domingo, fevereiro 28, 2010

No meu mar de silêncio...


Procuro uma voz neste meu mar de silêncio,
assim, cortado pelo mar de chuva que não pára,
irrita a chuva assim,
quando é demasiada,
mais porque nos prende,
que pelo facto de ser apenas chuva.
vou procurando então no mar de silêncio que é meu,
lembrando o outro mar calmo da parte da ria,
porque o silêncio não pode ser quebrado,
como a corrente de vazante ou de enchente nas marés vivas,
procura tua voz nem que seja apenas um sussuro,
é coisa de vício, já, decerto,
vício que não quero perder,
enquanto a água correr,
como na enchente ou na vazante,
assim fico a ouvir o silêncio, a recordar as palavras,
a lembrar momentos,
como remoinhos em dia de cabeça de maré,
como correntes fortes da barra,
espero o teu sussurro, mas espera...
Parece que estou a ouvir!
Ou então,
é apenas coisa imaginada do sonho,
embalado pelo barulho da chuva que não pára de cair,
no meu mar de silêncio...
Nota: o texto é da autoria de quem publica assim como as imagens tiradas de pinturas do próprio.
Não cumprirei o acordo ortográfico feito à revelia de uma nação e de um povo.
Quero agradecer as palavras do amigo que escreveu acerca de Goethe.

1 Comments:

Anonymous Atento said...

O amigo perdeu a veia poética?

terça-feira, março 02, 2010  

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