Percorre-me de lés a lés...
Dizia o poeta que os poemas de amor são ridículos,
os amantes são ridículos ,
o ridículo é o que é,
mas dizia por ser tímido ou por acreditar que os poemas de amor são ridículos,
eu digo que amar não é ridículo,
ridículo será viver sem amar, ridículo e triste,
como tudo na vida,
podemos ter uma ideia sobre uma coisa e pensar que existe,
algo mais que aquele dedo em riste,
que mais ou menos nos aponta até que ponto somos seres pouco, ou muito ridículos,
mas ridículo, ridículo, é dizer disparates,
tolices ou dislates,
por isso, encosta-te a mim,
enrosca-te a mim,
mesmo que comigo não estejas, imagina e sonha comigo,
enquanto o tempo lá fora ruge,
dobra e parte a mais forte árvore,
porque o nosso tempo urge,
acossa-nos como à mais forte árvore,
assim fecha os olhos e pensa que me aqueces os pés,
me limpas a alma, pensa que o que fazes me acalma,
corre o meu espiríto de lés a lés,
porque isso não tem nada de ridículo,
tem algo a ver com viver,
como esta coisa irritante de ter,
que fazer poesia com rima,
porque de certeza faz perder,
todo o sentido das coisas como a estima,
daí as poesias de amor e todas as outras,
serem coisas sem grande sentido,
assim, prefiro escrever sem rima,
fica menos ridículo e melhor composto,
porque ser poeta com rima,
é coisa que se não aprende de um momento para o outro,
é coisa de nascença, como um defeito de nascença,
ou um talento ou crença,
assim sendo, doravante vou escrever como me der na gana,
que se lixem os críticos e os piquinhas das sílabas e das métricas,
porque não tenho arte nem jeito,
e a palavra com alma não engana,
mas o que queria mesmo dizer,
é que te encostes a mim,
me aqueças os pés, me apertes as mãos,
porque me quero sentir reviver,
faz-me sonhar nas asas do desejo,
esquece o ridículo do poema de amor,
ajuda-me apenas a viver o momento,
a manter o desejo,
a viver sem baias,
fecha os olhos e chega-te a mim,
como se a presença fosse verdade para mim.
Nota:
os amantes são ridículos ,
o ridículo é o que é,
mas dizia por ser tímido ou por acreditar que os poemas de amor são ridículos,
eu digo que amar não é ridículo,
ridículo será viver sem amar, ridículo e triste,
como tudo na vida,
podemos ter uma ideia sobre uma coisa e pensar que existe,
algo mais que aquele dedo em riste,
que mais ou menos nos aponta até que ponto somos seres pouco, ou muito ridículos,
mas ridículo, ridículo, é dizer disparates,
tolices ou dislates,
por isso, encosta-te a mim,
enrosca-te a mim,
mesmo que comigo não estejas, imagina e sonha comigo,
enquanto o tempo lá fora ruge,
dobra e parte a mais forte árvore,
porque o nosso tempo urge,
acossa-nos como à mais forte árvore,
assim fecha os olhos e pensa que me aqueces os pés,
me limpas a alma, pensa que o que fazes me acalma,
corre o meu espiríto de lés a lés,
porque isso não tem nada de ridículo,
tem algo a ver com viver,
como esta coisa irritante de ter,
que fazer poesia com rima,
porque de certeza faz perder,
todo o sentido das coisas como a estima,
daí as poesias de amor e todas as outras,
serem coisas sem grande sentido,
assim, prefiro escrever sem rima,
fica menos ridículo e melhor composto,
porque ser poeta com rima,
é coisa que se não aprende de um momento para o outro,
é coisa de nascença, como um defeito de nascença,
ou um talento ou crença,
assim sendo, doravante vou escrever como me der na gana,
que se lixem os críticos e os piquinhas das sílabas e das métricas,
porque não tenho arte nem jeito,
e a palavra com alma não engana,
mas o que queria mesmo dizer,
é que te encostes a mim,
me aqueças os pés, me apertes as mãos,
porque me quero sentir reviver,
faz-me sonhar nas asas do desejo,
esquece o ridículo do poema de amor,
ajuda-me apenas a viver o momento,
a manter o desejo,
a viver sem baias,
fecha os olhos e chega-te a mim,
como se a presença fosse verdade para mim.
Nota:
O texto é da autoria de quem publica e Goethe, (quem sou eu para citar essa grande alma), disse pouco antes de falecer, que tudo aquilo que escreveu, não era dele, era tudo o que outros tinham escrito ou dito.
As ilustrações essas são minhas.
2 Comments:
Gott segne euch, meine Lieben, gebe euch alle di guten Tage, die er mir abzieht!
Johann Wolfgang Goethe
in Die Keiden des jungen Werther
Reclam
Magníficas ilustrações!!!
Die Leiden ...
entschulgigen Sie, bitte!!!
E, já agora, esqueça a política, se isso é necessário para escrever sobre... não política.
"Colírio para os olhos", a não-política, nos tempos que correm. Belíssimo.
Enviar um comentário
<< Home