorais não faltarão outros açúcares, para adoçar a boca dos desencantados com as maravilhas do "socialismo moderno": lambarices, acepipes, bombons, confeitos, gulodices, chupa-chupas, gomas, bolinhos, biscoitos e outras delicadezas.
Confrontado com a falta de comparência da oposição de direita, o PS vê-se acossado pela esquerda, como seria de calcular. A direita não tem propriamente razões de queixa da política governamental, o que terá contribuído para o definhamento do PSD. Tem sido em matérias sociais que o Governo PS mais tem fustigado os portugueses com uma austeridade de que não se vê fim à vista: vem desde os governos de Mário Soares, nos idos de 80, e só teve uma vaga folga, para alguns, quando se abateram sobre Portugal os milhões de Bruxelas: para além dos milhões da "formação" que deram para tudo, mas não para todos, houve emprego sazonal na construção de auto-estradas a tempo da campanha eleitoral seguinte.
Ou seja: com tanta doçaria, as quatro campanhas eleitorais vão contribuir para a engorda dos portugueses. Mas não faz mal. Passadas as eleições volta a ginástica das aflições e o aperto do cinto. "
João Paulo Guerra
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