Fitas vergonhosas.
"O Orçamento do Estado para este ano já é conhecido e vai ser aprovado solenemente na Assembleia da República com os votos favoráveis do partido do senhor presidente relativo do Conselho e a abstenção muito responsável do PSD e do CDS.
Dito isto, convém acrescentar que o documento é uma vergonha e que ninguém sai de cara lavada deste filme de terceira categoria realizado e produzido pelo senhor presidente relativo do Conselho, com a participação especial de Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas. E é uma vergonha por várias razões. Em primeiro lugar porque não é sério.
O défice previsto de 8,3 foi arranjado no pressuposto que o de 2009 chegou aos 9,3, um valor inventado à última hora pelo inenarrável ministro das Finanças apenas para poder dizer, no final de 2010, que o conseguiu reduzir de forma significativa. É evidente que esta tentativa canhestra de enganar os indígenas e os mercados é apenas isso: uma tentativa canhestra que não produziu qualquer efeito nas análises que as agências de rating andam a fazer sobre a dívida do sítio. É evidente que o inenarrável ministro das Finanças, devidamente acolitado por um conjunto de avençados sem vergonha, anda por estes dias a fazer guerra a essas agências, os novos diabos, os verdadeiros culpados da miserável situação a que chegou este sítio pobre, deprimido, hipócrita, manhoso, corrupto e, obviamente, cada vez mais mal frequentado. Mas o Orçamento do Estado é também uma vergonha porque afirma que o desemprego vai baixar para 9,8 com uma previsão de crescimento do PIB de 0,7.
É preciso muito descaramento, quando em final de 2009 o desemprego chegou aos 10,4, o valor mais alto desta triste democracia. É por estas e por outras que o Orçamento do Estado é um documento que nada tem a ver com a realidade e que, no seu conjunto, é uma enorme falsidade, digna de quem o elaborou e vai aprovar no Parlamento. Nada de novo para quem conhece o estilo de governação do senhor presidente relativo do Conselho.
Campeão do défice e do desemprego, com o apoio de uma oposição cheia de medo de rupturas e de políticas sérias, o único obstáculo que o grande e amado líder socialista tem de ultrapassar é o Presidente da República. Um osso duro de roer que quarta-feira vai discutir no Conselho de Estado a situação política e o actual quadro parlamentar. Bom seria que, de uma vez por todas, o discurso da falsa estabilidade política desse lugar à verdade."
António Ribeiro Ferreira
Dito isto, convém acrescentar que o documento é uma vergonha e que ninguém sai de cara lavada deste filme de terceira categoria realizado e produzido pelo senhor presidente relativo do Conselho, com a participação especial de Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas. E é uma vergonha por várias razões. Em primeiro lugar porque não é sério.
O défice previsto de 8,3 foi arranjado no pressuposto que o de 2009 chegou aos 9,3, um valor inventado à última hora pelo inenarrável ministro das Finanças apenas para poder dizer, no final de 2010, que o conseguiu reduzir de forma significativa. É evidente que esta tentativa canhestra de enganar os indígenas e os mercados é apenas isso: uma tentativa canhestra que não produziu qualquer efeito nas análises que as agências de rating andam a fazer sobre a dívida do sítio. É evidente que o inenarrável ministro das Finanças, devidamente acolitado por um conjunto de avençados sem vergonha, anda por estes dias a fazer guerra a essas agências, os novos diabos, os verdadeiros culpados da miserável situação a que chegou este sítio pobre, deprimido, hipócrita, manhoso, corrupto e, obviamente, cada vez mais mal frequentado. Mas o Orçamento do Estado é também uma vergonha porque afirma que o desemprego vai baixar para 9,8 com uma previsão de crescimento do PIB de 0,7.
É preciso muito descaramento, quando em final de 2009 o desemprego chegou aos 10,4, o valor mais alto desta triste democracia. É por estas e por outras que o Orçamento do Estado é um documento que nada tem a ver com a realidade e que, no seu conjunto, é uma enorme falsidade, digna de quem o elaborou e vai aprovar no Parlamento. Nada de novo para quem conhece o estilo de governação do senhor presidente relativo do Conselho.
Campeão do défice e do desemprego, com o apoio de uma oposição cheia de medo de rupturas e de políticas sérias, o único obstáculo que o grande e amado líder socialista tem de ultrapassar é o Presidente da República. Um osso duro de roer que quarta-feira vai discutir no Conselho de Estado a situação política e o actual quadro parlamentar. Bom seria que, de uma vez por todas, o discurso da falsa estabilidade política desse lugar à verdade."
António Ribeiro Ferreira
1 Comments:
Não me parece que Cavaco Silva tenha assim tanta coragem.
Mas se a tiver, pode fazendo o que Sócrates, quer que é não governar no quadro actual, demitir este governo e criar um de inciativa presidencial e já foi feito, daí a indisposição de Sampaio, como bom rato de navio a afundar.
Portugal precisa de um governo forte com homens sérios e se necessa´rio que se dissolva o parlamento, mas com eleições só daqui a 4 anos. A CEE que se trame como nos tramaram sempre.
Enviar um comentário
<< Home