Um País envelhecido
"Em 2002, havia em Portugal 106 pessoas com mais de 65 anos por cada cem crianças até aos 14 anos. Seis anos depois, essa relação degradou-se, e por cada cem crianças passou a haver 115 seniores. O facto de existirem mais pessoas idosas é uma boa notícia, é sinal do aumento da esperança média de vida. O problema é haver tão poucas crianças.
Esta anemia demográfica vai criar sérias limitações ao crescimento económico deste país. Numa economia em que mais de vinte por cento das pessoas vão viver de pensões, é fácil perceber os constrangimentos de financiamento da Segurança Social, o que significa que os descontos obrigatórios serão maiores e os benefícios menores.
A falta de jovens também limita o potencial de inovação da economia e empobrece Portugal. Mas este país não é para crianças. Se os jovens aos trinta anos têm um emprego precário, mal remunerado e ainda precisam da ajuda dos pais para manter um nível de vida digno, como podem pensar em ter filhos? E os casais corajosos que apesar de tudo decidem ter descendência ainda têm de enfrentar uma verdadeira corrida de obstáculos, sem uma rede de apoio.
O incentivo à natalidade deveria ser uma prioridade nacional, porque é essencial para o futuro. Mas poucos se preocupam com questões de longo prazo."
Armando Esteves Pereira
Esta anemia demográfica vai criar sérias limitações ao crescimento económico deste país. Numa economia em que mais de vinte por cento das pessoas vão viver de pensões, é fácil perceber os constrangimentos de financiamento da Segurança Social, o que significa que os descontos obrigatórios serão maiores e os benefícios menores.
A falta de jovens também limita o potencial de inovação da economia e empobrece Portugal. Mas este país não é para crianças. Se os jovens aos trinta anos têm um emprego precário, mal remunerado e ainda precisam da ajuda dos pais para manter um nível de vida digno, como podem pensar em ter filhos? E os casais corajosos que apesar de tudo decidem ter descendência ainda têm de enfrentar uma verdadeira corrida de obstáculos, sem uma rede de apoio.
O incentivo à natalidade deveria ser uma prioridade nacional, porque é essencial para o futuro. Mas poucos se preocupam com questões de longo prazo."
Armando Esteves Pereira
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home