Vítimas da crise
"O Governo estima no Orçamento do Estado para 2010 uma taxa de desemprego oficial de 9,8%. Ontem, o Eurostat revelou que em Dezembro de 2009 a taxa já era de 10,4%.
O documento ainda nem sequer começou a ser discutido no Parlamento e já se sabe que uma das metas do Governo está ultrapassada. E a realidade já é pior do que os números do Eurostat, porque as estatísticas não contam todas as pessoas sem trabalho.
Infelizmente, o desemprego continuará a aumentar neste ano. Não é com a economia a crescer 0,7% e com as empresas e cidadãos com falta de confiança e o investimento em níveis baixos que se consegue criar postos de trabalho.
A agravar a situação, a crise espanhola aumenta o número de desempregados em Portugal, em concreto das dezenas de milhares de pessoas que semanalmente faziam a peregrinação para trabalhar nas obras.
Os desempregados são as maiores vítimas desta crise, e o maior choque social acontecerá depois do Verão, quando os milhares que foram perdendo o emprego a partir do Outono de 2008 ficarão sem a almofada do subsídio. Muitas destas pessoas dificilmente encontrarão um novo trabalho. A taxa estrutural de desemprego ficará mais alta depois desta devassadora crise. Há empregos destruídos que jamais serão recuperados."
Armando Esteves Pereira
O documento ainda nem sequer começou a ser discutido no Parlamento e já se sabe que uma das metas do Governo está ultrapassada. E a realidade já é pior do que os números do Eurostat, porque as estatísticas não contam todas as pessoas sem trabalho.
Infelizmente, o desemprego continuará a aumentar neste ano. Não é com a economia a crescer 0,7% e com as empresas e cidadãos com falta de confiança e o investimento em níveis baixos que se consegue criar postos de trabalho.
A agravar a situação, a crise espanhola aumenta o número de desempregados em Portugal, em concreto das dezenas de milhares de pessoas que semanalmente faziam a peregrinação para trabalhar nas obras.
Os desempregados são as maiores vítimas desta crise, e o maior choque social acontecerá depois do Verão, quando os milhares que foram perdendo o emprego a partir do Outono de 2008 ficarão sem a almofada do subsídio. Muitas destas pessoas dificilmente encontrarão um novo trabalho. A taxa estrutural de desemprego ficará mais alta depois desta devassadora crise. Há empregos destruídos que jamais serão recuperados."
Armando Esteves Pereira
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