quinta-feira, novembro 29, 2007

29 de Novembro de 1947.


Os conflitos entre árabes e israelitas, como o mundo os vê hoje, começaram com a I Guerra Mundial (1914-1918). Até 1917, a Palestina possuía 26 mil quilómetros quadrados, uma população de um milhão de palestinos e 100 mil judeus e ainda se encontrava sob o domínio do Império Turco. Com a derrota dos turcos no conflito mundial, a Palestina passou para o domínio da Inglaterra. Esta se comprometeu a favorecer a criação de um "lar nacional" para os judeus na Palestina e abriu a região à emigração judaica, organizada pelo movimento sionista.


Em sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas – então presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha – em 29 de Novembro de 1947, foi aprovada, por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções, o plano de divisão da Palestina, proposto pela União Soviética e Estados Unidos.
À época a Palestina já possuía uma população de 1 milhão e 300 mil palestinos e 600 mil judeus. Pelo projecto da ONU, eles seriam divididos em dois Estados: um judeu (com 57% da área) e um palestino (com 43% da área). A proposta foi rechaçada pelos países árabes. No ano seguinte, chegou ao final o acordo que concedia aos britânicos o domínio sobre a Palestina. Assim que as tropas inglesas se retiraram, foi proclamada a criação do Estado de Israel. O não reconhecimento do novo Estado pela Liga Árabe (Egipto, Síria, Líbano, Jordânia) foi o estopim da Primeira Guerra Árabe-Israelita (1948-1949). O conflito foi vencido pelos judeus que estenderam seus domínios por uma área de 20 mil quilómetros quadrados (75% da superfície da Palestina). O território restante foi ocupado pela Jordânia (anexou a Cisjordânia) e Egipto (ocupou a Faixa de Gaza).


A guerra ocasionou a fuga de 900 mil palestinos das áreas incorporadas por Israel. Esse fato gerou o principal ponto do conflito entre árabes e israelitas: a Questão Palestina. Em 1956 explodiu a Segunda Guerra Árabe-Israelita, também conhecida como Guerra do Suez. O motivo fora os choques na fronteira Egipto/Israel e a nacionalização do Canal de Suez pelos egípcios. Israel, apoiada pela França e Inglaterra, atacou o Egipto e conquistou a península do Sinai. A pressão dos Estados Unidos e União Soviética fez com que os judeus abandonassem o Sinai e recuassem até a fronteira de 1949. A península foi ocupada por uma força de paz da ONU – o exército brasileiro tomou parte desta força.


A criação da OLP:

O conflito árabe-israelita piorou com a criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat, em 1964. Com o objectivo de fundar um Estado palestino, a OLP iniciou uma acção de guerrilha contra Israel para retomar os seus territórios ocupados. Em 1967, com a retirada das tropas da ONU da fronteira Egipto/Israel, teve início a Terceira Guerra Árabe-Israelita, conhecida como Guerra dos Seis Dias. Mais uma vez, Israel saiu vitoriosa sobre os países árabes (Egipto, Síria e Jordânia) e ocupou a faixa de Gaza, a península do Sinai (do Egipto), as planícies de Golan (da Síria) e a Cisjordânia (da Jordânia). O êxodo palestino aumentou com mais essa conquista de Israel e alcançou, em 1968, 1 milhão e 600 mil refugiados.

Em 1973, Egipto e Síria realizaram um ataque simultâneo contra Israel na data religiosa conhecida como Dia do Perdão (Yom Kippur para os judeus e Ramadão para os árabes). Os árabes reconquistaram a margem oriental do Canal de Suez. A Guerra do Yom Kippur (ou Ramadão), como ficou conhecida a Quarta Guerra Árabe-Israelita terminou com uma intervenção dos Estados Unidos. Em 1979, Egipto e Israel estabeleceram um acordo de paz. Mas a violência na área seguiu entre OLP e Israel. Vários grupos israelitas e palestinos praticaram atentados contra seus "inimigos". Muita gente inocente morreu. Em 1993, após seis meses de negociações, Israel e a OLP chegaram a um primeiro acordo, a princípio sobre uma autonomia palestina transitória. Foi nos EUA que ocorreu o histórico aperto de mãos entre o primeiro-ministro israelitas Itzhak Rabin e o chefe da OLP, Yasser Arafat. Em 1995, Itzhak Rabin foi assassinado por um extremista judeu indignado com o acordo com os palestinos. Com a posse de Benjamin Netanyahu como líder de Israel as negociações esfriaram e a violência retornou com mais força. No dia 12 de Julho de 2000 iniciou-se, em Camp David, (o mesmo lugar do acordo de 1979 entre Israel e Egipto), nos EUA, mais uma série de negociações entre o primeiro-ministro israelita Ehud Barak e o líder palestino Yasser Arafat. O mundo inteiro torce por eles.

Fontes: Almanaque Terra
Banco de Dados Folha

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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quarta-feira, fevereiro 14, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Foi a apresentado este domingo no Auditório Municipal das Velas o Livro “O Mistério de Colombo revelado” de Manuel da Silva Rosa.

A Tese deste historiador versa sobre a possibilidade de Cristóvão Colombo ser português ao contrário daquilo que nos conta a história.

A explicação surge baseada em documentos e em investigações feitas pelo autor.

A tese deste historiador picoense, de 46 anos de idade e radicado nos EUZ desde 1973, ao contrário do que se possa pensar, já obteve aprovações em Portugal.
Manuel da Silva Rosa, não quer mudar a história de Portugal, mas sim dar um contributo válido para que esta seja contada na sua verdadeira versão, a história tal como ela foi.

O autor já pensa numa 2ª edição, um livro que será mais resumido e trará novas provas sobre quem foi Cristóvão Colombo.

«O Mistério Colombo Revelado»
15 anos de investigação científica rigorosa arrasam a versão da historiografia oficial.

Finalmente um trabalho de investigação histórica amplamente documentado que desmonta o embuste criado pela historiografia oficial e que oferece abundantes pistas para a descoberta do grande mistério que rodeia o «descobridor da América», e propõe a mudança da perspectiva histórica de análise.

É absolutamente claro que Cristoval Colon não foi Christopher Columbus, o tecelão de lã genovês que teria casado com uma nobre portuguesa, que escrevia num espanhol aportuguesado e que sabia latim. Mas o que transparece com evidência na procura autêntica, rigorosa e sem «pré-conceitos» da verdade histórica é o genial plano secreto do rei português D. João II, sem dúvida, um dos grandes génios e estrategas políticos do passado milénio.

Manuel da Silva Rosa e Eric James Steele transportam-nos até aos bastidores do período dos Descobrimentos num texto que se lê sofregamente página a página e está recheado de surpresas.

Como um exemplo das novidades que esta obra traz saliente-se, no capítulo V, a demonstração categórica do carácter espúrio do famoso Testamento de Colombo onde este se afirma genovês.

Sim o Testamento de 1498 usado por séculos para apoiar a nacionalidade genovesa é completamente falso.

«(...) este livro de Manuel Rosa e Eric Steele (...) vem confirmar que, qualquer que seja o seu verdadeiro nome, é a origem nobre portuguesa que melhor explica as enigmáticas contradições em torno da vida de Colon.»

José Rodrigues dos Santos
In «Prefácio»

http://www.colombo.bz

quinta-feira, novembro 29, 2007  

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