quarta-feira, abril 29, 2009

Nações Unidas (contra uma)

"Decorreu em Genebra nova conferência das Nações Unidas sobre o racismo, uma maneira jovial de as nações se unirem para lançar pragas a Israel e apelar ao seu extermínio. Avisados do evidente propósito, um punhado de países recusou participar na pândega. Israel, naturalmente. E naturalmente os EUA, o Canadá, a Austrália, a Alemanha, a Holanda, a Nova Zelândia, a Itália e a Polónia.

A sra. Navi Pillay, alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, um título que em si encerra inúmeras possibilidades cómicas, afirmou-se "chocada" com as ausências e profetizou que estas prejudicariam o trabalho humanitário por anos a fio. O "humanitarismo", versão ONU, constrói-se portanto mediante a vassalagem ao sr. Ahmadinejad, o presidente do Irão que viajou até à Suíça para explicar, mais uma vez, a intrínseca maldade do "sionismo" e o mito do Holocausto.

Durante a prédica do homenzinho, os estados da União Europeia com pouca vergonha na cara, Portugal incluído, lembraram-se de que convinha salvaguardar alguma e saíram da sala. Na sala, até ao final da pândega, ficaram os delegados das restantes cento e tal nações, a chorar o único povo sofrido da Terra, obviamente os palestinianos discriminados por Israel. E rigorosamente só esses. Quando, a certa altura, um palestiniano preso e torturado pela Líbia tentou contar a sua história, a presidente dos trabalhos proibiu-o de falar a pretexto de desvio ao tema da conferência. A censora era líbia e tinha absoluta razão: o tema da ONU é unívoco e recorrente. Embora o seu mundo seja pequeno, a ONU é grande
."

Alberto Gonçalves

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