A cimeira que vai parir um rato...
Os líderes dos 20 países mais ricos e emergentes do mundo (G20) reúnem-se amanhã, em Londres, para tentarem um consenso sobre como solucionar a actual crise mundial, num clima de tensão que promete saldar-se por um rotundo fracasso político, económico e financeiro.
O presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, à partida para a capital inglesa, anunciou hoje que não espera “milagres” do conclave global.
“Melhorar o que não está bem” e “é agora ou nunca” foram as expressões usadas pelo líder da União Europeia, divida e enfraquecida como nunca, sobretudo desde os anos 80, quando o timoneiro da então CEE era o francês Jacques Delors. “Temos de aproveitar as condições que nunca tivemos para chegar a um acordo”, enfatizou Barroso.
A regulação e supervisão financeira transfronteiriça, com enfoque particular nos paraísos fiscais, bem como o redesenho da missão, objectivos e estratégias das instituições financeiras, nos planos nacional e multilateral, são necessidades urgentes.
Porém, as divisões e desacordos entre europeus e americanos, por um lado, Brasil, Rússia, China e Índia (BRIC), acompanhados por mais alguns países emergentes, por outro, fazem do sucesso da cimeira do G20 uma missão quase impossível.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy ameaçou abandonar a reunião se não ficar satisfeito com os resultados. A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, fez saber que tal poderá acontecer pois a crise é “demasiado grave” para que a cimeira não produza resultados palpáveis.
A chanceler alemã Angela Merkel, após uma reunião em Berlim com o presidente russo Dimitri Medvedev, também coloca pressão sobre os aliados americanos e os concorrentes asiáticos: “A crise é um profundo corte. Podemos dizer que o mundo está numa encruzilhada, e em Londres temos de fazer um trabalho ambicioso, e não nos limitarmos a palavreado”.
As posições da França e da Alemanha, dois dos principais motores da UE, fazem renascer o velho eixo Bona/Berlim-Paris em uma Europa, não a duas mas a várias velocidades, onde os antigos satélites soviéticos e os PIGS - Portugal, Itália, Grécia e Espanha - são considerados os cábulas da escola europeia.
Gordon Brown, o anfitrião da cimeira, adopta um discurso irrealistamente optimista.
“Melhorar o que não está bem” e “é agora ou nunca” foram as expressões usadas pelo líder da União Europeia, divida e enfraquecida como nunca, sobretudo desde os anos 80, quando o timoneiro da então CEE era o francês Jacques Delors. “Temos de aproveitar as condições que nunca tivemos para chegar a um acordo”, enfatizou Barroso.
A regulação e supervisão financeira transfronteiriça, com enfoque particular nos paraísos fiscais, bem como o redesenho da missão, objectivos e estratégias das instituições financeiras, nos planos nacional e multilateral, são necessidades urgentes.
Porém, as divisões e desacordos entre europeus e americanos, por um lado, Brasil, Rússia, China e Índia (BRIC), acompanhados por mais alguns países emergentes, por outro, fazem do sucesso da cimeira do G20 uma missão quase impossível.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy ameaçou abandonar a reunião se não ficar satisfeito com os resultados. A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, fez saber que tal poderá acontecer pois a crise é “demasiado grave” para que a cimeira não produza resultados palpáveis.
A chanceler alemã Angela Merkel, após uma reunião em Berlim com o presidente russo Dimitri Medvedev, também coloca pressão sobre os aliados americanos e os concorrentes asiáticos: “A crise é um profundo corte. Podemos dizer que o mundo está numa encruzilhada, e em Londres temos de fazer um trabalho ambicioso, e não nos limitarmos a palavreado”.
As posições da França e da Alemanha, dois dos principais motores da UE, fazem renascer o velho eixo Bona/Berlim-Paris em uma Europa, não a duas mas a várias velocidades, onde os antigos satélites soviéticos e os PIGS - Portugal, Itália, Grécia e Espanha - são considerados os cábulas da escola europeia.
Gordon Brown, o anfitrião da cimeira, adopta um discurso irrealistamente optimista.
O sucessor de Tony Blair no nº10 de Downing Street garante que vai haver acordo.
Quando lhe pediram para dar exemplos quedou-se pelas remunerações dos banqueiros…
O presidente norte-americano, Barack Obama, prepara-se para dar um raspanete aos europeus, reninentes em criar mais dívida pública para estimular a economia e o emprego.
O presidente norte-americano, Barack Obama, prepara-se para dar um raspanete aos europeus, reninentes em criar mais dívida pública para estimular a economia e o emprego.
Os alemães lideram o pelotão dos que, na UE, dizem que só haverá mais apoios aos bancos e às empresas depois de serem obtidos resultados concretos das bilionárias injecções de capital feitas desde Outubro.
O bloco dos emergentes elegeu o combate ao proteccionismo e concessões dos americanos e europeus no âmbito da Ronda de Doha como principais cavalos de batalha.
No entanto, russos e chineses querem também apear o dólar da sua posição de divisa mundial de reserva, substituindo-o por um cesto de moedas onde o euro e o iéne terão uma forte componente. A oposição ocidental é absoluta.
Perante isto, uma coisa é certa.
