O jogo
"O PSD acordou: depois da recusa medrosa, a comissão parlamentar de inquérito vai avançar. Há quem veja no gesto o princípio de uma guerra sangrenta. O raciocínio não cola. Primeiro, porque a comissão de ética, ainda em exibição, já mostrou a sua gritante inutilidade ao discutir tudo e o seu contrário.
Dali não se espera um rasgo de explicação ou racionalidade. E, segundo, porque o país já está em guerra sangrenta há muito tempo; mas uma guerra encapotada, com insinuações e suspeições que vão cozendo o regime em lume brando. Seria possível prolongar esta agonia?
Uma comissão de inquérito tem o mérito de tentar reduzir o caos a uma pergunta simples e fundamental: José Sócrates mentiu ou não mentiu à Assembleia da República por causa do negócio PT/TVI? Para obter uma resposta clara, não basta à oposição ‘tentar’; é preciso fazer o trabalho de casa com tino; e, já agora, avançar para o processo com uma única certeza: quando se senta o primeiro-ministro no banco dos réus, a oposição também se senta com ele. Quem perder este jogo, vai perder a doer."
João Pereira Coutinho
Dali não se espera um rasgo de explicação ou racionalidade. E, segundo, porque o país já está em guerra sangrenta há muito tempo; mas uma guerra encapotada, com insinuações e suspeições que vão cozendo o regime em lume brando. Seria possível prolongar esta agonia?
Uma comissão de inquérito tem o mérito de tentar reduzir o caos a uma pergunta simples e fundamental: José Sócrates mentiu ou não mentiu à Assembleia da República por causa do negócio PT/TVI? Para obter uma resposta clara, não basta à oposição ‘tentar’; é preciso fazer o trabalho de casa com tino; e, já agora, avançar para o processo com uma única certeza: quando se senta o primeiro-ministro no banco dos réus, a oposição também se senta com ele. Quem perder este jogo, vai perder a doer."
João Pereira Coutinho
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