quarta-feira, março 03, 2010

Segmentos de uma geometria sem medidas ...


Se as coisas simples, as coisas que fazem de nós seres de momentos,

se a roupa que vestimos, a pele que nos assenta,

nos transformasse em animais sem alentos,

então eu diria que a vida é coisa sempre do tipo morte lenta,

porque assim, a pele sendo o nosso envólucro,

é a nossa vaidade ou a nossa tristeza,

como o pano da mesa de jogo,

em que nós tornamos a vida,

que não é mais que um jogo sorte ou azar,

que muitas vezes jogamos fora,

como a cinza de uma vida ao ar,

como se as coisas simples não fossem momentos,

como se o amor um dia não fosse ódio,

porque as coisas em que tocamos se transformam,

porque muitos de nós destruimos aquilo em que tocamos,

porque somos as almas simples em nos tornam,

porque no fundo somos simples segmentos,

de uma geometria sem medidas ou formas,

assim,

não somos,

os que conseguem ser,

seres de felicidades contidas,

de desejos por realizar,

seres de simples momentos,

com capacidades de bem ou mal jogar,

um desses jogos de sorte ou azar,

porque a vida é isso, um jogo,

nas mãos de um ser que adivinhamos,

mas do qual sentimos por vezes o bafo,

tanto de besta como de anjo,

mas acima de tudo meu amor,

usa a máxima de agarrar o momento,

fecha os olhos e vive como se fosse um último alento,

e não te assustes, não sofras o temor,

faz como os que acreditam que mais vale estar desatento,

porque assim enganas o diabo ou o anjo no momento do amor,

e acabas por ganhar o momento.



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