Os lucros da banca
"Não deixa de ser irónico que os bancos, os maiores responsáveis pelo despoletar da crise financeira, sejam os primeiros a dar a volta a essa mesma crise.
E que os governos, que decidiram acudir aos bancos quando esses ainda estavam a braços com graves dificuldades financeiras, continuem a fazer grandes malabarismos para equilibrar as contas púbicas. É um cenário que se repete nos EUA e na Europa e Portugal não é excepção. Nos primeiros nove meses deste ano, os quatro maiores bancos privados a actuar em Portugal lucraram 1,12 mil milhões de euros, mais 5% face ao período homólogo de 2009. Para dar a volta à crise, a fórmula dos banqueiros tem sido mais ou menos a mesma: aumentar os ‘spreads' e as comissões cobrados aos clientes, reforçar a carteira de depósitos, executar operações para uma maior eficiência fiscal e aproveitar a dinâmica dos mercados externos onde alguns deles estão expostos.
Com isso os bancos estão, pouco a pouco, a ganhar músculo financeiro e a criar uma almofada para o que aí vem: mais impostos, regras de capital mais exigentes com Basileia III e uma maior restrição de financiamento de curto prazo por parte do BCE. Sendo de louvar esta postura mais conservadora por parte da banca, a verdade é que o rimo de crescimento dos depósitos tem vindo a ser superior ao crescimento dos empréstimos. Nesta altura em que os governos continuam a fazer malabarismos para equilibrar as contas púbicas, seria bom que a banca funcionasse como uma rede de segurança, injectando dinheiro nas empresas e na economia. Se a economia não descolar, a recuperação da banca será sol de pouca dura."
E que os governos, que decidiram acudir aos bancos quando esses ainda estavam a braços com graves dificuldades financeiras, continuem a fazer grandes malabarismos para equilibrar as contas púbicas. É um cenário que se repete nos EUA e na Europa e Portugal não é excepção. Nos primeiros nove meses deste ano, os quatro maiores bancos privados a actuar em Portugal lucraram 1,12 mil milhões de euros, mais 5% face ao período homólogo de 2009. Para dar a volta à crise, a fórmula dos banqueiros tem sido mais ou menos a mesma: aumentar os ‘spreads' e as comissões cobrados aos clientes, reforçar a carteira de depósitos, executar operações para uma maior eficiência fiscal e aproveitar a dinâmica dos mercados externos onde alguns deles estão expostos.
Com isso os bancos estão, pouco a pouco, a ganhar músculo financeiro e a criar uma almofada para o que aí vem: mais impostos, regras de capital mais exigentes com Basileia III e uma maior restrição de financiamento de curto prazo por parte do BCE. Sendo de louvar esta postura mais conservadora por parte da banca, a verdade é que o rimo de crescimento dos depósitos tem vindo a ser superior ao crescimento dos empréstimos. Nesta altura em que os governos continuam a fazer malabarismos para equilibrar as contas púbicas, seria bom que a banca funcionasse como uma rede de segurança, injectando dinheiro nas empresas e na economia. Se a economia não descolar, a recuperação da banca será sol de pouca dura."
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