O bloco dos emergentes elegeu o combate ao proteccionismo e concessões dos americanos e europeus no âmbito da Ronda de Doha como principais cavalos de batalha.
No entanto, russos e chineses querem também apear o dólar da sua posição de divisa mundial de reserva, substituindo-o por um cesto de moedas onde o euro e o iéne terão uma forte componente. A oposição ocidental é absoluta.
Perante isto, uma coisa é certa.
A montanha de Londres vai parir um rato e o sistema financeiro global continuará em processo de implosão.
Em câmara lenta.
As dinastias financeiras que comandam os bancos centrais preparam-se para recolher os despojos e impôr uma Nova Ordem Mundial onde só haverá lugar para duas classes - os super-ricos e os outros.
Os primeiros, segundo a Forbes, não chegam a dois mil.
Os outros rondam os 6,5 mil milhões.
MRA Alliance
Pedro Varanda de Castro, Consultor

7 Comments:
Como lembrou ontem o Fidel de Castro: "Mais de 180 países do mundo não estarão presentes na reunião de Londres. Não é por acaso que se afirma que ali só estarão os representantes das 20 maiores economias do mundo. Não obstante, entre elas existem contradições profundas, tanto dentro dos próprios países ocidentais quanto entre estes e os emergentes, que levam a cabo a batalha contra a crise financeira a favor de seu direito ao desenvolvimento."
Oh Luis, mas o que o camarada Castro diz ja nao se escreve. Alias no mundo democratico e desenvolvido, nunca se escreveu. Acho que vc devia fazer a experiencia que muitos ja fizeram, eu incluido, de conhecer Cuba, e la Ciudad de San Cristobal de la Habana, para ver o misareu que aquilo e. Cito 2 pormenores: boa parte dos edificios historicos alguns bem bonitos, nao tinham telhado, isso mesmo, tinha caido ha uns tempos; outra parte que estavam restaurados, um foi porque a Suecia deu o dinheirito, outro porque a Italia se chegou a frente etc. Isto foi em 2002. Saudacoes.
Rezemos para que Obama não seja uma desilusão para o mundo. Se os americanos e os ingleses querem reeditar Bretton Woods estamos tramados. A primeira medida deveria ser acabar com os Off-shores mesmo que isso doa aos ricos americanos e ingleses...e também aos novos-ricos chineses.
Segundo dizem as estatísticas, em Portugal aumentou a criminalidade violenta, aumentou o uso de armas de fogo, aumentou a violência nas escolas – dentro e fora delas – e aumentaram também alguns crimes novos, como por exemplo o carjacking.
O sentimento subjectivo de insegurança, que já existia em muitos portugueses, era até há tempos desmontando pelos sucessivos Governos com as estatísticas. Os portugueses sentiam-se inseguros, mas não era verdade, diziam os governos, porque os números não apresentavam agravamento. Ora, a partir de 2008 há mais crime e mais violência, o que significa que o actual Governo não pode dissolver o sentimento geral com números.
No presente, há infelizmente um encontro entre o sentimento subjectivo e a realidade objectiva. E a comunicação social também já não pode ser acusada de 'dramatização excessiva'. Os episódios concretos podem ser mais ou menos espectaculares, mas a presença do crime é real, cada vez mais. A crise económica só pode agravar o cenário, mas o mais preocupante é a sensação de que um país tradicionalmente brando dá passos no sentido de se transformar num país balístico. O ‘killer instinct’ dos portugueses está pois a crescer.
Contudo, ninguém parece querer transformar o crime numa arma política de arremesso contra o Governo. Aqui há uns anos, Paulo Portas tentou, com algum sucesso, esse discurso. Compreendia-se: a lei e a ordem, e portanto a segurança, são valores que a direita tem no coração. Sarkozy, por exemplo, aproveitou um episódio específico para mostrar aos franceses que era um duro, e meteu a direita no bolso com essa exibição musculada.
No presente, nem Portas nem sobretudo Ferreira Leite pegam nessa bandeira. Para a líder do PSD, o tema era uma excelente oportunidade para criticar o Governo, falar ao coração do centro-direita e ao mesmo tempo solidificar a sua imagem de autoridade. Não o fez e apenas podemos especular porquê. Será que o PSD não considera grave o aumento do crime? Será que o PSD não vê aí uma possibilidade de ganhar votos? Ou será que o PSD é demasiado 'elitista e liberal' para sujar as mãos com discursos 'populistas'? Não faço ideia. A minha única conclusão é que o grande partido do centro-direita português, que aspira a ganhar as eleições, não levanta essa bandeira. Enquanto no país cresce o ‘killer instinct’ real, no PSD morre o ‘killer instinct’ político.
Os partidos só se interessam por votos e pelos direitos dos criminosos.Salve-se uma honrosa excepção,a do CDS.
Ho Domingos,pior que os roubos,é a ameaça a pessoas e familiares,autentico terror em que vivem diariamente
Já pensaram que o terror pode ser, organizado, por ex profissionais de segurança, por ex. militares ou polícias. A quem interessa o clima?
Aos bancos.
Para evitar que as pessoas lá tenham o dinheiro. Afinal o que recebe o depositante em troca?
Um mau e caríssimo serviço e 0 em troca por utilizarem o nosso dinheiro
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