Contas com manigância
"Sexta-feira, no Parlamento, o primeiro-ministro acusou a actual líder do PSD de manigâncias quando esteve à frente do Ministério das Finanças. A palavra pegou e foi várias vezes repetida em São Bento.
Mas os portugueses fora do Parlamento também têm todo o direito em perguntar que manigâncias é que levaram o défice de 2009 a derrapar até aos 9,3%. Um buraco de 15,3 mil milhões de euros. Em Outubro, o Governo previa a 8%, o que já era um cenário péssimo. É difícil de acreditar que o ministro das Finanças não soubesse que havia o risco de no último trimestre do ano o défice aumentar em mais 1,3 pontos do PIB.
Estamos a falar de um mistério de quase dois mil milhões de euros. Um dia saber-se-á certamente a verdade sobre este insólito caso. Para já, custa acreditar na pura inocência da surpresa.
Quem ficou surpreendido com o gigantesco défice foi Vítor Constâncio. O homem que certificou os famoso número 6,83% de 2004 não esperava tanto no ano da crise.
Constâncio apressou-sea dizer à agência de notícias Bloomberg que "os próximos anos vão ser mais difíceis do que o antecipado". Mas isso não é surpresa.
Importa sublinhar que o mais preocupante deste país nem éo défice. O problema maioré mesmo o fraco dinamismoeconómico, que não gera riqueza nem cria empregos."
Armando Esteves Pereira
Mas os portugueses fora do Parlamento também têm todo o direito em perguntar que manigâncias é que levaram o défice de 2009 a derrapar até aos 9,3%. Um buraco de 15,3 mil milhões de euros. Em Outubro, o Governo previa a 8%, o que já era um cenário péssimo. É difícil de acreditar que o ministro das Finanças não soubesse que havia o risco de no último trimestre do ano o défice aumentar em mais 1,3 pontos do PIB.
Estamos a falar de um mistério de quase dois mil milhões de euros. Um dia saber-se-á certamente a verdade sobre este insólito caso. Para já, custa acreditar na pura inocência da surpresa.
Quem ficou surpreendido com o gigantesco défice foi Vítor Constâncio. O homem que certificou os famoso número 6,83% de 2004 não esperava tanto no ano da crise.
Constâncio apressou-sea dizer à agência de notícias Bloomberg que "os próximos anos vão ser mais difíceis do que o antecipado". Mas isso não é surpresa.
Importa sublinhar que o mais preocupante deste país nem éo défice. O problema maioré mesmo o fraco dinamismoeconómico, que não gera riqueza nem cria empregos."
Armando Esteves Pereira
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