segunda-feira, dezembro 07, 2009

O choque externo.

"José Sócrates elogiou na sexta-feira o défice, que no seu entender evitou uma crise maior, e comparou o desequilíbrio das contas públicas nacionais a outros casos piores da Europa.

O problema é que o défice-recorde deste ano e dos próximos dois anos vai elevar a dívida para patamares acima de 100%, isto sem contar com os passivos da responsabilidades dos contribuintes, que não estão incluídos no Orçamento, como as dívidas das empresas públicas (especialmente do sector dos transportes) e os prejuízos das novas parcerias público--privadas.

O limite para este descalabro vai ser imposto, mais tarde ou mais cedo, por qualquer entidade externa. Se não for a disciplina do pactode estabilidade, serão os credores a subir de tal for-ma os juros que obrigarão a medidas dolorosas.

Portugal sempre foi um país obrigado a mudar por causa de imposições financeiras externas. E será assim no futuro, com uma pesada factura. O relatório do FMI divulgado quarta-feira já aponta medidas draconianas, como a proibição deaumentos aos reformadose os cortes nos salários dos funcionários públicos.

Os funcionários públicos beneficiados no ano passado com um acréscimo de 2,9%já tinham sido ao longo da década os principais contribuintes para a redução do défice
."

Armando Esteves Pereira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O FMI nunca foi bom conselheiro, tem destruido economias por esse mundo fora.
Por cá a crise nem tem a ver com os ufuncionários publicos, assim chamados .
Tem a ver com a coisa que se chamam parcerias publico privadas que são parcerias em que paga o público as dívidas e os privados comem o que podem e não podem.
O Tribunal de Contas deveria ter poderes reforçadas perante este regabofe.
O estado ou melhor este estado, está em outsourcing e daí o aumento das despesas astronómicas nos sectores da saúde e em tudo o que é Institutos Públicos e Entidades Públicas Empresariais.
Esta é a causa do défice excessivo que não é o que nos contam, é superior.
Portanto não precisamos do FMI, precisamos de tribunais de delito comum que metam na cadeia os prevaricadores que trabalham em cargos políticos e que têm empresas a trabalhar para eles e para os serviços que deveriam servir com isenção.
Este é o problema.

segunda-feira, dezembro 07, 2009  

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