Notícias do Egipto Livre
"Inexplicavelmente, os media deixaram de relatar os avanços dos egípcios na conquista da liberdade, da democracia e de coisas assim lindas. É pena, visto que os avanços não cessam.
No Dia Internacional da Mulher, por exemplo, uma associação local convocou uma manifestação feminina para a lendária praça Tahrir. Esperava-se um milhão de participantes. Apareceram algumas centenas, de qualquer modo uma quantidade inferior à dos homens presentes. Num ápice, os homens, preocupados com as ameaças à liberdade, democracia e etc., desataram a questionar o direito de as mulheres se reunirem para reclamar direitos. Em artigo no Guardian, Jumanah Younis, uma das participantes no protesto e decerto a soldo dos "islamofóbicos" que duvidam do frenesim libertário daquela gente, descreveu o que sucedeu depois.
Após as acusações de "divisionismo" e de emancipação excessiva, o sector masculino da multidão optou por técnicas menos dissimuladas. Muitos homens começaram a gritar "Não à liberdade" (sem "h", julgo que na língua árabe a possibilidade de equívoco não existe) e "Vão embora". Os descrentes do poder da palavra passaram à argumentação física e arrastaram diversas senhoras pelo chão. Outros agrediram-nas. Outros ainda rasgaram-lhes as roupas e, já que estavam ali, molestaram-nas sexualmente. A polícia em redor mostrou--se indiferente e continuou a orientar o trânsito. Mahmood, estudante e provavelmente um dos valorosos jovens que derrubou Mubarak no Facebook, afirmou à Al-Jazira: "Não podemos arriscar-nos a que uma mulher mande no país."
Não há risco nenhum. Viva a liberdade, a democracia e etc. "
Alberto Gonçalves
No Dia Internacional da Mulher, por exemplo, uma associação local convocou uma manifestação feminina para a lendária praça Tahrir. Esperava-se um milhão de participantes. Apareceram algumas centenas, de qualquer modo uma quantidade inferior à dos homens presentes. Num ápice, os homens, preocupados com as ameaças à liberdade, democracia e etc., desataram a questionar o direito de as mulheres se reunirem para reclamar direitos. Em artigo no Guardian, Jumanah Younis, uma das participantes no protesto e decerto a soldo dos "islamofóbicos" que duvidam do frenesim libertário daquela gente, descreveu o que sucedeu depois.
Após as acusações de "divisionismo" e de emancipação excessiva, o sector masculino da multidão optou por técnicas menos dissimuladas. Muitos homens começaram a gritar "Não à liberdade" (sem "h", julgo que na língua árabe a possibilidade de equívoco não existe) e "Vão embora". Os descrentes do poder da palavra passaram à argumentação física e arrastaram diversas senhoras pelo chão. Outros agrediram-nas. Outros ainda rasgaram-lhes as roupas e, já que estavam ali, molestaram-nas sexualmente. A polícia em redor mostrou--se indiferente e continuou a orientar o trânsito. Mahmood, estudante e provavelmente um dos valorosos jovens que derrubou Mubarak no Facebook, afirmou à Al-Jazira: "Não podemos arriscar-nos a que uma mulher mande no país."
Não há risco nenhum. Viva a liberdade, a democracia e etc. "
Alberto Gonçalves
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